"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Colóquios, Conferências e Debates

Apresentação do nº5 da RP Revista Património

No seguimento da apresentação do programa nacional da Jornadas Europeias do Património 2018 será apresentado, no próximo dia 27 às 18h20, na sala D. Luís I Palácio Nacional da Ajuda, o nº5 da RP – Revista Património, uma parceria entre a Direção-Geral do Património Cultural e a Imprensa Nacional Casa da Moeda.

27 Set 2018

Palácio Nacional da Ajuda
Largo da Ajuda, 1349-021 Lisboa

 


Este quinto número dedica o seu caderno principal ao tema “Desafios do Património”, abordado sob diferentes perspetivas. Pensamento, Projetos, Opinião e Sociedade são as rubricas que completam os 17 artigos de 24 autores, nas 175 páginas da Revista.

18H00 - Apresentação do programa nacional das JEP 2018
Paula Araújo da Silva, Diretora-Geral do Património Cultural
Guilherme d'Oliveira Martins, Coordenador Nacional do Ano Europeu do Património Cultural 2018

18H20 - Apresentação da Revista
Conversa com Álvaro Domingues, Clara Camacho, José Bragança de Miranda e Nuno Lopes
Moderação: Manuel Lacerda

19H45 – Beberete

Editorial da RP nº5
As alterações globais nos domínios económicos, social, político e ambiental, motivaram a mudança dos paradigmas da perceção do mundo. O século XXI, para além do aumento da velocidade com que se verificam essas mudanças, trouxe profundas transformações no modo como a sociedade se relaciona com a cultura e com o património cultural. A ideia de que o património faz já parte de tudo, que abarca infinitas memórias e também inclui já o presente - que pode ser olhado sob inúmeras perspetivas - e o reconhecimento do papel fulcral que representa para a estabilidade, para a coerência e para o desenvolvimento da sociedade, veio desordenar as peças de um enorme puzzle de conhecimento, que deixou de ser possível compor tal como sempre o tínhamos concebido. Novas prioridades e emergências sociais obrigam a reequacionar o lugar da cultura e do património.

Foram também estas preocupações que estiveram na base da decisão da Comissão Europeia de instituir o Ano Europeu do Património Cultural em 2018; a cultura no fundamento da estrutura e da coesão das sociedades, na afirmação da especificidade de um continente mesclado por relações interculturais construídas ao longo de muitos séculos, na base de um formato de desenvolvimento económico e social baseado em valores fundamentais centrados no ser humano, colocando-nos perante desafios que apelam à abertura de perspetivas, à resiliência e à inovação.

O Caderno desta revista é dedicado a alguns desses desafios. Inicia com o tratamento da relação entre património e o turismo, dos malefícios de uma sobrecarga sobre as cidades e o património, com as graves consequências visíveis para as populações residentes e para o seu comércio tradicional, com aumentos incomportáveis de rendas e especulação imobiliária, motivando extensos e acelerados processos de gentrificação e perda de valores e identidades. No domínio das paisagens culturais são equacionadas as mesmas questões, num artigo que nos desenha o arco da evolução da discussão em torno da perda de função e de residentes nos territórios urbanos e rurais. Segue-se uma reflexão a partir da recente recomendação da UNESCO sobre a paisagem histórica urbana e as suas cidades piloto, problematizando a questão do património na gestão sustentável dos recursos urbanos. A arqueologia urbana é objeto de análise, tendo por referência o período de 1970 a 2014 em Portugal, culminando com propostas de modelos de gestão. A relação entre o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação e o património cultural e digital é abordada noutro artigo, dando conta da enorme diversidade de estratégias de preservação, de realização e partilha do património digital, colocando em causa ideias de propriedade e da política do que é bem comum. O presente e o futuro dos museus e da sociedade, que, andando a par, nos fazem questionar as práticas atuais, os modelos de gestão, o papel social e a função destas instituições, é abordado, de forma prospetiva, num outro artigo. Por último, no Caderno, o associativismo no cerne da relação entre os poderes políticos e a sociedade civil no campo do património cultural é analisado noutro texto, que conclui pela necessidade de as ONGs incorporarem, cada vez mais, uma visão integrada do património nos seus objetivos, na sua estrutura e na sua ação.

A rubrica Pensamento traz-nos o tema do crescente acesso a informação através da Internet, e da potencialidade da disponibilização de conteúdos por parte das organizações que trabalham no âmbito do património cultural; uma outra reflexão, a partir da Estratégia para o Património Cultural na Europa no século XXI, centrando-se especificamente sobre o tema do Conhecimento e da Educação, completa esta rubrica.

Em Projetos são apresentadas cinco reflexões em áreas bem distintas: a recuperação da Casa de Chá da Boa Nova, projeto singular de Siza Vieira; a nova musealização do Piso 3 do Museu Nacional de Arte Antiga; a adaptação de parte do Convento de Nossa Senhora da Boa-Hora, em Lisboa, para a instalação da Escola Maria Barroso; no âmbito do património paisagístico, uma nova proposta de metodologia, envolvendo novos conceitos, novo corpo teórico, novos instrumentos e aproximações comparativas de base estatística em função dos valores do património em presença; e, por fim, uma reflexão sobre a relação entre projeto, património arquitetónico e regulamentação contemporânea, aplicada a edifícios correntes com interesse patrimonial mas não protegidos.

A rubrica Opinião introduz-nos ao conceito Património 3.0, revelando-nos um cenário que aborda não só a conservação e a transmissão dos legados culturais e históricos, mas a sua própria produçãocomo um desígnio coletivo, chamando os indivíduos e as comunidades a um papel ativo na partilha de responsabilidades e de participação.

Por último, em Sociedade, duas reflexões; a relação território, comunidades de proximidade e património militar, nas suas componentes de conhecimento, salvaguarda, recuperação e valorização turística, analisada a partir do projeto da Rota Histórica das Linhas de Torres; e, por fim, a redescoberta dos cemitérios românticos em Portugal, dando-nos uma nova perspetiva sobre o futuro deste património.

Manuel Lacerda

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