"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Yto Barrada - Moi je suis la langue et vous êtes les dents

Yto Barrada apresenta um conjunto de trabalhos que explora e prossegue o seu interesse pela figura história, singular e «trágica» da etnóloga francesa Thérèse Rivière (1901-1970). 

«Untitled (Unruly Objects. Thérèse Rivière Mission © musée du quai Branly)», 2016. 24 slides. Foto: Cortesia da artista

8 Fev a 6 Mai 2019

Fundação Calouste Gulbenkian - Coleção Moderna
R. Dr. Nicolau Bettencourt, Lisboa
Preço
Entrada livre


O projeto de Yto Barrada encontra inspiração na figura singular e trágica de Thérèse Rivière. Na década de 1930, esta etnóloga francesa rumou à Argélia desconhecida para estudar o dia-a-dia das mulheres e crianças da população nómada berbere, abalando estereótipos de género. 

Yto Barrada (Paris, 1971) é uma artista franco-marroquina que tem desenvolvido uma obra fortemente marcada pelas narrativas da história e das identidades, sobretudo a marroquina, na sua relação com o passado colonial e pós-colonial, uma geografia onde convergem o Sul e o Este, na sua relação com o Ocidente. 

A artista traz ao Espaço Projeto um conjunto de trabalhos, alguns inéditos, que explora e prossegue o seu interesse pela figura histórica, singular e «trágica» da etnóloga francesa Thérèse Rivière (Paris, 1901-1970). 

Entre 1935 e 1936, Rivière parte para a Argélia para estudar a etnia berbere Chaouias, na região dos Aurès. Os cadernos de anotações, desenhos e fotografias que produz, bem como a coleção de materiais e objetos que reúne, que se centram no quotidiano das mulheres e crianças, serão esquecidos, «apagados». 

São estas narrativas e objetos «silenciados» que Yto Barrada resgata – que engole e regurgita –, num gesto de identificação e resistência contra a despossessão da palavra (da língua), seja ela a do sujeito colonizado ou a fundada na desigualdade de género, que podemos ver na obra Objets indociles

A esta trama da História, Yto entrelaça narrativas familiares, as da sua própria família, numa ida e volta constante entre a história e as memórias individuais, como nas fotografias dos cadernos de anotação da avó que, não escolarizada, criou uma linguagem de signos gráficos para identificar e registar os contactos dos seus familiares. 

Yto Barrada vive e trabalha em Nova Iorque. Foi cofundadora da Cinemateca de Tanger. Expõe regularmente desde 2003 em museus e instituições internacionais como o Walker Art Center (Minneapolis), o Barbican Centre (Londres), o Witte de With (Roterdão), Fundaciò Tàpies (Barcelona), o Jeu de Paume e o Centre Georges Pompidou (Paris), o Haus der Kunst (Munique), o MoMA (São Francisco e Nova Iorque), e a Bienal de Veneza (2007 e 2011). 

Curadoria: Rita Fabiana 

Visitas
À conversa com a curadora Rita Fabiana e a artista Yto Barrada
Sexta, 8 fevereiro, 17:00, Entrada gratuita
À conversa com a curadora Rita Fabiana
Sexta, 8 março, 17:00, Entrada gratuita
Diálogo entre Yto Barrada e Thérèse Rivière
Quarta, 13 março, 13:30, Entrada gratuita 

Marcações para visitas guiadas
217 823 800
descobrirmarcacoes@gulbenkian.pt

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