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Teatro

Teatro e teatros numa evocação recente de Jorge de Faria

Foi recentemente publicada uma biografia do escritor-teatrólogo Jorge de Faria (1888-1960), da autoria de Isabel Vidal.


Independentemente da qualidade do estudo em si mesmo, que desde já destacamos, importa agora frisar a relevância da obra teatral de Jorge de Faria. E desde já seja permitida uma explicação de caráter pessoal: pois nos anos em que exerci funções discentes e docentes e de pesquisa nos estabelecimentos de ensino superior e na área global de estudos sobre teatro e teatros, tive o gosto cultural e pessoal de conviver com Jorge de Faria.  

O estudo é prefaciado por Maria João Brilhante e por Ana Isabel Vasconcelos, com quem mantenho grande amizade e  colaboração.

E será oportuno desde já referir que a análise da obra justifica a própria evocação que, ao longo do livro, é feita a numerosas salas de espetáculo que marcaram e marcam a cultura teatral portuguesa.

Tendo em consideração, assim, tanto a rede de edifícios como a rede de companhias e atividades culturais, e, insista-se,  os edifícios onde as mesmos se concretizavam, incluindo designadamente alguns que ainda hoje existem e exercem a sua atividade, o certo é que o estudo de Isabel Vidal refere designadamente além dos edifícios, o Teatro Livre no Teatro Ginásio de Lisboa e no Teatro do Príncipe Real de Coimbra, o Teatro Novo de António Ferro , o Micro-Teatro do Salitre  de Jorge de Faria, e Vasco Mendonça Alves, Luis Francisco Rebello e Gino Saviotti, o Pátio das Comédias e até o Estúdio de Teatro do Conservatório Nacional.

Mas avancemos no tempo, e vejamos designadamente o que se projeta para agora: e referimos então que segundo esclarece Jorge de Faria, as peças de António José da Silva eram representadas no Teatro do Bairro Alto – Teatro da Mouraria por bonecos, não propriamente por atores em cena. Mas cita também François Andrieux, que refere atores-declamadores.

E quanto a atrizes e atores da época, refere com elogios nomes que ainda hoje são lembrados: Lucinda Simões, José Gamboa, Assis Pacheco, Maria Lalande, Ester Leão, Adelina e Lucília Simões e   Palmira Bastos. Alguns desses grandes nomes chegaram aos nossos dias ou quase!

E a esse propósito, pode citar-se Palmira, que tantas vezes vimos no Teatro D. Maria II e que em 1925 é largamente elogiada no Diário de Lisboa...

Jorge de Faria morre em 9 de maior de 1960.

O livro de Isabel Vidal, que temos analisado, evoca os espetáculos que nesse dia estavam em cena: “A Visita da Velha Senhora” de Federeich Durrenmatt no D. Maria II, “Leonor Telles” de António Lopes Ribeiro, uma comédia intitulada “Eu não sou Eu”. E duas revistas.

Duarte Ivo Cruz

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