"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Dança

"Oráculo" de Sara Anjo e Teresa Silva

Pode o corpo ser um oráculo? Pode o espetáculo ser um oráculo? Onde colocamos a nossa atenção? Estas são as questões principais deste espectáculo, desenvolvidas através de um exercício hipotético que, mais do que procurar respostas, escuta, observa, lê, interpreta sinais e símbolos de forma a criar possibilidades.

7 Mar a 8 Mar 2020

Teatro do Bairro Alto
R. Ten. Raul Cascais 1A, 1250-268 Lisboa


Confronta-nos no presente com o momento da ação e suspende a obsessão pelo futuro. Confronta-nos também com o questionamento permanente, com a inquietação e a procura incessante que há em nós.

Este exercício hipotético é construído num processo de coimaginação, que lança o convite para juntos praticarmos outras formas de vidência. O escuro do teatro torna-se o meio para iluminar algo menos visível e mais oculto e a experiência teatral pode revelar-se como uma perspetiva real e transformadora.

O processo deste espetáculo começou com workshops que relacionam práticas de movimento e de atenção com a criação de um baralho de cartas. Este baralho, para além de formar o arquivo do projeto, é o motor da peça. Permite fazer exercícios de leitura e interpretação, desenvolver partituras e criar possibilidades de relação e composição. Interpela-nos a descobrir um outro modo de agir e estabelece uma ligação entre a interpretação de uma dança e a de um oráculo.

A equipa artística, multidisciplinar, assina em conjunto a criação da peça. Cada elemento contribui com a sua própria visão e experiência em dança, espaço cénico, voz, sonoplastia, iluminação, cozinha e práticas semióticas ou oraculares.

Na direção do espetáculo está Sara Anjo e Teresa Silva, sendo esta a primeira colaboração das bailarinas e coreógrafas. Sara tem trabalhado em detalhe a ação de respirar e caminhar, desenvolvendo propostas coreográficas que dialogam com uma arquitetura sonora. Realça as suas atuais colaborações com Flora Détraz, Michelle Moura e o Teatro do Silêncio. Teresa destaca as colaborações com Filipe Pereira e Elizabete Francisca, no âmbito da criação, e, como intérprete, com Loïc Touzé. É transversal ao seu trabalho a reflexão sobre o tempo, a relação entre figura e fundo e o diálogo entre a dança e materiais cenográficos.

Teresa Silva (Lisboa, 1988) é bailarina e coreógrafa, atividades que no seu percurso se informam mutuamente. Formou-se pela Escola de Dança do Conservatório Nacional, Escola Superior de Dança, tendo obtido a Licenciatura em Dança, e pelo Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica do Forum Dança. Participou, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, no DanceWeb Scholarship Programme 2011 do Festival Impulstanz Vienna. Como bailarina destaca o seu trabalho com Loïc Touzé, David Marques, Marco d’Agostin, Liz Santoro & Pierre Godard, Rita Natálio, Luís Guerra, Tânia Carvalho e Sofia Dias & Vítor Roriz. Das suas criações destaca "Ocooo" (2008), as colaborações com Elizabete Francisca "Leva a mão que eu levo o braço" (2010) e "Um Espanto não se Espera" (2011), a adaptação de "Conquest" (2011) com coreografia de Deborah Hay, as colaborações com Filipe Pereira "Letting Nature take over us again" (2013), "O que fica do que passa" (2013) e "Nova Criação" (2017), selecionada para o Aerowaves Priority Company 2019. Atualmente colabora com Sara Anjo no projeto "Oráculo." É transversal ao seu trabalho a reflexão sobre o tempo, a relação entre figura e fundo e o diálogo entre a dança e materiais cenográficos. Entre 2011 e 2014 foi artista associada da Materiais Diversos, em 2017 foi artista associada de O Espaço do Tempo e entre 2018 e 2020 é uma das artistas selecionadas da rede europeia More Than This, co-fundada pelo programa Europa Criativa da União Europeia. www.silvateresa.weebly.com

Sara Anjo (Funchal,1982) é bailarina e coreógrafa, interessa-se por práticas meditativas que geram mudanças psico-físicas, sendo a respiração e a ação de caminhar as principais. Questiona-se permanentemente acerca do que nos move? Como nos movemos? E para onde nos movemos?
Formou-se em dança pela Academia de Dança Contemporânea (2001). Fez licenciatura em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras de Lisboa (2008); pós-graduação em Arte Contemporânea pela Universidade Católica de Lisboa (2011). Tem mestrado em coreografia pela Das Graduate School de Amesterdão (2016). Formou-se como instrutora de Yoga, pela escola Yoga Shamkya (2003) em Lisboa. No seu trabalho coreográfico interessa-se por desenvolver teatro sónico, explorando a coreografia e o espaço performativo na sua dimensão sonora. Criou "Ninguém Sabia Contar Aquela História", um espetáculo sobre o feminino em colaboração com 6 artistas (BoxNova CCB 2011); "Paisagens Líquidas", uma dança que viaja pelo Lavadouro Público de Carnide (Teatro do Silêncio 2012); "Em Forma de Árvore", um solo sobre in-quietude (Negócio-ZDB 2016); "Sacro", uma caminhada magnética (Negócio-ZDB 2018). Desde 2012 participa no projecto "Caminhar" do Teatro do Silêncio. Atualmente colabora com Teresa Silva no projeto "Embodied Oracle" e com Michelle Moura em "Nós Aqui Neste Passinho". Tem desenvolvido peças para a infância, onde trabalha a relação entre imaginação figurativa e abstrata a par da sua linha de pesquisa de um teatro sónico. Nesse contexto criou e interpretou "Procuram-se Pés de Bailarina", em colaboração com Teatro do Silêncio (2013); "Tudo no Mundo Começou com um Sim," uma colaboração com o compositor e pianista Filipe Raposo (Fábrica das Artes - CCB, 2016) e as "Estrelas Lavam os Teus Pés" (Fábricas das Artes - CCB 2018). Publicou um livro de autor "Um Ponto que Dança" (2018) com o qual desenvolve oficinas e leituras encenadas. https://www.saraanjo.com/

Inserido no Festival Cumplicidades 2020

Direção artística Sara Anjo e Teresa Silva
Criação em colaboração com Ana Maria Silva, Artur Pispalhas, Filipe Pereira e Jean-Baptiste Veyret-Logerias
Gestão administrativa Vítor Alves Brotas | Agência 25
Coprodução Teatro do Bairro Alto em colaboração com Eira/Festival Cumplicidades
Apoio Fundação Calouste Gulbenkian e República Portuguesa-Cultura/Direção-Geral das Artes
Apoio residências O Espaço do Tempo, Estúdios Victor Córdon, O Rumo do Fumo e Pólo Cultural das Gaivotas
Fotografias promocionais Joana Linda

Horário:
sáb 7 março · 21h30
dom 8 março · 17h30

Sala Principal · 12€ · Menores de 25 anos 5€
M/6 · Público em pé

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