Exposições
Intervalo — Antes e depois, o desenho
A Fundação Júlio Resende convida para a inauguração da exposição “INTERVALO — ANTES E DEPOIS, O DESENHO”, no dia 18 de julho (sábado) na Sala de Exposições Temporárias do Lugar do Desenho, pelas 16:00. Será servida uma bebida refrescante no jardim.
18 Jul a 19 Set 2020
Trata-se de uma exposição, que reúne os trabalhos realizados em contexto académico e que reflecte sobre a condição autónoma do desenho enquanto prática, mas também sobre a sua dimensão reflexiva, expressiva e comunicante. Procura-se, em certo sentido, trabalhar a ideia do Desenho como objecto artístico, “numa perspectiva próxima das investigações produzidas nas áreas da Pintura, Multimédia, Escultura, trabalhando as suas similitudes e diferenças.”
Esta condição do desenho tem vindo a ser actualizada, nomeadamente no desenho contemporâneo, com o propósito de reflectir, não só, sobre a ideia de desenho, dos meios, instrumentos e suportes, convencionalmente associados ao desenho, mas também sobre as actuações e práticas que vêem sendo incluídas no campo de acção do desenho. Dito de outra forma: a condição autónoma do Desenho tem muito que ver com a capacidade do desenho em assumir uma variedade de conteúdos com os quais tem vindo a lidar e com a capacidade inesgotável de invenção e experimentação, dentro e fora dos campos convencionais de actuação.
Por outro lado, e tratando-se de trabalhos realizados em contexto académico, assumem uma relação dialéctica entre o desenho como disciplina (enquanto objecto de estudo) e o desenho como prática autoral (enquanto actividade autónoma). O carácter sucinto destas definições permite aflorar, em sentido genérico, um antes e depois da Unidade Curricular Práticas do Desenho. No primeiro, entendido a partir de um conjunto de regras, servindo intencionalmente e convencionalmente para evocar de uma ‘maneira fixa’ um conteúdo da realidade visível ou imaginada. No segundo, entendido a partir das suas próprias regras e do que ocorre e descobre no (fazer e pensar) desenho. Trabalhar dessa maneira, é debater-se a todo o momento sobre o próprio território do Desenho, as suas expansões e limitações, mas também sobre as condições materiais, físicas e emocionais que participam dele. De alguma maneira, cada desenho aqui apresentado tenta construir os ‘contornos’ das definições do Desenho.