Exposições
João da Silva (1880-1960) o legado e a crise da SNBA de 1952
Venha conhecer a história do encerramento da SNBA decretado pelo Estado Novo, em 1952 e o espólio legado pelo escultor João da Silva nesse contexto.
28 Jul a 26 Set 2020
A exposição inserida na programação Lisboa Capital Verde Europeia 2020, com entrada livre, está aberta de segunda a sexta-feira, das 12h00 às 19h00 e aos sábados das 14h00 às 19h00. Encerra aos domingos e dias feriados.
Estava em 1952 a SNBA encerrada e selada, pelo Estado Novo, há longos meses e sem perspectivas de solução, uma grave crise de raízes políticas. O escultor João da Silva (1880-1960) e a sua mulher, a pianista Maria do Pilar, registam então em testamento notarial, no mês de Agosto desse ano de chumbo, o seu legado inteiramente a favor da Sociedade Nacional de Belas Artes.
O legado de João da Silva será um dos episódios mais marcantes com que os artistas defendem a sua mais antiga associação, concorrendo para a sua reabertura, sendo esta enfim lograda em Novembro desse ano pelo último recurso aos fundadores, já quase todos pelos 70 ou 80 anos de idade, mas inconformistas: António Conceição Silva, António Saúde, Falcão Trigoso, Alberto Sousa e Pedro Guedes.
São aqui documentados todos os detalhes, desde a expulsão do associado Eduardo Malta ao encerramento da Sociedade pelo Ministério do Interior, passando pelo longo silêncio do regime. Enquadram-se as raízes nas Exposições Gerais de Artes Plásticas, desde 1946, e do alvorecer da alternativa do novo partido MUD na SNBA. As iniciativas de todo o meio artístico da época, na Sociedade Nacional de Belas Artes galvanizam o público e testemunham a renovação necessária.