Terça-feira, 9 de março de 2021 às 18h30 (horário de Portugal) às 19h30 (horário de Itália)

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BORGO SUD
«Havia qualquer coisa em mim que chamava os abandonos.»

É o momento mais escuro da noite, aquele que antecede a aurora, quando Adriana bateu furiosamente à porta com um recém-nascido nos braços. Não se viam há algum tempo, e a sua irmã nem sequer sabia que ela esperava um filho. Mas de que foge ela? Estará realmente em perigo?

Adriana é como um vento, irrompe sempre com força na vida da irmã, obrigando-a a enfrentar a verdade. Até a mais incómoda, ou muito amarga.

Ao entrar no apartamento da irmã e do seu marido, Adriana, baralhada e em fuga, aparente portadora de desordem, indicará a fissura sobre a qual assenta aquele matrimónio: as ausências de Piero, a sua ternura, a sua elegância imperturbável assumem aos poucos um outro valor.

Anos depois, um telefonema inesperado obriga a narradora desta história a partir à pressa da cidade francesa onde decidiu viver. Inicia uma interminável noite de viagem – em que reconstrói as recordações – que a levará até Pescara, mais precisamente a Borgo Sud, a zona da cidade junto ao mar. É ali, naquele microcosmo tão impenetrável e, contudo, tão acolhedor, com as suas leis indiscutíveis e a sua gente hospitaleira e rude, que poderá descobrir o que realmente aconteceu e talvez fazer as pazes com o passado.

Foram meninas briguentas, filhas de nenhuma mãe. Agora são mulheres carregadas de impulsos e de erros, de desilusões e possibilidades, com uma herança de palavras não ditas e atenções intermitentes.

Depois de "L’Arminuta", Donatella Di Pietrantonio regressa com "Borgo Sud", um romance tenso e íntimo, intenso a cada página, capaz de combinar emoções e profundidade do olhar, com a sabedoria e a naturalidade dos grandes escritores.

Borgo Sud já foi vendido em mais de 10 países – entre eles Alemanha, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos – e confirma-se como um dos livros mais aguardados do ano.

DONATELLA DI PIETRANTONIO vive em Penne, Abruzzo, onde exerce a profissão de dentista pediátrica. Estreou-se com o romance Mia Madre è un Fiume (Elliot 2011, Premio Tropea). Com L'Arminuta (Einaudi 2017, traduzido em mais de 25 países) venceu diversos prémios, entre os quais o Premio Campiello, o Premio Napoli e o Premio Alassio. Na Einaudi publicou ainda Bella Mia (primeira edição Elliot 2014), com que participou no Premio Strega 2014 e venceu o Premio Brancati, e Borgo Sud (2020).

O romance "L’Arminuta" foi traduzido para português e publicado em 2019 pela editora Edições ASA com o título "A Filha Devolvida".