As celebrações começam com uma oportunidade única para o público conhecer os bastidores de uma vertente importante e invisível do trabalho em museus: a gestão das coleções. Nos dias 21 e 23 de novembro, o Museu de Lisboa abre a sua Reserva Visitável, localizada numa parte da Reserva Central. Aida Nunes, coordenadora dos serviços de conservação e restauro, é a anfitriã desta visita que dará a conhecer os bastidores da preservação do património.

No segundo dia desta comemoração, dia 22 de novembro, Os deuses descem ao teatro no Museu de Lisboa - Teatro Romano. Os participantes são convidados a embarcar numa viagem pelo Sistema Solar, explorando as origens dos nomes dos planetas e a sua ligação às mitologias da Antiguidade. Nesta atividade, será possível descobrir se pertencem à mitologia romana, grega ou a outras civilizações, compreender quem os identificou e construir um sistema planetário criativo. Uma experiência que cruza ciência, história e imaginação.

No mesmo dia, de manhã e de tarde, noutro dos núcleos do Museu de Lisboa, promovem-se visitas orientadas à Fábrica de Moagem. Cheira a farinha a Oriente de Lisboa convida a conhecer a antiga Fábrica de Moagem da Manutenção Militar e descobrir um dos testemunhos mais singulares do património industrial da cidade de Lisboa. O cheiro da farinha era uma das características mais evidentes do lugar quando se chegava à Manutenção Militar. A moagem que guarda essa essência, devolve-nos ainda a possibilidade de observar uma fábrica com todas as suas máquinas, de várias épocas, proporcionando uma visita única em Portugal.

Ainda no dia 22 de novembro, o Museu de Lisboa oferece uma oficina para famílias - O meu primeiro herbário. Os participantes são desafiados a explorar o jardim do Palácio Pimenta e a aprender a reconhecer árvores, herbáceas e trepadeiras através das suas folhas, flores e sementes. Nesta oficina, propõe-se a criação de um primeiro herbário, combinando observação, recolha e desenho. Uma atividade que convida à reflexão sobre a preservação dos ecossistemas naturais e a importância de práticas sustentáveis para garantir um futuro equilibrado para o planeta.

No último dia desta Semana da Cultura Científica, mais jovens são desafiados a descobrir o que está por trás da organização de uma exposição com a atividade Museólogo por um dia, no Museu de Lisboa - Santo António. Nesta oficina, o participante pode assumir o papel de museólogo e conhecer os bastidores do mundo dos museus. Aprender a identificar, registar e proteger peças, explorar diferentes formas de contar histórias através de objetos e montar a sua própria exposição temática. Uma experiência prática, criativa e cheia de descobertas sobre património, cultura e memória.

Na tarde do dia 23, as comemorações encerram com o percurso Base, fuste e capitel sobre a investigação científica em redor do Museu de Lisboa - Teatro Romano. Rómulo de Carvalho, professor de Ciências, pedagogo, conceituado promotor científico, historiador da ciência e poeta (assinando António Gedeão) nasceu na Rua Augusto Rosa, n.º 7, muito próximo do Teatro Romano de Lisboa. A partir deste espaço, propõe-se uma viagem pela investigação histórica e arqueológica desenvolvida nesta área da cidade, homenageando um dos maiores promotores da cultura científica portuguesa.

A Semana da Cultura Científica celebra-se por ocasião do Dia Nacional da Cultura Científica, instituído em 1996 em Portugal, a 24 de novembro, dia em que nasceu Rómulo de Carvalho (1906-1997).