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A poesia de José Régio na elogio da sombra

Cântico negro é uma antologia com seleção e organização de Valter Hugo Mãe e Luís Adriano Carlos. 


A Porto Editora faz chegar às livrarias de todo o país Cântico negro, uma antologia poética de José Régio, com seleção e organização de Valter Hugo Mãe e Luís Adriano Carlos, que assina ainda os estudos introdutórios à obra, com três ensaios sobre José Régio e o Modernismo.

Cântico negro, poema-manifesto que trouxe a expressão "sei que não vou por aí!" para a linguagem comum, dá título a esta obra, a décima nona publicada na coleção elogio da sombra, que oferece aos leitores a possibilidade de terem num único volume uma cuidada e extensa seleção da obra poética de José Régio, há muito afastada dos escaparates.

Nas palavras de Valter Hugo Mãe: "Este é o Régio que me apaixona. Aquele que mediu o sangue e a sombra, aquele que recusou, debateu, analisou com rigor e jamais se rendeu. No seu verso sincero o mais que vejo é a dúvida, a impressão de que talvez se possa criar o Criador mas que, ainda assim, perderemos. É da condição humana tombar no abismo."

SOBRE O LIVRO

Cântico negro
(…)
Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca princípio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: «vem por aqui»!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou…
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
– Sei que não vou por aí!


Ver primeiras páginas 

Título: Cântico negro
Autor: José Régio
Seleção e organização: Luís Adriano Carlos e Valter Hugo Mãe
Estudos introdutórios: Luís Adriano Carlos
Coleção: elogio da sombra
Páginas: 368
PVP: 19,90€ 

SOBRE O AUTOR
José Régio
Impondo-se como o principal mentor do movimento presencista, José Régio (1901-1969) criou uma nova postura estética e ética que dominou o panorama nacional durante longos anos. Estreando-se com o livro Poemas de Deus e do Diabo, desde logo se afirmou como uma voz única, que tem na irreverente independência criadora do poema «Cântico Negro» um sinal da sua actualidade, ao ponto de o seu "... não vou por aí!" ter entrado na linguagem comum, no que será um dos casos raros na nossa história literária.
«Diverso e uno», deixou-nos uma obra que se estende pelos vários meios da expressão literária, indo da poesia, do romance, da novela e do conto, ao teatro, ao ensaio e à crítica, passando pela obra íntima, o que faz dele o nosso mais imprescindível escritor e autor em cada género que abordou. Poemas de Deus e do Diabo ou Biografia, na poesia; O Príncipe com Orelhas de Burro ou A Velha Casa, na ficção; Benilde ou A Virgem Mãe ou Jacob e o Anjo, no teatro; Ensaios de Interpretação Crítica, no ensaio, ou Confissão dum Homem Religioso, nos escritos íntimos, poderão ser apontados como alguns dos títulos regianos a incluir urgentemente em qualquer biblioteca. 
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