Maria Ressa não encaixa no conceito típico de super-herói: é uma mulher com menos de um metro e sessenta, usa uns óculos redondos e, na mão, traz uma caneta e um bloco. Mas é com esta aparente fragilidade que enfrenta ameaças à reputação, à liberdade e à própria vida. Dizer a verdade e lutar pelo jornalismo livre valeu-lhe o Prémio Nobel da Paz em 2021, mas também a possibilidade de passar o resto dos seus dias na cadeia.

Em Como fazer frente a um ditador  a jornalista filipina, que desmascarou Duterte e deu o mote para desvendar a Cambridge Analytica, relata a sua história pessoal e mostra como as opiniões, e até as intenções de votos, são manipuladas. Este livro é um grito de alerta pelo futuro coletivo da humanidade e chega às livrarias no dia 23 de fevereiro com o selo da Ideias de Ler.

No discurso do Nobel, Ressa lembrou que a última vez que um jornalista tinha ganhado o galardão fora, em 1935, o repórter alemão Carl von Ossietzky. Na ocasião, não conseguiu receber o prémio por estar a definhar num campo de concentração Nazi. No mesmo discurso, Ressa voltou a recordar esse período da história para traçar um paralelismo com o presente, afirmando que uma bomba atómica invisível tinha explodido no nosso ecossistema de informação, quando as plataformas tecnológicas ofereceram aos poderes geopolíticos uma forma de manipular cada indivíduo. Neste livro, a jornalista não só materializa estas alusões como deixa um apelo claro: "Há que ter a previdência e a coragem de imaginar, e criar, o mundo tal como deveria ser: mais compassivo, equitativo e sustentável, livre de tiranos e de fascistas".

Como fazer frente a um ditador é um livro para todos os que tomam a democracia por garantida, escrito por alguém que jamais o faria. 

  

SOBRE O LIVRO
Como fazer frente a um ditador

Maria Ressa, Prémio Nobel da Paz de 2021, dedicou a vida a lutar pela verdade, pela liberdade e pela sobrevivência da democracia. E, por isso, arrisca-se a passar o resto da vida na cadeia.
O seu trabalho jornalístico levou-a a desmontar a rede de desinformação criada pelo Presidente das Filipinas, que espalhou mentiras e ódio para garantir o poder e instaurar um regime sanguinário. Porém, as descobertas que fez revelaram também que a estratégia de Duterte foi a mesma que sustentou os principais movimentos de privação das liberdades democráticas, como o Brexit, a invasão russa da Ucrânia ou o ataque ao Capitólio em Washington. Por detrás de todos estão entidades aparentemente insuspeitas, como o Facebook e as poderosas instituições de Silicon Valley.
Como Fazer Frente a Um Ditador acompanha a vida e obra de Maria Ressa, para mostrar como as nossas opiniões e os nossos votos são manipulados, destruindo as liberdades individuais. E traz também um grito de alerta e um pedido urgente da autora: acordemos; aguentemos as pressões; lutemos pelo nosso futuro coletivo – antes que seja tarde de mais.

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Título: Como fazer frente a um ditador
Autora: Maria Ressa
Páginas: 344
PVP: 18,85€   

SOBRE A AUTORA
Maria Ressa

É CEO, cofundadora e presidente do Rappler, o principal site noticioso das Filipinas, e foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz de 2021. Cresceu nos EUA e estudou na Universidade de Princeton, antes de trabalhar como jornalista na Ásia, durante mais de 36 anos. Em 2021 venceu o Prémio Mundial de Liberdade de Imprensa da UNESCO e, para a revista TIME, foi Pessoa do Ano (2018), uma das 100 Pessoas Mais Influentes (2019) e uma das 100 Mulheres Mais Influentes do Século (2020). Entre os muitos prémios que recebeu estão o prestigiado Golden Pen of Freedom Award da World Association of News Publishers, o Knight International Journalism Award do International Center for Journalists, o Shorenstein Journalism Award da Universidade de Stanford e o Sergei Magnitsky Award para Melhor Jornalismo de Investigação.