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A Última Valsa de Chopin

Um dos maiores pianistas e compositores de todos os tempos, Frédéric Chopin foi também um sedutor natural, e a sua inteligência e personalidade constituíam motivo de fascínio à sua volta.

É esse lado menos conhecido do génio polaco que José Jorge Letria revela n’A Última Valsa de Chopin, uma biografia romanceada de grande sensibilidade, em que o escritor português dá asas à imaginação, tendo por base os factos da vida de Chopin. Considerada «original e a vários títulos notável» pelo maestro António Victorino D’Almeida, que assina o prefácio, a obra estava há muito indisponível no mercado português, mas é agora recuperada, em boa altura, pela Guerra e Paz, Editores. Um diálogo íntimo entre biógrafo e biografado, A Última Valsa de Chopin chega à rede livreira nacional, com o selo da coleção «Biografias Guerra e Paz».

Quem foi Frédéric Chopin? No livro A Última Valsa de Chopin, José Jorge Letria, confesso admirador de Chopin desde a adolescência, fala-nos do homem por detrás do pianista, numa biografia que promete envolver emocionalmente o leitor, como se de um romance se tratasse.

E é nesse exercício de transmitir verdade e intensidade aos factos da vida de Chopin que Letria se aventura a idealizar as cartas que o inquieto e sofrido génio poderia ter escrito ao seu piano ou até mesmo ao pai já falecido. «Meu querido Pai, quis o destino que não pudesse despedir?me de si e que ficasse privado de lhe dizer o que ao longo da vida fui adiando. […] sempre encontrei em si, meu Pai, o bom senso, o respeito pelos outros, o amor pelo trabalho e a capacidade de alcançar reconhecimento pelos méritos profissionais e pessoais que nunca ninguém lhe negou. […] nestes anos nunca deixei de o ter presente nas grandes e nas pequenas decisões que tomei.»

Na obra, imagina também diálogos entre Chopin e a sua amada George Sand, entre os quais, aquela que poderia ter sido a conversa derradeira entre ambos. «Por muito que me custe, querida George, sou forçado a dar?te razão. Sabes como foi e continua a ser importante para mim esta relação que me trouxe momentos de felicidade, inspiração e descoberta. Nunca esquecerei todo o bem que me fizeste.»

Esta homenagem a um dos maiores pianistas e compositores de todos os tempos é amplamente elogiada por António Victorino D’Almeida no prefácio da obra, «pelo discurso lúcido, mas nunca frio» e pela objectividade «na apresentação dos factos, mas saudavelmente parcial na defesa dos valores que se propõe defender». Acrescenta o maestro português que Letria nos fala «da verdade de Chopin com uma eficácia tanto mais surpreendente quanto também é certo que nunca recua perante a emoção que se adivinha em cada linha do seu livro».

A Última Valsa de Chopin chega à rede livreira nacional, com o selo da coleção «Biografias Guerra e Paz», inaugurada com Nietzsche – O Combate com o Demónio, de Stefan Zweig, a que se seguiu a publicação de Marquês de Pombal – Réu Confesso, de Camilo Castelo Branco.  

Biografias Guerra e Paz
A Última Valsa de Chopin
José Jorge Letria
Não-Ficção / Biografia
168 páginas · 15x23 · 15,50 €

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