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GRANDE PRÉMIO DE CONTO CAMILO CASTELO BRANCO CONSAGROU MÁRIO DE CARVALHO

O Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, atribuído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), ajudou a revelar ao país na sua primeira edição, em 1991, o escritor Mário de Carvalho ao premiar a sua obra “Quatrocentos Mil Sestércios seguido de O Conde Jano”, “muito ao arrepio da expressão literária então na moda”, como recorda o próprio autor.


Mário de Carvalho recebeu galardão com gratidão e boas recordações

O Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, atribuído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), ajudou a revelar ao país na sua primeira edição, em 1991, o escritor Mário de Carvalho ao premiar a sua obra “Quatrocentos Mil Sestércios seguido de O Conde Jano”, “muito ao arrepio da expressão literária então na moda”, como recorda o próprio autor. Vinte e uma edições após o seu início, o galardão voltou a distinguir Mário de Carvalho, agora já em modo de consagração a um dos mais brilhantes e profícuos escritores de língua portuguesa, desta vez pela obra “A Liberdade de Pátio”.

A entrega da 22.ª edição do Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco decorreu dia 25 de novembro, no Palácio das Galveias, em Lisboa, reunindo perto de uma centena de pessoas do universo cultural, literário e artístico português.  Entre outras personalidades, a cerimónia contou com as presenças do escritor premiado, do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, do Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, e do ator Rui Mendes que fez a leitura de um excerto do texto vencedor. 

Na hora de receber o prémio pela segunda vez, Mário de Carvalho enalteceu precisamente a permanência deste galardão, “um sinal de que os horizontes da literatura, sob a égide de Camilo, continuam em aberto”. Mário de Carvalho falou também das “recordações gratas das minhas idas a essa antiga cidade”, muito concretamente das impressões da casa de Camilo em S. Miguel de Seide. “Impressionaram-me, na altura, a sonoridade dos passos no assoalhado que rangia, a imponência dum certo relógio de pêndulo e certa cadeira de balouço que bem simboliza a fugacidade das glórias e também das desgraças”, recordou.

Esta foi a primeira vez que o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco foi entregue em Lisboa, uma opção que a Câmara de Famalicão e a APE tomaram para levar a outros e mais públicos a ação de valorização e divulgação da obra camiliana. A ideia é criar dinâmicas diferentes para as várias edições dos prémios, envolvendo as terras que estão de alguma forma ligadas à vida e obra de Camilo Castelo Branco. Nesta primeira ação de descentralização do prémio, juntaram-se a terra que viu nascer Camilo - Lisboa, e a terra onde escreveu a maior parte das suas obras e onde viria a suicidar-se ameaçado pela cegueira e julgando caminhar para a loucura que a tradição da família dava como estigma fatal de muitos dos seus - Vila Nova de Famalicão.

Foi um dia maior para a valorização da obra camiliana e para a afirmação de Vila Nova de Famalicão como um município culturalmente arrojado e audaz. Esta foi a imagem que ficou bem patente nos participantes da cerimónia, depois da classificação de José Manuel Mendes de Famalicão “como um município culturalmente peculiar, com uma dinâmica que dificilmente tem paralelo em Portugal”, e da declaração determinada de Paulo Cunha de querer fazer de Famalicão “um contribuinte liquido para a produção cultural do país”.

Instituído em 1991, ao abrigo de um protocolo entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Associação Portuguesa de Escritores (APE), o Grande Prémio do Conto destina-se a galardoar uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de um país africano de expressão portuguesa, com um prémio de 7.500 euros.

Entre os escritores já distinguidos estão Mário de Carvalho, Teresa Veiga, Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa, Maria Judite de Carvalho, Miguel Miranda, Luísa Costa Gomes, José Jorge Letria e José Eduardo Agualusa. José Viale Moutinho, António Mega Ferreira, Teolinda Gersão, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Jorge Marmelo, Paulo Kellerman, Gonçalo M. Tavares, Ondjaki, Afonso Cruz, A.M. Pires Cabral e Eduardo Palaio foram outros distinguidos com o prémio.

 

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