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Colóquios, Conferências e Debates

Flora e fauna na cerâmica de Bordalo Pinheiro

Integrada no Ciclo de Conversas II, em torno da exposição temporária «As Formas do Desejo», esta conversa conta com a presença de Susana Neves, investigadora na área de etno-botânica e uma comunicadora nata. 

16 Out 2018  |  18h00

Museu Bordalo Pinheiro
Campo Grande, 382 | 1700-097 Lisboa
Preço
Entrada livre

Intitulada "A couve comeu o gato — Significado da flora e da fauna representadas na cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro ou de como a natureza ri à portuguesa", a conversa promete uma abordagem original à obra de Bordalo e ao uso fascinante que fez da flora e da fauna na sua obra cerâmica — mas também na obra gráfica.

Eis a sinopse da convidada:

A identificação das espécies vegetais e animais na cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro transporta-nos para um Portugal rural onde ainda não se fazia sentir a nostalgia da natureza, como acontecia na Inglaterra e em França, países já bastante industrializados no final do século XIX.

Convivendo diariamente com as riquíssimas flora e fauna das Caldas da Rainha, onde é construída a sua Fábrica de Faianças, o artista acrescenta ao elenco de espécies autóctones, as exóticas, provenientes de vários países, entre eles, o Brasil, a América do Norte e o Japão.

Representa-as de forma naturalista, porém, não se limita a ser “repórter de natureza”, atento à gastronomia popular, nem as suas “personagens naturais” são usadas como meros elementos decorativos. Espécie de Georges Méliès à portuguesa, Rafael Bordalo Pinheiro assume um papel de prestidigitador, criando “fábulas de cerâmica” que se riem de si mesmas e a rir levam Portugal ao Mundo.

Muito influenciado por vários movimentos estéticos e artísticos que no seu tempo elegeram determinadas espécies de plantas e animais como fontes de inspiração — o movimento britânico Arts & Crafts, o Japonismo, a Arte Nova e a pintura vitoriana de fadas —, o criador, da dupla matreira Zé Povinho e Maria Paciência, contamina o seu “herbário” e “bestiário” com a mesma alegria e magia simples que encontramos nas primeiras projeções da lanterna mágica e nos brinquedos óticos que antecederam a invenção do cinema.

+ informações:  info@museubordalopinheiro.pt
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