Rute, mãe de quatro filhos muito diferentes, vê-se obrigada a arranjar uma solução para suportar os custos da família. Ex-bailarina, acaba por conseguir um bom emprego numa companhia de dança que atua em cruzeiros. Na impossibilidade de levar os filhos consigo, deixa-os ao cuidado de Lalá, sua grande amiga, que os acolhe na escola que dirige: a Escola das Artes, um colégio com internato para jovens com aptidão artística.

Este é um colégio inovador, com um sistema de ensino diferente, sem salas de aula, horários rígidos ou turmas organizadas por faixas etárias. A grande aposta é nas disciplinas artísticas (canto, instrumento, dança, representação), mas os alunos também aprendem as disciplinas “tradicionais” (línguas, matemática, ciências, física, história, geografia, etc.) através de projetos multidisciplinares orientados para o musical que vão preparar em cada período. As turmas são pequenas, com 7 alunos, e com diversas idades misturadas. E todos os dias, ao final da tarde, há um momento de celebração, onde os alunos podem conviver, dançar, cantar... celebrar mais um dia e ganhar energia para o seguinte.

Leonor, a mais velha dos quatro irmãos Jasmim, é muito expressiva, e está habituada a ser o centro das atenções, em tudo o que diz e que faz. Não é, no entanto, tão talentosa na área da música como a sua irmã Clara. Mas esta é mais envergonhada, passando por isso mais despercebida. Já o seu irmão gémeo, o João, é bem mais expansivo e adora dançar. Marta, a mais nova dos irmãos, não podia estar mais contrariada por ter ingressado naquela escola. Acha que não tem talento artístico algum, o que ela gosta mesmo é de andar de patins e ouvir música.

Dada a relação especial que Marta criou com a mãe, nunca aceitará a ideia de ter de ficar longe dela, muito menos numa escola artística, o que se tornará num grande desafio para Lalá e para os restantes professores.

Marta alia-se entretanto a Miguel que também não sabe muito bem como foi parar à Escola das Artes. Participou nos castings para ter a oportunidade de ler um texto seu, a dizer mal das Artes, e acabou escolhido para ingressar na escola. Os dois vão formar uma dupla que, inicialmente, dá muitas dores de cabeça a professores e colegas. Mas Lalá acredita que a Arte cura, a Arte transforma. E, depois de muitas aventuras e desafios, também Marta e Miguel descobrirão os seus talentos e perceberão o tanto que têm para contribuir...

Leonor terá de vencer o seu egocentrismo e aprender a dar valor aos outros, trabalhando em equipa. Clara terá de aprender a vencer a timidez. João terá de aprender que não há resultados sem esforço. Marta terá de esquecer todas as ideias que criou sobre si própria, confiar nos professores e abrir-se a tudo aquilo que eles têm para lhe ensinar. Miguel terá de aprender a ouvir a voz do coração, tão importante como a da razão. Carlota terá de vencer os complexos e afirmar o seu talento. Mila terá de ser menos exigente com ela própria e com o outros, e valorizar mais a amizade.

A nova turma de sete alunos tinha tudo, inicialmente, para não funcionar. Mas ao longo do período, com todas as peripécias que acontecem, e a ajuda dos professores, serão muitas as lições aprendidas, que a turma terá possibilidade de mostrar num poderoso espetáculo de rua.