Cinema
"Os Homens Preferem as Loiras"
A 13 de janeiro, no Grande Auditório do CCB, será exibido numa versão digital restaurada o filme de Howard Hawks.

13 Jan 2019 | 16h00
Centro Cultural de Belém
Praça do Império, 1449-003 Lisboa
Preço
6.50€ ANO 1953 | DURAÇÃO 91 minutos | CLASSIFICAÇÃO +12
COM Jane Russell, Marilyn Monroe e Charles Coburn
Há qualquer coisa em Russell e em Monroe que nos hipnotiza, mesmo quando pouco ou nada fazem.
Há qualquer coisa em Russell e em Monroe que nos hipnotiza, mesmo quando pouco ou nada fazem.
Chamem-lhe magnetismo inerente. Chamem-lhe sedução luxuriante. Chamem-lhe o que quiserem.
NEW YORK TIMES
Lorelei Lee (Marilyn Monroe) e Dorothy Shaw (Jane Russell), duas glamorosas e ambiciosas coristas, têm tudo o que uma mulher quer – exceto um desejado anel de diamantes. Num plano arquitetado pelo futuro sogro de Lorelei, as duas embarcam num excêntrico e luxuoso cruzeiro até França. Durante a viagem, passam por uma série de elaboradas peripécias até que descobrem que Lorelei está a ser vigiada por um detetive privado, contratado pelo pai do seu noivo milionário, decidido a que o seu noivado não chegue a bom porto.
Inspirado num musical de grande sucesso da Broadway (1949), que por sua vez tinha adaptado um romance de Anita Loos (1925), e também num filme mudo homónimo de 1928, Os Homens Preferem as Loiras, de Howard Hawks, tornou-se um clássico do entretenimento cinematográfico e foi o filme que eternizou Marilyn Monroe como um dos maiores sex symbols do século XX.
Incarnando uma mulher loura, sensual e fútil – estereótipo feminino sobejamente explorado na década de 1950 e indissociável desta atriz – Marilyn mostrou neste filme que podia finalmente afirmar-se como a grande estrela e protagonista de um filme, e viu a sua popularidade, junto do público e da indústria, disparar. Com Lorelei Lee, realçando toda a sua beleza, elegância e sensualidade, Monroe cimentou neste filme a persona que a tornou icónica. Diamonds Are a Girl’s Best Friend, o principal número musical interpretado por Marilyn no filme, num deslumbrante vestido de cetim cor-de-rosa, coberta de joias e diamantes, tornou-se num número musical lendário, recorrentemente citado, celebrado e parodiado das mais diversas formas, e atualmente faz, sem dúvida, parte da memória coletiva e da cultura pop do século XX.
Consciente de que lhe tinha sido dado um papel de destaque num filme que iria ser bem publicitado, Marilyn estava determinada em afirmar-se para lá do seu aspeto físico e sexualidade, envidando esforços para enterrar a imagem de pin-up girl que lhe estava associada e tornar-se numa estrela de cinema completa e glamorosa. Monroe tinha a consciência de que esta era uma grande oportunidade para ganhar o respeito da indústria e de pôr a ênfase nos seus dotes de atriz. O seu empenho e dedicação, ao passar muitas horas a ensaiar as suas cenas, passos de dança e canções, não passou despercebido a Howard Hawks e à equipa do filme.
No entanto, foi também durante a produção de Os Homens Preferem as Loiras que Marilyn começou a demonstrar as suas fragilidades psicológicas e emocionais, e de uma certa fobia de estar perante as câmaras. Os comportamentos instáveis de Monroe, com atrasos sucessivos em aparecer nas filmagens, geraram muitas tensões com Hawks, conhecido por lançar grandes estrelas como John Wayne, Cary Grant, Humphrey Bogart, Katharine Hepburn, entre outros, mas também por não tolerar os caprichos dos atores.
Sendo mais experiente, Jane Russell, acabou por ter um papel preponderante ao ajudar diariamente Monroe a lidar com as suas inseguranças e com as pressões da indústria cinematográfica. Apesar de constantemente espicaçadas pelos tabloides, desejosos de instigar a rivalidade entre as duas estrelas, a cumplicidade que se gerou entre Russell e Monroe e a forma como se complementavam em cena foram a grande chave para o sucesso do filme.
Os Homens Preferem as Loiras foi um grande sucesso junto do público e a crítica não poupou elogios às duas atrizes, apesar de muitas das críticas se continuarem a focar nos atributos físicos de Marilyn, chegando mesmo a ser levantada a desconfiança, pela revista Time, de que a sua voz, tão aprazível nas canções, tivesse sido dobrada por uma cantora. Polémicas à parte, o filme tornou-se no sexto filme mais rentável de 1953 e, dado o sucesso, Russell e Monroe foram convidadas a gravar as suas mãos e pés no passeio junto do Grauman’s Chinese Theatre (atual TCL Chinese Theatre), em Hollywood.
Lorelei Lee (Marilyn Monroe) e Dorothy Shaw (Jane Russell), duas glamorosas e ambiciosas coristas, têm tudo o que uma mulher quer – exceto um desejado anel de diamantes. Num plano arquitetado pelo futuro sogro de Lorelei, as duas embarcam num excêntrico e luxuoso cruzeiro até França. Durante a viagem, passam por uma série de elaboradas peripécias até que descobrem que Lorelei está a ser vigiada por um detetive privado, contratado pelo pai do seu noivo milionário, decidido a que o seu noivado não chegue a bom porto.
Inspirado num musical de grande sucesso da Broadway (1949), que por sua vez tinha adaptado um romance de Anita Loos (1925), e também num filme mudo homónimo de 1928, Os Homens Preferem as Loiras, de Howard Hawks, tornou-se um clássico do entretenimento cinematográfico e foi o filme que eternizou Marilyn Monroe como um dos maiores sex symbols do século XX.
Incarnando uma mulher loura, sensual e fútil – estereótipo feminino sobejamente explorado na década de 1950 e indissociável desta atriz – Marilyn mostrou neste filme que podia finalmente afirmar-se como a grande estrela e protagonista de um filme, e viu a sua popularidade, junto do público e da indústria, disparar. Com Lorelei Lee, realçando toda a sua beleza, elegância e sensualidade, Monroe cimentou neste filme a persona que a tornou icónica. Diamonds Are a Girl’s Best Friend, o principal número musical interpretado por Marilyn no filme, num deslumbrante vestido de cetim cor-de-rosa, coberta de joias e diamantes, tornou-se num número musical lendário, recorrentemente citado, celebrado e parodiado das mais diversas formas, e atualmente faz, sem dúvida, parte da memória coletiva e da cultura pop do século XX.
Consciente de que lhe tinha sido dado um papel de destaque num filme que iria ser bem publicitado, Marilyn estava determinada em afirmar-se para lá do seu aspeto físico e sexualidade, envidando esforços para enterrar a imagem de pin-up girl que lhe estava associada e tornar-se numa estrela de cinema completa e glamorosa. Monroe tinha a consciência de que esta era uma grande oportunidade para ganhar o respeito da indústria e de pôr a ênfase nos seus dotes de atriz. O seu empenho e dedicação, ao passar muitas horas a ensaiar as suas cenas, passos de dança e canções, não passou despercebido a Howard Hawks e à equipa do filme.
No entanto, foi também durante a produção de Os Homens Preferem as Loiras que Marilyn começou a demonstrar as suas fragilidades psicológicas e emocionais, e de uma certa fobia de estar perante as câmaras. Os comportamentos instáveis de Monroe, com atrasos sucessivos em aparecer nas filmagens, geraram muitas tensões com Hawks, conhecido por lançar grandes estrelas como John Wayne, Cary Grant, Humphrey Bogart, Katharine Hepburn, entre outros, mas também por não tolerar os caprichos dos atores.
Sendo mais experiente, Jane Russell, acabou por ter um papel preponderante ao ajudar diariamente Monroe a lidar com as suas inseguranças e com as pressões da indústria cinematográfica. Apesar de constantemente espicaçadas pelos tabloides, desejosos de instigar a rivalidade entre as duas estrelas, a cumplicidade que se gerou entre Russell e Monroe e a forma como se complementavam em cena foram a grande chave para o sucesso do filme.
Os Homens Preferem as Loiras foi um grande sucesso junto do público e a crítica não poupou elogios às duas atrizes, apesar de muitas das críticas se continuarem a focar nos atributos físicos de Marilyn, chegando mesmo a ser levantada a desconfiança, pela revista Time, de que a sua voz, tão aprazível nas canções, tivesse sido dobrada por uma cantora. Polémicas à parte, o filme tornou-se no sexto filme mais rentável de 1953 e, dado o sucesso, Russell e Monroe foram convidadas a gravar as suas mãos e pés no passeio junto do Grauman’s Chinese Theatre (atual TCL Chinese Theatre), em Hollywood.