"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Colóquios, Conferências e Debates

"Projeto Sentir a Amazônia em Portugal"

Uma viagem para lá do Equador, durante 5 dias, e sentirem as belezas, a diversidade, as cores e os povos da Amazónia.

6 Mai a 10 Mai 2019

El Corte Inglés de Lisboa
Av. António Augusto de Aguiar, 31 - Piso 6 . 1069-413

De 6 a 10 de maio, às 18h00, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa (Piso 6).

«Todos sabemos que a lagarta se metamorfoseará numa borboleta. Mas a lagarta saberá isso? O mundo não está a morrer, como os profetas acreditam, e a salvação do mundo, como invocada pelos defensores otimistas do progresso, também não está iminente. Ao invés, o mundo está a passar por uma metamorfose surpreendente...»

«As alterações climáticas não são alterações climáticas; são muito mais que isso e uma coisa muito diferente. São uma reforma dos modos de pensamento, dos estilos de vida e dos hábitos de consumo, da lei, da economia, da ciência e da política.»
Ulrich Beck

Porquê Sentir? Um formato afectivo e sensorial contribui para melhor Sentir a Amazónia, compreender o seu papel no planeta e consciencializar sobre valores ecológicos. Ecoar, eis o que este projecto pretende ao promover um intercâmbio de saberes de projectos em curso e de conhecimento de oradores portugueses e brasileiros nas áreas da educação, artesanato, cultura, design e turismo sobre a Amazónia. Um dos temas a desenvolver será o da cultura empreendedora na Amazónia Brasileira como recurso a manutenção da floresta através da criação de oportunidades aos seus moradores de permanecerem a viver – na e da – floresta em uma relação sustentável ser humano-natureza.

Sentir a Amazônia em Portugal? Afinal a Amazónia, como «floresta-bandeira» de todas as florestas do mundo, não está assim tão longe: as «lagartas metamorfoseadas» ao baterem as suas asas provocam efeitos por todo o planeta. Quer isto seja uma alegoria ou a Teoria do Caos, a informação constitui um componente atitudinal cognitivo essencial para a construção de valores ambientais. E isto é urgente!

O programa para estes 5 dias é composto por um conjunto de conversas e testemunhos sobre a Amazónia inspiradas na Agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) “Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável” e nos seus 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e na Ecologia Humana.

Programa

1.ª Sessão — 6 de maio
Descobrir a Amazónia
Abrir o mapa e despertar a curiosidade: a imensidão do território e os seus habitantes.
Oradores: Lau Zanchi, Rozana Trilha, Iva Pires, Tiago Carilho, Patrícia Ferreti.

2.ª Sessão — 7 de maio
Ecos da Floresta
Educar e comunicar para conservar os recursos naturais das florestas e o conhecimento tradicional amazónico.
Oradores: Lau Zanchi, Rozana Trilha, Representante FAS – Fundação Amazônia Sustentável, Margarida Gomes – Eco-Escolas de Portugal

3.ª Sessão — 8 de maio
Podemos preservar a Amazónia à distância?
A floresta em pé vale mais que derrubada: os serviços dos ecossistemas e o papel do empreendedorismo ribeirinho na manutenção das florestas.
Oradores: Lau Zanchi, Rozana Trilha, Sérgio F. Matos, Representante FAS– Fundação Amazônia Sustentável, Joana Faria/FSC

4.ª Sessão — 9 de maio
Viajar pela Amazónia no tempo e no romance
Da viagem épica de Pedro Teixeira na Amazónia (séc.XVII), ao romance A Selva, de Ferreira de Castro (séc. XX).
Oradores: Anete Costa Ferreira, Ana Cristina Carvalho

5.ª Sessão — 10 de maio
Cultura material e imaterial da Amazónia brasileira
Literatura indígena: mitos e lendas, arte, ecologia e activismo – Índio ou indígena? Música e ecologia: a canção da natureza e a natureza da canção.
Música brasileira inspirada na Natureza para educação ambiental e um viver sustentável.
Oradores: Daniel Munduruku (presencial ou via skype), Carla Visi (palestra musical)

Oradores:

Lau Zanchi é licenciada em Direito pela Universidade de São Paulo, vive há 30 anos em Portugal onde realizou formações nas áreas de Cinema e Literatura. Actualmente é doutoranda em Ecologia Humana na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Criou o projecto Sentir a Amazônia em Portugal.

Rozana Trilha é Pós-Graduada em Business Administration, Marketing e Finanças pela PUC/
Rio de Janeiro, e em Design, Propaganda e Marketing pela UFAM - Universidade Federal do
Amazonas. É graduada em Administração de Empresas pela UFAM. É directora-presidente da Associação Zagaia Amazônia.

Iva Pires é professora associada da Faculdade Ciências Sociais e Humanas da NOVA de Lisboa. Lecciona no Departamento de Sociologia e coordena o mestrado e o doutoramento em Ecologia Humana.
É membro integrado do CICS.NOVA, Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da NOVA de Lisboa.
É presidente da Society for Human Ecology (SHE).

Sérgio J. Matos formou-se em Design de Produto pela Universidade Federal de Campina Grande ( UFCG).
Fundou o Estúdio Sérgio J. Matos, com foco em multiculturalismo brasileiro, na valorização da imagem do design brasileiro e da arte manual, na difusão de conhecimento. É também responsável pela DOSTUM, empresa de produção de mobiliário.

Tiago Carrilho é Licenciado em Biologia Ambiental perfil Marinho pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 2011. Técnico educativo, responsável pelos programas educativos escolares, no Centro Pedagógico do Jardim Zoológico. Formador na área da Educação Ambiental.

Patrícia Ferreti Teodoro é Bióloga - Mestranda em Gestão e Conservação de Recursos Naturais - MGCRN; Universidade de Évora / Universidade de Lisboa; Investigadora no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente – MARE.

Anete Costa Ferreira é Historiadora/Investigadora de temas luso amazónicos.
Autora do livro Pedro Teixeira: a viagem épica na Amazónia.

Ana Cristina Carvalho é investigadora do CICSNova.
É engenheira do Ambiente pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, doutorada em Ecologia Humana, com uma investigação sobre a simbiose entre Literatura e Ecologia na obra ficcional de Ferreira de Castro. É autora do livro Terra Nativa - Natureza e Paisagem Humanizada em Ferreira de Castro (2017).

Carla Visi é jornalista, cantora e mestranda em Ecologia Humana na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Joana Faria é representante da FSC® – Forest Stewardship Council® Portugal

Margarida Gomes é representante da Eco-Escolas/Abae de Portugal – Associação Bandeira Azul – Jovens Repórteres do Ambiente
Representante FAS – Fundação Amazonas Sustentável – Repórteres da Floresta

Daniel Munduruku é escritor indígena, graduado em Filosofia, tem licenciatura em História e Psicologia. Doutor em Educação pela USP. É pós-doutor em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar.
Director presidente do Instituto UKA - Casa dos Saberes Ancestrais. Autor de 52 livros para crianças, jovens e educadores, é Comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República desde 2008.
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