"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Teatro

"Misterman"

Peça de Enda Walsh, em cena de 17 a 27 de junho, no Teatro da Politécnica. 

Foto de Alípio Padilha

17 Jun a 27 Jun 2015

Teatro da Politécnica
Rua da Escola Politécnica, 56, 1250-102 Lisboa
"Olho para baixo, para Inishfree. Vejo a sua alma branca, pura, ser manchada pelo mau. Vejo a bondade a ser escorraçada dos rostos das pessoas. Mas o anjo bom vai fazer com que isso mude. A minha luz brilhante de bondade vai fazer o puro crescer de novo. E Deus coloca a sua mão à volta do meu ombro. E eu e Deus sorrimos e olhamos para baixo, para Inishfree.
"Vai ser um lugar tão bonito, Senhor, um lugar tão bonito"."
Enda Walsh, Misterman

Thomas, um homem de 33 anos, vive com a mãe incapacitada numa aldeia chamada Inishfree. Sai todos os dias de casa, munido de uma agenda, para inspecionar o comportamento dos habitantes da aldeia e assegurar o cumprimento dos valores morais e éticos. Tem a convicção de que se trabalhar muito poderá salvar o mundo, erradicar o pecado e sentar-se ao lado de Deus. Encontra-se escondido num depósito abandonado no campo desde o trágico acontecimento. Está só, fechado e com alguns objetos indispensáveis: a farda do pai e gravadores antigos de fita magnética.
Há uma atmosfera de violência iminente e constante contra um mundo que não o entende, violência contra um homem que não entende o mundo que o rodeia.

MISTERMAN de Enda Walsh
Tradução Nuno Ventura Barbosa
Encenação, interpretação e versão cénica Elmano Sancho
Assistência de encenação Luciana Ribeiro
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves
Luz Alexandre Coelho
Som Pedro Costa
Apoio Vocal Natália de Matos
Vozes Andreia Bento, António Simão, Filipa Duarte, João Meireles, Jorge Silva Melo, Luciana Ribeiro, Mirró Pereira, Mónica Lage, Nuno Miranda e Pedro Carraca
Design gráfico Sílvia Franco Santos
Coprodução Culturproject / Artistas Unidos
M/16
Projeto Apoiado pela DGArtes

Teatro da Politécnica de 17 a 27 de junho
3ª e 4ª às 19h00 | 5ª e 6ª às 21h00 | Sáb. às 16h00 e às 21h00
Reservas | 961960281

ENDA WALSH
Dramaturgo. Nasceu em Dublin em 1967. O primeiro trabalho criativo de Enda surgiu quando se mudou para Cork e colaborou com o encenador Pat Kiernan do Corcadorca. As primeiras produções incluem adaptações de A Clockwork Orange e A Christmas Carol. À primeira peça original de Enda Walsh The Ginger-ale Boy seguiram-se Disco Pigs que foi traduzida para várias línguas europeias e Misterman. Bedbound foi a primeira peça de Enda Walsh encenada por ele. Enda tem escrito também para rádio e cinema (nomeadamente o argumento de The Hunger de Steve McQueen). Em 2008, obtém enorme sucesso com A Farsa da Rua W representada na Escócia, em Londres e em Nova Iorque. Seguem-se a adaptação dos Karamazov, The New Electric Ballroom e Penélope. Enda escreveu para os Artistas Unidos o sketch Lyndie tem uma arma. A companhia apresentou Disco Pigs, Acamarrados, A Farsa da Rua W e Penélope. Misterman foi encenado e interpretado pelo autor em 1999. Uma segunda versão encenada por Enda Walsh e interpretada por Cillian Murphy foi apresentada no National Theatre em Londres em 2011. Enda encenou a sua mais recente peça " Ballyturk" que estreou em julho 2014 no Galway International Arts Festival.

O espetáculo estreou no Teatro da Comuna no dia 18 de setembro de 2014. Esteve em cena até dia 27 de setembro. A digressão ocorreu no final de março e primeira quinzena de abril de 2015. O espetáculo foi apresentado em Beja, Évora, Castelo Branco, Torres Vedras, Bragança e Almada. Elmano Sancho está nomeado como melhor ator de Teatro pela sua interpretação em Misterman para os prémios Autores/SPA 2015.

ELMANO SANCHO tem o curso de Formação de Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC). Estudou também em Madrid (Real Escuela Superior de Arte Dramático- RESAD), São Paulo (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo- ECA/USP) e Paris (Conservatoire National Supérieur D´Art Dramatique - CNSAD). Representou em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Brasil, Irão, Japão, Cabo Verde, Turquia. Trabalhou com o Teatro da Garagem,Teatro dos Aloés, Jorge Silva Melo, Emmanuel Demarcy-Mota, Rogério de Carvalho, Ana Tamen, Miguel Abreu, Maria João Miguel, Paulo Lage, Bruno Freyssinet, Virgínio Liberti e Annalissa Bianco, Arthur Nauzyciel, Comédie Française, com Bruno Bayen e Jacques Allaire. Com os Artistas Unidos (AU) e com o diretor artístico/encenador Jorge Silva Melo participou em "Não se brinca com o amor" (nomeado como melhor ator de Teatro aos prémios SPAAUTORES 2012 e GLOBOS DE OURO 2011) , "A Morte de Danton" e "Herodiades" (nomeado melhor ator do ano pela TIMEOUT e GLOBOS DE OURO 2012), a "Estalajadeira" (Nomeado melhor ator GLOBOS DE OURO 2013), "O Campeão do Mundo Ocidental" (Nomeado melhor ator aos prémios SPAAUTORES 2014), "Regresso a Casa", entre outros. No cinema e na televisão trabalhou com Keren Ben Rafael, Odile Brook, Jorge Paixão da Costa, Hugo Diogo, Solveig Nordlund, Valéria Sarmiento, Jérôme Cornuau.É igualmente licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto e em Tradução(Francês/Espanhol/Inglês) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Dirigiu e interpretou o espetáculo " MIsterman" de Enda Walsh em 2014, projeto apoiado pela DGARTES. Nomeado como melhor ator de Teatro em Misterman para os prémios Autores Spa/2015. Encontra-se em Nova Iorque até maio 2015 como bolseiro da FUNDAÇÂO CALOUSTE GULBENKIAN para investigação e especialização com a SITI COMPANY/ANNE BOGART.

RITA LOPES ALVES trabalhou no guarda-roupa de vários filmes de Jorge Silva Melo, Pedro Costa, Joaquim Sapinho, Teresa Villaverde, José Farinha, Walter Salles, Fernando Matos Silva, João Botelho, Margarida Gil, Luís Filipe Costa, Pedro Palma, António Escudeiro, Teresa Garcia, Carmen Castelo Branco, Alberto Seixas Santos e António da Cunha Teles. No teatro tem trabalhado com Jorge Silva Melo como cenógrafa e figurinista desde 1994. Realizou o guarda-roupa de Universos e Frigoríficos de Jacinto Lucas Pires para a APA. Tem dirigido os trabalhos de cenografia e figurinos no projeto Artistas Unidos desde 1994. Trabalhou com Lucinda Loureiro, Tiago Torres da Silva, Inês de Medeiros, Mala Voadora, Rui Lopes Graça, José Júlio Lopes, entre outros. Foi nomeada na categoria de melhor cenografia com A Farsa da Rua W, de Enda Walsh para os prémios SPA 2012.

ALEXANDRE COELHO vocacionado para o tratamento da imagem do espetáculo nas artes performativas, é sobre uma das suas componentes, a iluminação, que desde 1989 desenvolve a sua atividade essencial como designer, operador e docente. Participa, em diversas produções de espetáculos de música (Buraka Som Sistema, Danças Ocultas, Fausto Bordalo Dias, Madredeus, Resistência, Delfins entre outros), teatro (Alberto Lopes, S. José Lapa, JGM, João Grosso, Paulo Matos, António Feio, Ana Tamen, Cláudio Hochman, Susana Vidal, entre outros), dança (Clara Andermatt, Márcia Lança), audio visuais (Acqua Matrix - espetáculo noturno diário da Expo'98) instalações e acontecimentos culturais das quais destaca os Festivais Temps D’Images e verão Azul e como diretor técnico da área de espetáculos do Porto 2001 Capital Europeia da Cultura e Pavilhão de Portugal na Expo de Zaragoza.

PEDRO COSTA tem o curso de desenho de sistemas de sonorização com Magu Ramirez (Meyer Sound Labs 2009) Som I e II - Restart, escola de criatividade e novastecnologias (2005-2006). Captação de som para instrumentos musicais com José Fortes (Restart 2005). Engenharia mecânica (Frequência) - ISEL (2001-2005) Teatro: Em 2007 integra a equipa de som do Teatro Nacional D. Maria II, onde desenvolve trabalho na área do som, nomeadamente: Desenho de som, sonoplastia, composição musical e operação de som para espetáculos. Como técnico de som integrou a equipa da Lourisom, onde desenvolveu trabalho de manutenção, montagem e operação de sistemas de som, em diversas salas de espetáculos, tais como: Fundação Calouste Gulbenkian, Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre, Centro Cultural de Belém, Culturgest, Casino do Estoril, Aula Magna, Casa da Música. Colaborou no disco dos The Rentals e da American Red Cross “Resilience: A benefit album for the Relief Effort in Japan”. Foi o coordenador de som do festival Camp 05 em Montemor-o-novo no Espaço do Tempo e do Festival RECtina na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Trabalhou como assistente técnico de estúdio na escola Restart. Foi assistente técnico na gravação do disco Cool Hipnoise dos Cool Hipnoise. Colaborou com a rádio Antena 3 Madeira, nos programas de música eletrónica Night Report e Pista 3.

LUCIANA RIBEIRO tem formação de Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema. Bolsa de Mérito do Instituto Politécnico de Lisboa em 1998/99 e 1999/2000. Frequência dos 1º e 2º anos do Curso de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

NATÁLIA DE MATOS foi professora de voz durante 35 anos na Escola Superior de Teatro e Cinema. Estudou no Conservatório Nacional de Lisboa e no Théâtre National de Strasbourg/França. Especializou-se em voz cantada, falada e expressão oral para atores Trabalhou com João Mota, Rogério Carvalho, Jorge Listopad, Carlos Avilez, Ana Tamen, Paulo Lage entre muitos outros.

RICARDO FRANCO tem o mestrado em Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico - ESTC/IPL. Mestrado em Ensino da Filosofia no Ensino Secundário - FSCH/UNL Licenciatura em Filosofia - FSCH/UNL. Estudou Realização na Restart. Realizador da longa-metragem " Fósforo Frio" e de várias curtas-metragens. Encenou vários espetáculos de teatro e foi assistente de outros tantos. Professor contratado do ensino secundário.

ALÍPIO PADILHA é natural de Penacova e vive em Lisboa onde, desde 2007 desenvolve trabalho de “fotógrafo de cena”. Como fotógrafo free-lancer trabalhou com “A Garagem”, “Grupo de Teatro a Nova”, “A Barraca”, “Companhia Teatral do Chiado”, “Among Others”, “Teatro Praga”, “ Teatro do Elétrico”, “Karnart”, “Um Coletivo”, André Murraças, Elmano Sancho, “Tarumba”, "Os Possessos", Silly Season , Teatro Nacional D. Maria II, "Um Coletivo", Martim Pedroso, João Botelho, Companhia Nacional de Bailado, Companhia Olga Roriz, Anne Teresa De Keersmaster (Bélgica), May Joseph (NYC), entre outros. Acompanha eventos como o FIMFA Lisboa. Além do teatro tem algumas participações como fotógrafo de cena em cinema, participando, nessas funções nas rodagens de curtas metragens Trabalha ocasionalmente como fotógrafo de músicos como Sérgio Godinho, Mão Morta. Seja em que área for privilegia o contacto direto com os criadores. É fotógrafo residente da sala de concertos Music Box. A par desta atividade com as artes performativas já trabalhou em Moda (“Filipa Malho”, “aforestdesign”, Sofia Vilarinho, projeto "La Belle Bombshell") e tem participado em exposições coletivas. Exposições individuais na Galeria Round The Corner, E Galeria da Direção Geral da Administração da Justiça. Tendo como objeto a fotografia procura criar neste momento projetos de autor influenciado pelo contacto previligiado com as artes performativas de que tem usufruído como fotógrafo. Na fotografia, mais que um objeto de, documentação promoção e divulgação de artes performativas, tenta encontrar nela a sua forma de expressão pública de eleição. Ao longo de quase uma década tem procurado registar a dinâmica teatral que realiza na cidade de Lisboa.

SÍLVIA SANTOS concluiu o mestrado em Desenho pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Licenciatura em Design pela Universidade de Aveiro. Curso de Pintura pela Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. Curso Geral de Artes Visuais pela Escola Secundária Artística António Arroio. Designer gráfico freelancer e gestora e monitora de formações. Tem trabalhado com empresas, companhias de teatro, editoras e apresentado as suas criações em exposições individuais e coletivas.

NUNO PRATAS é licenciado em Sociologia e pós-graduado em Gestão Cultural nas Cidades (INDEG/ISCTE) e em Práticas Culturais para Municípios (Universidade Nova de Lisboa). Foi diretor de produção de espetáculos teatrais encenados por Álvaro Correia (Teatro da Comuna), Ana Nave (Auditório Carlos Paredes), André Amálio (FC Gulbenkian), António Feio (Auditório Carlos Paredes), Beatriz Batarda (Teatro do Bairro Alto, Teatro Nacional D. Maria II e São Luiz Teatro Municipal), Carlos Aladro (Teatro do Bairro Alto), Claudio Hochman (Centro das Artes- Casa das Mudas), João Grosso (Teatro Nacional D. Maria II), João Ricardo (Teatro Nacional D. Maria II), Miguel Moreira (Teatro Nacional D. Maria II), Paulo B. (Teatro da Trindade), Paulo Lage (Teatro da Comuna), Teresa Sobral (Centro Cultural de Belém) e Sara Gonçalves (Auditório Carlos Paredes e Festival Internacional de Artes de Rua - Palmela). Foi, ainda, diretor de produção do espetáculo de inauguração do Parque Temático da Madeira; do espetáculo de comemoração dos 500 anos da elevação do Funchal a Cidade; do espetáculo de celebração da realização da Cimeira de Ibero-Americana e da entrada em vigor do Tratado de Lisboa; do espetáculo de celebração dos 100 anos da classificação do Castelo de S. Jorge, como Monumento Nacional; do espetáculo multimedia "Lisboa, Quem És Tu?" (Castelo de S. Jorge).
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