"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Exposições

Exposição de Escultura "Cavalo Verde"

A artista Pollyanna Freire (1982, São Paulo, Brasil) apresenta um conjunto de novas obras na segunda exposição individual, intitulada Cavalo Verde, na Módulo - Centro Difusor de Arte, entre 24 de outubro e 21 de novembro de 2020.

24 Out a 21 Nov 2020

Módulo - Lisboa
Calçada dos Mestres, 34 A – 1070-178 Lisboa
Preço
Entrada livre

Sintetizando, pode-se referir que as preocupações que medeiam o trabalho que a artista tem vindo a desenvolver, desde que terminou os estudos no Ar. Co - Centro de Arte e Comunicação Visual, em 2012, persistem sobretudo na relação que a prática de desenho estabelece com a tridimensionalidade e não tanto na relação com a disciplina de escultura. Apesar de se tratarem de objetos tridimensionais que se instalam no espaço expositivo, eles podem ser considerados como pequenas anotações de desenhos, que recorrendo a riscos, linhas, texturas e cores, confrontam o espectador. Tanto na exposição do prémio EDP em 2015, como na primeira exposição individual na Módulo, intitulada Escultura, em 2017, a artista parece expandir os limites do desenho para uma folha tridimensional em que os visitantes são impelidos a fazer parte do projeto expositivo. Considerando as dimensões das peças, a escala doméstica, a manualidade e os variados materiais utilizados os objetos conquistavam o espaço e activavam a sua relação intrínseca e extrínseca.

Desta feita, na presente exposição, a artista para além de depurar algumas das premissas iniciais que norteiam o seu trabalho - as linhas geométricas simplificam-se em ângulos retos; as formas criam sentidos quadrangulares ou rectangulares; as cores sujas tendem para o cinzento e para a neutralidade -, os objetos são inseridos em novos dados - a escala humana dos objetos é reconsiderada na relação direta com o corpo humano; e o jogo de luz e sombra intensifica-se com a volumetria das obras. Nas nove peças individuais e distintas, que são apresentadas em exposição, é possível notar uma certa familiaridade entre elas: as linhas rigorosas, as dimensões
e a cor não vibrante. De facto, com mais atenção se percebe que se tratam de três peças de parede, três peças de chão mais verticais e outras três peças de chão mais horizontais. Ao equilibrar o espaço expositivo com estas pequenas diferenças a artista parece qualificar as suas obras como objetos arquitectónicos abstratos - entre a maquete e a relação com o espaço – que se situam num lugar específico e se relacionam com o espaço e com outros objetos que as circunda. Deste modo, a relação entre bidimensionalidade da folha de papel e tridimensionalidade do espaço expositivo parece situar-se num campo de múltiplas e infinitas possibilidades.

Considerando que a obra da Pollyanna Freire pode residir nas franjas do Minimalismo, Pop, e Abstracionismo, poderá também ser pertinente referir que existe uma intuição não programada, gestual, emocional que está latente nas superfícies e formas inebriantes e promissoras de uma dada realidade sensível. E este será o seu legado…

Outubro 2020
Hugo Dinis
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