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Música

“Encontros Nova Música em Vila do Conde”

No dia 21 de junho termina a primeira série de concertos dos “Encontros Nova Música em Vila do Conde” com a soprano Marina Pacheco e a pianista Olga Amaro.

Marina Pacheco & Olga Amaro

21 Jun 2015  |  16h30

Teatro Municipal de Vila do Conde
Avenida Dr. João Canavarro, 4480-668 Vila do Conde
Neste recital apresentarão o cd lançado em 2013 intitulado “Canções de Lemúria” onde o duo gravou obras encomendadas a quatro compositores portugueses sobre textos de quatro poetas vencedores do Prémio Saramago. Ouvir-se-ão obras de Nuno Jacinto, Osvaldo Fernandes, Paulo Ferreira-Lopes e Eduardo Luís Patriarca sobre textos de Paulo José Miranda, Gonçalo M. Tavares, José Luis Peixoto e Valter Hugo Mãe.
 
PROGRAMA

Nuno Jacinto (n. 1985)
Ilusio Texto de Paulo José Miranda in Natureza Morta. 2013

Osvaldo Fernandes (n. 1985)
Uma Viagem I / II / III Texto de Gonçalo M. Tavares in Uma Viagem à Índia. 2013

Paulo Ferreira-Lopes (n. 1964)
7 Canções Texto de José Luís Peixoto in Gaveta de Papéis. 2013

Eduardo Luís Patriarca (n. 1970)
Canções de Lemúria Texto de valter hugo mãe in o resto da minha alegria. 2013

Lemúria é um continente submerso, anterior à Atlântida. Um desses mistérios da humanidade que mantém viva a dimensão mágica do desconhecido. Alimentado pela curiosidade do Homem, negado pelas certezas das ciências, mantido à falta de caravelas que nos levem a essas rotas. Diz-se que os lemurianos dispunham de um olho na nuca que terá originado a hipófise, glândula-mestre do sistema nervoso. Um estágio pré-humano que disporia de perceções de que hoje não dispomos. Tal como nos atlantes, dilui-se o conceito entre pré e sobre-humano.

Traz à tona o fascínio pelo intangível. Nem só o que anda à deriva está sujeito a naufragar. Naufraga também a mais enraizada das cidades, uma civilização inteira, a própria memória. Como o esqueleto de um navio submerso, o náufrago simboliza a transformação e o esquecimento. O mistério. A fuga do alcance. Simboliza uma dimensão que não concebemos sem abdicar da nossa raiz, da nossa fundação, do nosso conceito de infinito.

Do lado de cá da nossa perceção, talvez os dois grandes mistérios, as duas grandes temáticas da poética humana, sejam o amor e a morte. Um dentro do outro. A morte também como semente do recomeço, o amor também como revolta contra a finitude.

O desafio é arranjar forças para o desconhecido, para harmonizar o desarranjo, para ousar caminhos submersos com a beleza em fundo. É (re)encontrar a lucidez no retorno do medo.

É preciso ousar a imprecisão da música.
A palavra.
Amor.

[Pedro Lamares]

Biografia do Duo
Marina Pacheco (soprano) e Olga Amaro (piano) iniciaram o seu projeto em 2011, apresentando-se em público, pela primeira vez, no dia 1 de outubro - Dia Mundial da Música - em Ponte de Lima. Desde então, o duo tem realizado inúmeros recitais pelo país e estrangeiro, recebendo sempre cumprimentos muito elogiosos e reações calorosas por parte do público.

Em outubro de 2011, foram galardoadas no 5º Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa, no Teatro S. Luiz, em Lisboa. Foram convidadas a atuar no Ciclo de Música do Museu Romântico do Porto (março, 2012), a integrar a programação da Casa das Artes de Famalicão (março, 2012) e a realizar o concerto de abertura do Festival Percursos da Música de Ponte de Lima (julho, 2012). Neste último, iniciaram uma parceria com o ator/encenador Pedro Lamares, da qual resultou o espetáculo “Viagem a Buenos Aires”.

O percurso de Marina Pacheco & Olga Amaro começou com "A Canção e a Ópera" que, pela forte adesão do público, impulsionou as artistas a criar novos projetos como "Colóquios Camilianos", "Viagem a Buenos Aires" e, mais recentemente, “Canções de Lemúria”, “Dream in Concert” e "Love Letters".

Em 2012, iniciaram a incursão pelo estrangeiro, com concertos no Festival de Música de Tossa de Mar e no XI Festival de Música de Besalú, em Espanha. Também nesse ano estrearam-se na Casa da Música num Recital na Sala 2 que teve casa cheia.

Em 2013, foi lançado pela Parlophone o disco “Canções de Lemúria” com obras de compositores portugueses compostas para o duo. Um espetáculo homónimo, com encenação de Pedro Lamares, nasceu e foi apresentado em vários teatros e espaços culturais, nomeadamente Teatro Diogo Bernardes (estreia) e Casa da Música. 


Bilheteira | Informações | Reservas
Terça a Sábado
10h30 às 12h30 | 14h às 19H| (Em dias de espetáculo 20h30 às 23h30)
Domingo
15h às 19h

RESERVAS
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Todas as reservas devem ser levantadas 72 horas após terem sido efetuadas. Caso não sejam levantadas serão disponibilizadas para venda.

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