"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Música

Peder Mannerfelt + Moss Kissing

As quase duas décadas de produção musical do sueco Mannerfelt tem sido um jogo alucinante de seguir. Um dos magos da eletrónica atual cuja necessidade de exploração é inata.

14 Out 2022  |  22h00

Galeria Zé dos Bois
R. da Barroca, 59 . 1200-049 Lisboa
Preço
10.00€

Com os Roll the Dice aprimorou a arte da composição e com Klara Lewis assinou um belíssimo retrato digital com o incógnito título KLMNOPQ. Pelo meio, contam-se as colaborações com Fever Ray e Blonde Redhead, assim como uma discografia a solo irrepreensível. As sementes da techno, as poeiras da afro e a distorção do punk industrial misturam-se numa festa meio demoníaca e extasiante comandada por um dos produtores mais despojados do seu tempo.

O arsenal de drum machines e sintetizadores que normalmente rodeiam o seu estúdio denunciam um criador frenético, curioso e exigente. O facto de chegar a tantos espaços, a partir de variadas abordagens, torna o acompanhamento do seu trabalho num prazer absoluto. Usa o humor de modo subtil, como forma de quebrar gelo, e não pensa duas vezes em ativar um oscilador para destabilizar o mood. Discos como Lines Describing Circles ou Controlling Body são autênticos compêndios dessa liberdade marginal e destemida que tão bem caracteriza Mannerfelt.

Na ZDB vem apresentar-nos novas frequência sonoras, ainda por identificar. Até lá, testemunhar a ocasião é também fazer parte da história ainda por escrever. NA

Moss Kissing é um músico, intérprete e investigador audiográfico sedeado em Lisboa. Os seus espetáculos ao vivo são provenientes de diversas fontes; dubstep e techno formam a base da sua arte sonora e performativa e o underground metal infundem a sua presença no palco. Primariamente, o seu trabalho procura estimular a dança e o movimento, atuando como um condutor de volta aos sentimentos que experimentou em espaços queer, raves e festivais. Autodescrito como Scott Walker com Breakbeats, há um elemento lúdico no seu trabalho, mas ele é completamente sério. Quanto à produção, Moss usa uma abordagem audiográfica. Usando sons do seu ambiente e das pessoas que habitam a sua vida, para criar texturas ruminantes que se combinam com ritmos complexos e graves palpitantes. Em breve estreará os seus álbum “Pass Through” sobre vinil para o colectivo lisboeta Vilamar.

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