"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Teatro

"Taco a Taco" de Kieran Hurley e Gary McNair

O Teatro da Rainha tem o prazer de acolher os Artistas Unidos com a peça "Taco a Taco". A peça estará em cena dias 2, 3 e 4 de fevereiro, às 21h30.

2 Fev a 4 Fev 2023

Teatro da Rainha
Rua Vitorino Fróis – junto à Biblioteca Municipal Praça da Universidade | Edifício 2 | 2500-208 Caldas da Rainha
MAX Está bem, caraças, também ninguém está aqui a competir.
STEVIE Dentro de quarenta minutos, estarás. E as coisas não sopram a teu favor.
KIERAN HURLEY, GARY MCNAIR, TACO A TACO

Em Hammerston, na Escócia, Max, um rapaz franzino de treze anos refugia-se nas casas de banho da sua Escola Secundária antes de uma luta. O tipo mais arruaceiro da Escola desafiou-o diante a turma inteira. É a sua primeira vez, nunca andou em barafundas nem terá grande jeito para elas, mas, para não ser visto como um cobarde, não pode fugir. A verdade é que na Escócia dão, a estes desafios, um nome preciso: Square Go. O que é um Square Go? Basicamente, significa o mesmo que um ajuste de contas, um mano-a-mano, no fundo, uma luta, de homem para homem. Um taco a taco. Nada de armas, duas pessoas a medirem-se uma à outra, cara a cara. Um “square go”. Nestas situações é necessário alguém para nos apoiar, um amigo. Stevie vai lá ter. E é com a maior franqueza são idealizadas, discutidas e dissecadas, as poucas hipóteses, senão ínfimas e delirantes, que Max tem diante de si.

“Square Go” de Kiran Hurley e Gary Mcnair, poderá reportar-se especificamente à Escócia – indicação precisa que o próprio título não afasta – mas não deixa de abordar uma inevitabilidade que podia acontecer em qualquer escola, em qualquer parte do mundo. A relação com o conflito, muitas vezes inadvertido e injustificado e, como tal, incompreendido; a relação com a inveja alheia, que muitas vezes vem influenciar a nossa própria maneira de pensar; a relação com a não aceitação do outro na medida da sua diferença, com a violência que muitas vezes surge desta incompreensão e o problema da sua resolução – como resolver isto? – começa bem cedo nas nossas vidas, sendo a Escola, ao largo das aulas, o local onde se convocam todas estas questões. Realidade quase sempre mantida – porque formativa, íntima – fora dos olhares dos adultos. Nesse sentido, na sua vivacidade, no seu delírio, e apesar da sua desabrida vontade de comunhão – sendo uma peça que convoca iminentemente o público – esta peça não deixa de ser também um imenso e doloroso segredo.

Para mais informações:
www.teatrodarainha.pt

Reservas:
966 186 871 | comunicacao@teatrodarainha.pt
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