Teatro
Teatro das Beiras estreia na Covilhã “Ai, que susto”
O Teatro das Beiras estreia, em 1 de março, na Covilhã, a peça infantojuvenil “Ai, que susto”, que aborda a temática dos medos, com base na premissa de que o receio a dividir por todos dá menos a cada um.

4 Mar 2023 | 16h00
Com texto, encenação e cenografia de José Carretas, esta peça resulta de um desafio lançado pelo Teatro das Beiras àquele encenador e foi trabalhada a partir dos medos e das fobias, bem como do resultado de uma conversa realizada com crianças entre os 8 e 12 anos sobre esta temática.
No final, José Carretas incorporou alguns dos testemunhos e dos medos relatados na peça, que se apresenta como “uma brincadeira” que pretende ajudar a falar de alguns dos medos que existem, apontou o encenador no final do ensaio de apresentação realizado hoje.
Em palco durante cerca de uma hora, os atores interpretam alguns dos medos mais comuns, de forma descontraída e até “jocosa”, mas sem infantilizar o diálogo ou a mensagem.
“Queremos um espetáculo que divirta a família, país e filhos”, especificou José Carretas, sublinhando ainda que todos os elementos desta produção se têm estado a divertir muito com o trabalho.
Interpretando diferentes situações - como o jogo em que apenas uma criança parece fazer tudo mal ('bullying') ou a noite escura - os atores também entoarão uma música com letra feita à medida (“tu não paniques / não entres em 'pânico' / que ainda te dá o fanico”), mostrando assim ao público que alguns dos medos podem ser levados a brincar.
“São muitos os medos que nos assolam e nós vamos brincar com alguns, como, por exemplo, o medo dos elevadores que se avariam com facilidade”, apontou.
Além do receio de se ser vítima de 'bullying' ou de ter de se ir a um hospital, que são realidades que normalmente assustam os miúdos, esta produção também toca outros medos, como da morte ou da solidão, os quais foram relatados pelas crianças e que provavelmente já resultam da recente experiência da pandemia.
A peça tem interpretação de Bernardo Sarmento, Flora Miranda, Leonor Wellenkamp Carretas, Paulo Monteiro e Sílvia Morais. Os figurinos são de Margarida Wellenkamp, a música original de João Lóio e o desenho de luz é de Hâmbar de Sousa.
As sessões para as escolas decorrem de 1 a 3 de março e de 7 a 10 de março, às 10h30 e às 14h30 e o bilhete custa um euro.
A sessão para o público em geral está marcada para 4 de março, às 16h00, e o bilhete custa seis euros, com descontos para estudantes, maiores 65 anos, profissionais das artes e sócios do Teatro das Beiras e da Casa do Pessoal do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira.