"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Ópera

A Cinderela - de Pauline Viadort

Teatro de São Carlos e Chapitô apresentam pela primeira vez um ópera circo em parceria.

25 Jun a 26 Jun 2016

Teatro Nacional de São Carlos
R. Serpa Pinto 9, 1200-442 Lisboa

O Teatro Nacional de São Carlos e o Chapitô/Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo (EPAOE) estabeleceram uma parceria inédita que se desenvolveu ao longo do presente ano letivo e que culmina agora, nos dias 25 (21h) e 26 (16h) de junho, na apresentação de um espetáculo que reúne cantores líricos e 27 intérpretes circenses, sob a música e o libreto de Pauline Viardot. 

Ópera cómica de salão, Cendrillon foi composta por Pauline Viardot em 1904, propositadamente para piano e vozes.Em São Carlos, João Paulo Santos será o responsável pelo piano e pela direção musical, ficando as vozes a cargo de Ana Franco, João Oliveira, Sónia Alcobaça, Ana Ferro, João Cipriano (elementos do Coro do Teatro Nacional de São Carlos), Bárbara Barradas e Marco Alves dos Santos. A versão portuguesa da ópera foi assegurada por Luís Rodrigues. 

Mário Redondo, a quem competiu encenar esta nova produção, destaca "a vontade de fazer encontrar dois universos da performance que, não sendo totalmente estranhos entre si, também não são propriamente parelha vulgar: a ópera e o circo". 

Para Teresa Ricou, do Chapitô, " quase todas as histórias são metáforas da vida real e, com elas e por elas, aprendemos a difícil, mas incontornável, arte de viver em comum. Às vezes é o riso, outras vezes é a dor e a tristeza, quase sempre uma dimensão moral que premeia o bem e penaliza o mal e que nos reconcilia com a nossa humanidade." 

A colaboração institucional entre o TNSC e o Chapitô desenvolveu-se nos últimos meses, consubstanciando-se na realização de ações de formação por parte de profissionais do TNSC na EPAOE, bem como na oportunidade dos alunos que integram este espetáculo conhecerem os bastidores do Teatro, de assistirem a várias produções líricas e conhecerem um Teatro Nacional, uma estrutura artística profissional de excelência. 

Com esta parceria, o São Carlos associou-se ao projeto Chapitô, que reúne uma dimensão cívica, social e cultural, contribuindo para a formação artística e humana destes jovens e fomentando os princípios de inclusão e solidariedade, que norteiam esta instituição.

 

Pauline Viardot

Filha do famoso cantor e compositor Manuel Garcia e da cantora Joaquina Sitgés, Pauline (Garcia) Viardot foi um notável meio-soprano que começou a compor ainda jovem, nunca tencionando porém tornar-se compositora a tempo inteiro.

Senhora de uma intensa e extraordinária vida intelectual e uma das mais luminosas figuras do panorama musical do século XIX, Pauline Viardot foi musa inspiradora de diversas personalidades que lhe dedicaram múltiplas obras musicais e literárias, tais como Alfred de Musset, Chopin, Georges Sand, Meyerbeer, Berlioz, Gounod, Brahms e Sain-Saëns.

As suas composições eram essencialmente destinadas a estudantes de canto no intuito de desenvolverem as suas capacidades vocais. As criações musicais de Pauline Viardot denotavam uma tão elevada qualidade profissional que mereceram de Franz Liszt o comentário que, finalmente, o mundo encontrara uma compositora de génio.

Entre 1864 e 1874 escreveu 3 “óperas de salão”: Trop de femmes (1867), L'ogre (1868) e Le dernier sorcier (1869), todas com libretos do escritor russo Ivan Turgenev. As suas duas outras óperas, Le conte de fées (1879) e Cendrillon (em 1904, com 83 anos de idade) foram compostas segundo libretos seus. Apesar da sua pequena dimensão, as óperas foram escritas para alunos de canto já formados, e alguma da sua música não deixa de apresentar dificuldades técnicas.

Pauline Viardot compôs igualmente um vasto número de canções, obras de câmara para violino e piano e arranjos vocais para obras instrumentais de Chopin, Brahms, Haydn e Schubert.


Ficha Artística 

Teatro Nacional de São Carlos

25 de junho, 21h

26 de junho, 16h

 

CINDERELA

Música e libreto Pauline Viardot {1821-1910}

Versão portuguesa Luís Rodrigues

Ópera cómica de salão em 3 atos, inspirada no conto Cendrillon, de Charles Perrault

Espetáculo de final de ano letivo


Piano e direção musical João Paulo Santos

Encenação Mário Redondo

Direção Circo Chapitô

Cenografia e figurinos Miguel Costa Cabral

Desenho de luz Paulo Sabino


Barão de Pic'torcido João Oliveira

Maria (Cinderela) Ana Franco

Magalona Sónia Alcobaça

Armelinda Ana Ferro

A Fada Bárbara Barradas

O Príncipe Encantado João Cipriano Martins

O Conde Miscarudo Marco Alves dos Santos

Interpretação circense Alunos do 1.º ano do Curso de Interpretação e Animação Circenses da Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo do Chapitô


Nova Produção

Co-produção TNSC/Chapitô


Num animado salão juntam-se artistas, intelectuais, boémios.

Em que época? É difícil dizer. Vai contar-se, ou viver-se, ou "brincar-se", uma história: Cinderela. Um clássico.
Todos contam, todos observam. Aqui três Cinderelas, ali dois Príncipes. Uma Irmã Má agora, que mais adiante é uma Fada Madrinha.

Cada um mostra a sua particular visão de cada momento, de cada emoção, de cada peripécia. Uns cantam, outros falam, outros ainda exprimem-se com o corpo.

As personagens desdobram-se, as cenas sobrepõem-se, os objectos transformam-se.

Todo o palco é cenário e também plateia.

No fim, mais que o enredo – já tão conhecido – ficará o prazer do jogo.

 

Bilheteira: http://ticketline.sapo.pt/salas/sala/11

Bilhetes de 10€ a 20€

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