Teatro
"Por nascer uma puta não acaba a Primavera"
Peça de Alexandre Tavares, Anouschka Freitas e Diogo Tavares, inserida na programação da Mostra t – Mostra de Teatro Jovem.

24 Set a 25 Set 2016
Inserido na programação da Mostra t – Mostra de Teatro Jovem, uma organização do Teatro Experimental de Cascais, que pretende ser uma montra para os novos criadores, nomeadamente os formados pela Escola Profissional de Teatro de Cascais, e que decorre de 10 a 24 de setembro, Alexandre Tavares, Anouschka Freitas e Diogo Tavares apresentam em ESTREIA POR NASCER UMA PUTA NÃO ACABA A PRIMAVERA, a partir de Memória das Minhas Putas Tristes de Gabriel García Márquez.
“Memória das Minhas Putas Tristes” de Gabriel Garcia Márquez é a inspiração deste projeto, um cruzamento artístico entre as áreas da Dança, do Teatro e da Performance.
O tema do amor, daquilo que possa tocar numa sempre efémera descrição do sentir da sede que este provoca e do que será o ser de um corpo que não se vê como o que aparenta ao olhar exterior, são os ímpetos que os corpos dançantes e falantes terão filtrado e destilado para si mesmos em cena. A criação tem assim em vista, não o contar da história do velho sem nome que se apaixona por uma jovem cujo nome verdadeiro ele prefere não saber, visitando-a apenas enquanto esta dorme, mas sim a exploração da atração deste sentimento primário, a influência do desejo sobre o ser e a descoberta da negação. A negação como algo que só podemos ver quando idealizamos outra forma de ser, outra forma de estar.
O velho de noventa anos, protagonista do romance de Garcia Márquez, que descobre pela primeira vez o amor, o verdadeiro amor que não lhe permite agir sobre nada mais que não o carinho. “A idade é a que temos, não a que sentimos”, diz o velho, enquanto imagina uma vida de casal.
Assim morre o velho, com uma recém-nascida vontade de viver: “Era por fim a vida real, com o meu coração a salvo, condenado a morrer de bom amor na agonia feliz de qualquer dia depois dos cem anos.” POR NASCER UMA PUTA NÃO ACABA A PRIMAVERA PRESS RELEASE
Sinopse
"Não há um velho que esqueça onde escondeu o seu tesouro" – Cícero, citado em "Memória das Minhas Putas Tristes".
É a partir do romance de Gabriel García Márquez que abordamos a relação entre corpos novos e usados, bem como uma das coisas que nunca envelhece: a necessidade de amar e ser amado. Pretendemos recuperar os olhares esquecidos e os gestos silenciosos das madrugadas primaveris”.
Horário: 24 SET às 21h30 | 25 SET às 16h
Criação e Interpretação | Alexandre Tavares, Anouschka Freitas, Diogo Tavares
Apoio Dramatúrgico | Sylvie Rocha
Apoio ao Movimento | Sofia Soromenho Ferreira
Apoio ao Figurino | José António Tenente
Música e Sonoplastia | Ângela Flores Baltazar
Produção Executiva | Alexandre Tavares e Diogo Tavares
Assessoria de Imprensa | Ruy Malheiro
Design | Tiago Silva e Anouschka Fraitas
Fotografia e Vídeo | Sofia Marques Ferreira
Duração do espetáculo | 50 minutos (sem intervalo)
Classificação etária | M/16
Apoio | TEC; ESTAL-Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa; Academia de Artes de Lisboa;
Reservas | 214670320 ou acontecenotec@gmail.com
Preços | 7.5€ normal - 5€ (desconto para menores de 25, maiores de 65, profissionais de espetáculo e estudantes, grupos mais de 10 pessoas)
ALEXANDRE TAVARES
Iniciou o seu percurso artístico em 1997, quando principiou a sua formação na Academia de Dança Ana Luísa Mendonça. Em 2009 terminou o curso de intérprete de dança contemporânea, no Balleteatro Escola Profissional. Encontra-se agora em Lisboa, diplomado em Artes Performativas pela ESTAL - Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa. Como criador, estreia em 2013 com o espetáculo “A Nossa Casa” no Teatro Municipal Mirita Casimiro. No mesmo ano estreia também “Cigano de Lisboa”, no Teatro Rápido em Lisboa, participa na criação coletiva “S.Off”
(estreia no festival COISA - Companhia João Garcia Miguel, em Torres Vedras) como coreógrafo, e na video-dança “As memórias do corpo de Ofélia”, estreada no FRAME research 2013 no Porto e em 2014 no Jumping Frames International Dance Video Festival na China. Em 2014 estreia “Um Bocado de Carne” e “Hotel São Carlos” no Teatro Rápido, em Lisboa. Em 2015 estreou “BUFFALO” no Teatro Municipal S.Luiz e “Alice!” no Teatro de Carnide. Tem também lecionado, desde 2013, aulas de dança contemporânea de expressão dramática, no infantário Jardim Carrocel e na Academia de Artes de Lisboa.
ANOUSCHKA FREITAS
Nasceu em Copenhaga em 1987. Após ter frequentado um Mestrado em Biologia Medicinal na Helmo Saint-Laurent, na Bélgica, veio viver para Portugal, onde se licenciou em Artes Performativas na Estal – Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa.
Desde 2012 desenvolveu projetos na área do teatro, da dança, da performance e da vídeo-dança. Trabalhou com Sofia Soromenho em “Oxydadas” (2014), “[Para]grafo” (2015) e “2º Paragrafo”(2016); com Alexandre Tavares em “S.Off” (2014) (criação coletiva) e “Alice!” (2015); com Maria João Rocha em “A Casa de Bernarda Alba” (2015); com Sofia Marques Ferreira em “Lilith” (2014); com o grupo Faísca Teatro em “Entrevista de Emprego” (2015), “Tudo” (2016) e “Padam Padam” (2016) (criações coletivas); com a Umbigo Companhia de Teatro em “Mário ou eu próprio – O outro” (2016).
Participou em workshops com artistas/formadores como Edward Yu, Emmanuelle Vincent e Pierre Larauza, Chisato Minamimura, Elisabeth Toulet.
Possui também experiência na área do ensino, encontrando-se a leccionar aulas de expressão corporal no Centro de Estudos “O Urso” em Benfica, desde 2012.
Frequenta atualmente aulas de canto com João David de Almeida e aulas de piano com Pedro Limpo na Academia de Artes de Lisboa.
DIOGO TAVARES
Nasceu a 27 de abril de 1989, em Lisboa. Iniciou a sua formação no curso de interpretação da Escola Profissional de Teatro de Cascais (2005-2008), onde recebeu o Prémio Zita Duarte pelo mérito do percurso escolar. Ainda em 2008, ingressa na Escola Superior de Teatro e Cinema, concluíndo a licenciatura no ramo de atores em 2011. Frequentou alguns workshops, tais como: Luta Cénica Televisiva com David Chan (2009), masterclass de Commedia dell’arte com Carlo Boso (2009) e o workshop de interpretação sobre o Método com Marcia Haufrecht. Em Cinema, protagonizou algumas curtas-metragens, entre os quais: “Encenações” de André Martins (2009), “Gustave” de Ana Cabaça (2009), “Três Certezas” de Bruno Pereira (2012), “Livro Escarlate” de Miguel Saraiva (2012), “Porto de Abrigo” de Luís Nunes, na Web Série “Super Super-Heróis de João Mateus Gauldino (2015) e “Mar” de William Vitoria. Em Teatro participou em: “Alice no País das Maravilhas” e “O Outro Lado do Espelho” de
Lewis Caroll – Encenação de Carlos Avilez, TEC 2006), “O Inferno” de Bernardo Santareno – Encenação de Carlos Avilez TEC 2008), “Santa Joana dos Matadouros” de Bertold Brecht – Encenação de Bernard Sobel (TMJB 2011), “Cigano de Lisboa”
de Armando Nascimento Rosa – Criação de Alexandre Tavares (TR 2013), “Hotel São Carlos” de Armando Nascimento Rosa – Criação de Alexandre Tavares (TR 2014,) “O Amor” de Peter Pina – Encenação de Peter Pina (TT 2015), “Alice!” – Criação de Alexandre Tavares (TC 2015).