Teatro
"Louise Michel" a nova criação de Ana Borralho e João Galante
Ana Borralho e João Galante, apresentam a sua mais recente criação Louise Michel na Culturgest, em Lisboa, nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro, às 21h (dias 8 e 9) e às 19h (dia 10), no Auditório Emílio Rui Vilar.

8 Fev a 10 Fev 2024
Em palco, dez mulheres içam a bandeira preta da anarquia. Um desafio da sua representação tradicional, afastada da esfera pública através do texto irreverente de Rodrigo García e música dos Radiohead. Um espetáculo que olha de frente os temas da opressão, da resistência e da liberdade.
A nova criação de Ana Borralho & João Galante juntam em palco a luta de uma revolucionária, um grupo de mulheres com bandeiras negras em riste, um texto irreverente e uma canção inesquecível. A partir do texto de Rodrigo García, Deviam Ter Ficado em Casa, Seus Anormais, e de Exit Music (For a Film), tema do álbum OK Computer, dos Radiohead, a performance olha de frente os temas da opressão, da resistência e da liberdade.
Através da evocação de Louise Michel (1830-1905), um dos nomes mais relevantes da Comuna de Paris, professora e poetisa, a dupla traz "para o palco mulheres inspiradas na luta de Louise Michel, que também é uma luta dos nossos dias", afirmou Ana Borralho numa entrevista à Lusa.
Em palco, dez mulheres (Ana Catarina Santos, Ana Freitas, Ana Inês Azevedo, Ana Vaz, Beatriz Costa, Daniela Santos, Elizabete Francisca, Inês Marques, Maria Roque, Rafaela de Lima) realçam o papel feminino na formação de movimentos políticos e sociais, desafiando a sua representação tradicional na esfera pública. Quem assiste é também chamado e encorajado a questionar as estruturas e sistemas que moldam a nossa sociedade, e a considerar o potencial do seu pensamento crítico como motor de mudança e resistência.
"Gostaríamos de encorajar a questionar as estruturas que moldam a nossa sociedade e as pessoas a pensar mais pela sua cabeça", menciona ainda Ana Borralho.
As mulheres içam a bandeira preta da anarquia com o intuito de lembrar o papel da mulher na formação de movimentos políticos e sociais, desafiando assim a sua representação tradicional, afastada da esfera pública. Louise Michel realça assim a importância do pensamento crítico como motor de mudança e resistência.
Louise Michel, teve início em 2021 num trabalho de Ana Borralho & João Galante desenvolvido com os alunos finalistas de Licenciatura de Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Os bilhetes custam 14€ (ver descontos) e estão à venda na Culturgest e na rede Ticketline.
Sobre Ana Borralho & João Galante
Ana Borralho (Lagos, 1972) & João Galante (Luanda, 1968) conheceram-se enquanto estudavam artes plásticas no AR. CO (Lisboa). Como atores/co-criadores trabalharam regularmente com o grupo de teatro OLHO (com o encenador João Garcia Miguel), entre 1992 e 2002. Desde 2002 trabalham em parceria nos campos da performance-art, dança, instalação, fotografia, som e vídeo. Temas frequentes no seu trabalho: corpo|mente, dentro|fora, emoção|sentimento, eu|outros, privado|publico, social|politico. Das peças criadas em conjunto destacam: Mistermissmissmister (2002), I love you (2003), No Body Never Mind 001, 002 e 003 (2004-06), sexyMF (2006), I put a spell on you (2007), Meatphysics (2008), Untitled, Still Life (2009), World of Interiors (2010), Atlas (2011), Linha do Horizonte (2012), Purgatório (2013), Aqui estamos nós (2014) e Só há uma vida, nela quero ter tempo para construir-me e destruir-me (2015), Vão Morrer Longe (2016) e Gatilho da Felicidade (2017). Desenvolveram, conjuntamente com Mónica Samões, o projeto No Jogo do Desejo ou o Choque Frontal (workshops/ateliers para público jovem – 2008), o vídeo documentário Eu Não Tu (2009) e o espetáculo infanto-juvenil A Linha ou O Deserto já não é uma casa vazia (2009). Desde 2004 que os seus trabalhos são apresentados em diversos Festivais Internacionais em Portugal, França, Espanha, Suíça, Escócia, Brasil, Emiratos Árabes Unidos, Japão, Alemanha, Áustria, Reino Unido, Itália, Eslovénia, Eslováquia, Islândia, República Checa, Finlândia, Hungria, Estónia, Polónia e Grécia. São membros fundadores da banda de não-músicos Jymmie Durham, co-fundadores da associação cultural casaBranca e diretores artísticos do festival de artes performativas Verão Azul.
Ficha Técnica
Conceito e direção artística Ana Borralho & João Galante
Interpretação Ana Catarina Santos, Ana Freitas, Ana Inês Azevedo, Ana Vaz, Beatriz Costa, Daniela Santos, Elizabete Francisca, Inês Marques, Maria Roque, Rafaela de Lima
Desenho de luz Eduardo Abdala
Música Exit Music (For a Film), de Radiohead
Piano Ásia
Sonoplastia Coolgate aka João Galante
Texto Rodrigo García (excerto da peça Deviam Ter Ficado em Casa, Seus Anormais)
Colaboração artística e assistência de ensaios Daniel Matos
Animação digital Noah Jasmim
Direção técnica Manuel Abrantes
Tradução John Romão
Costura Marina Tabuado
Direção de produção Andrea Sozzi
Produção executiva Joana Duarte, Maria João Malheiro
Direção executiva Mónica Samões
Apoio à administração Teresa Serra Nunes
Comunicação this is ground control
Produção casaBranca -Associação Cultural
Coprodução Culturgest - Fundação Caixa Geral de Depósitos, Teatro das Figuras
Apoio à residência artística Companhia Olga Roriz, Teatro Experimental de Lagos
Apoios Mãozorra Teatro de Marionetas, Casa-Atelier Vieira da Silva, Teatro da Voz –Real Pelágio, MSM Studio, Well’Come! Hostels & Guesthouses, Quinta das A.V.E.S.
Agradecimentos Adriana Xavier, Ana Carocinho, Artistas Unidos, Catarina Caldeira, Daniel Tormo, Edite Correia, Inês Duarte, Filipa Borges, Jorge Reis, Leandro Araújo, Tatiana Antunes