"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Festivais, Festas e Feiras

Festival Rock Nordeste: outra grande edição a caminho!

The Legendary Tigerman, Capicua acompanhada de banda, Dead Combo e As Cordas da Má Fama, Mão Morta – 25 anos Mutantes S.21, Sensible Soccers, Slow J, Márcia, Samuel Úria, Beatbombers e DJ Marfox integram a edição de 2017 do festival gratuito que aposta no melhor da música portuguesa.

16 Jun a 17 Jun 2017

Parque Corgo e Teatro de Vila Real

 

The Legendary Tigerman, Dead Combo & As Cordas da Má Fama e Capicua (com banda), três nomes de peso da atualidade da música portuguesa, encerram o cartaz do festival Rock Nordeste, em Vila Real. Estas recentes confirmações para a edição de 2017 juntam-se aos já anunciados Mão Morta – 25 anos Mutantes S.21, Márcia, Samuel Úria, Sensible Soccers, Slow J, Beatbombers e DJ Marfox. O festival tem como característica a forte aposta no melhor da atualidade da música portuguesa e está já a superar o cartaz da edição anterior, a sua melhor de sempre.

Três anos depois de regressar com um novo formato e após uma última edição com um cartaz avassalador, o Rock Nordeste está de volta para o quarto ano e apresenta, novamente, um grande cartaz. A 16 e 17 de junho, sexta e sábado, respetivamente, os melhores nomes da música portuguesa apresentam-se no Parque Corgo, margem esquerda do Rio Corgo, e no Auditório Exterior do Teatro de Vila Real. A entrada é livre e oferece dois dias repletos da melhor música que se faz no país. 

O festival Rock Nordeste levou, nas três anteriores edições, mais de quarenta e cinco mil pessoas à relva do Parque Corgo, motivadas para ouvir o melhor da atualidade da música moderna portuguesa. Pelo evento de música, ao longo das três edições, passaram nomes como Orelha Negra, Linda Martini, Paus, Best Youth, Sean Riley & The Slowriders, Batida, peixe:avião ou Octa Push, entre muitos outros nomes da música nacional.

O festival Rock Nordeste é uma iniciativa da Câmara Municipal de Vila Real e conta com programação da promotora covilhete na mão.

The Legendary Tigerman

The Legendary Tigerman é o alter-ego de Paulo Furtado, multifacetado Artista de Coimbra, Portugal. Inspirado no velho formato de one-man-band nascido nas margens do Delta do Mississipi, é um conceito adaptado e vivido no Século XXI, com uma estética muito particular – ao formato analógico tradicional (bombo, prato de choque, guitarra) juntam-se, sem pudor, soluções eletrónicas. O resultado conhecido é explosivo.
Ao vivo, as prestações não permitem indiferença na assistência – um homem, muitos instrumentos, o passado fundido com o amanhã. O Tigerman vive sobretudo no palco e realiza regularmente Digressões em vários Países e (porque não) Continentes – Portugal, Espanha, França (foi o o primeiro português a atuar no Festival Trans Musicales de Rennes, importante rampa de lançamento a nível europeu), Suíça, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, EUA, Japão (Fuji Rock Festival – 7 Espetáculos em três dias, no maior Festival do mundo), Brasil, México, China Dead Combo e As Cordas da Má Fama.

Neste espetáculo, juntam-se aos Dead Combo, um naipe de Cordas (Violoncelo, Viola de Arco e Violino), produzindo um espetáculo inteiramente novo, que musicalmente vai desconstruir e despir completamente as músicas dos Dead Combo para um formato acústico, onde o Naipe de Cordas assume um papel especial e, por vezes, surpreendente.
Este espetáculo, será assim, uma nova oportunidade para os muitos admiradores dos Dead Combo, mergulharem no imaginário único da banda, pois também do ponto de vista cénico, este espetáculo constituirá mais um momento marcante no percurso dos Dead Combo.

Capicua
Capicua nasce no Porto, onde aos 15 descobre o Hip Hop. Socióloga, doutorada em Geografia, é sobretudo uma Rapper militante. Com duas mixtapes, dois álbuns editados (Capicua, 2012; Sereia Louca, 2014) e um disco de remisturas (Medusa, 2015), tem somado uma vasta lista de concertos pelo país e conquistado um público diverso e o reconhecimento da crítica. Conhecida pela sua escrita emotiva e politicamente engajada, pela espontaneidade e por uma clara atitude feminista, conta já com uma longa lista de colaborações, conferências, projetos sociais e workshops, sempre em torno da palavra e da música. De assinalar é também o seu curto, mas marcante, percurso como letrista. 

Depois de um ano entre concertos de Medusa e Mão Verde (livro, disco e espetáculo para crianças em parceria com Pedro Geraldes) e muitos outros projetos em que se envolve, como o OUPA (no Porto), Capicua apresentou-se pela primeira vez com banda, no grande auditório do CCB a 2 de Dezembro de 2016, na sequência de um convite muito desafiante da referida Fundação. Foi um desafio ganho, com uma sala cheia e ao rubro. Ao núcleo duro de estrada, o D-One – samples e scratch, Virtus – programação e samples e M7 na voz de suporte, juntaram-se os músicos Ricardo Coelho – bateria, Luís Montenegro – baixo, guitarra e sintetizador e Sérgio Alves, dando lugar a uma nova aventura musical que passa por todos os trabalhos editados de Capicua, desde “Capicua Goes Preemo” em 2008 a “Medusa” em 2015. Mas esta noite, no Rock Nordeste, vai ser com banda, misturando sons eletrónicos com sons acústicos. Um concerto que promete, não só os habituais momentos arrepiantes de Rap emocional politico e feminino, mas  também mais temas dançáveis e eletrizantes. A festa é garantida e um bom prenúncio de tudo o que a Capicua ainda tem por desvendar.

Márcia
“Dá”, o primeiro álbum, lançado em 2010 pela Pataca Discos, tornou-se num pequeno fenómeno de popularidade, levando à contratação de Márcia pela Warner e pelo relançamento do disco em 2011, com um pequeno “bombom”: uma nova versão de um tema do EP, “A Pele Que Há em Mim”, em dueto com J. P. Simões. Visto mais de dois milhões de vezes no YouTube, um dos temas mais vendidos no novo mundo da música digital (iTunes e afins), “A Pele Que Há em Mim” ultrapassou todas as expectativas.

A cantora foi mãe entre “Dá” e o segundo álbum, “Casulo”, publicado em 2013, e a experiência moldou necessariamente o novo trabalho, produzido por Filipe C. Monteiro e que contou com a colaboração de Samuel Úria no tema “Menina” que, a par de “Deixa-me Ir”, foi um dos dois singles retirados do álbum. Depois de “Casulo”, o passo seguinte leva Márcia ao Rio de Janeiro e a gravar com Dadi Carvalho, cúmplice regular de Marisa Monte e presença de peso no êxito dos Tribalistas. Mas nem a produção de Dadi, nem a presença de nomes grandes da música brasileira como Criolo (que participa em “Linha de Ferro”) ou Vinicius Cantuária (presente em “Sem Igual”, “A Urgência” e “Bem Amargo”), afastou Márcia do seu caminho.
“Quarto Crescente”, o mais recente disco, é coproduzido por Filipe C. Monteiro, responsável pela produção do anterior “Casulo”, em conjunto com a própria cantora. Nele encontramos “A Insatisfação” (título do primeiro single) ou “A Urgência”, mas também um “Ledo Sorriso” ou um “Bom Destino”. Márcia é uma cantora e compositora “sem igual” na atual paisagem portuguesa.

Samuel Úria
Samuel Úria tem algo de novo para contar e que nos fará chegar em forma de canções: Carga de Ombro é o título do mais recente álbum. Um conjunto de temas uma vez mais ímpar, que confirma a profecia de que estarmos perante alguém “meio homem, meio gospel, mãos de fado e pés de roque enrole”. 
Responsabilidade assinalável esta, a de Carga de Ombro, em suceder a Em Bruto (2008), Nem Lhe Tocava (2009), A Descondecoração de Samuel Úria (2010) ou O Grande Medo do Pequeno Mundo, o álbum publicado em 2013 que levou Samuel a percorrer o país nos últimos anos, ou ainda as composições que criou para artistas como Kátia Guerreiro, Clã, HMB ou Ana Moura.
Para muitos será já uma redundância destacar as singularidades na escrita, nas melodias ou até na sua relação com o público, mas a verdade é que Carga de Ombro é quase uma epifania sobre estas distinções na sua personalidade artística – a distância que Samuel Úria nos faz percorrer entre o “amparo” e a “provocação” é tão tenuemente grande que mais do que nunca nos reveremos no verso da canção que dá título ao disco “põe o teu ombro junto ao meu, carga de ombro é legal”. 

Beatbombers
Os Beatbombers, Dj Ride e Stereossauro, são pioneiros do scratch/turntablism em Portugal e reconhecidos a nível internacional. Sagraram-se campeões mundiais de scratch em 2011 e 2016 e vice-campeões em 2010 e 2012. Atuam juntos desde 2003 em clubs e festivais, têm discos editados pela Optimus Discos e em todos os álbuns de DJ Ride fazem parte temas feitos em conjunto pelos dois. 

2011 ficou marcado pelo lançamento do álbum “Tuga Breakz”, com o selo da Rockit. Trata-se do primeiro vinil de scratch dos Beatbombers, composto por doze faixas, onde são misturadas raízes portuguesas, com vários instrumentais, samples, frases, entre outras ferramentas. Um disco que funciona, também, como uma scratch tool indispensável a qualquer DJ, matéria prima para as suas produções ou sets para campeonatos e battles.

Mão Morta – 25 anos Mutantes S.21
Passados 25 anos sobre a edição de Mutantes S21 os Mão Morta apresentam um concerto de celebração desse álbum que, então, trouxe esta banda apenas conhecida no meio mais underground nacional para o conhecimento por um público mais vasto.
Pela primeira vez serão apresentados em concerto todos os temas do álbum, incluindo 3 nunca tocados ao vivo. A estes acrescentam-se outros 6 temas selecionados pela banda, tendo por base letras que remetem para ambientes urbanos, relatando estórias de cidades.
Mas porque Mutantes S21 também foi um álbum de transição entre o Vinil e o CD, então pensando-se ser o último que a banda editaria naquele suporte, houve lugar a uma edição especial com banda desenhada. Em 2017 a banda opta por realçar esse facto, não optando pela reedição da BD mas sim por criar algo novo, convidando 15 ilustradores nacionais para criarem um trabalho alusivo a cada um dos temas que serão apresentados ao vivo nesta Tour. Sobre essas ilustrações, João Martinho Moura, conhecido artista de Arte Digital, desenvolverá um trabalho de visuais, atuando em tempo real com a banda.
São tudo motivos para se esperar que a passagem deste concerto por diversos pontos do país durante 2017 não seja mera reposição nostálgica. 

Slow J
"The Art of Slowing Down", o novo disco de Slow J, é muita coisa. É com certeza Hip Hop mas cingi-lo a essa caixa seria castrar a genialidade desta edição independente, editada em parceria com a Kambas e totalmente produzida por Slow J. T.A.O.S.D. é João Coelho (AKA Slow J) de uma ponta à outra, é Fado, é Rock, é Semba, é Jazz mas é também cada um que o ouve e se identifica através de cada uma das palavras cantadas pelo setubalense.
"Arte" é o novo single, uma potente música que mistura as guitarras rock das origens de Slow J e o rap visceral que conseguimos encontrar nas cordas vocais do próprio. Mas não se fica por aqui, o video que também é hoje lançado tem um objectivo, um objectivo tão nobre como o compromisso de Slow J em fazer grandes músicas: ajudar o André, mais conhecido como Speedy, um dos melhores b-boys do país, a garantir uma prótese especial para atletas de alta competição nos E.U.A que o permitirá ser melhor artista e melhor professor, desenvolvendo competências psicomotoras e uma consciência corporal até então impossibilitadas pela sua condição 

Sensible Soccers

Os Sensible Soccers editaram o seu primeiro EP em 2011, ano em que também se estrearam nas atuações ao vivo. Desde então, a banda deu inúmeros concertos que os levou a palcos de todos os tipos, desde clubes, auditórios e associações culturais a eventos de projeção internacional, como o Primavera Club, Festival Paredes de Coura, Boom Festival, Vodafone Mexefest ou a primeira edição portuguesa do Boiler Room, tendo conquistado um público variado em número sempre crescente. Além do primeiro EP, editaram também “Fornelo Tapes Vol.1”, o single “Sofrendo Por Você” e em 2014 lançaram o primeiro longa-duração, intitulado “8”, que foi unanimemente considerado pela imprensa nacional como um dos melhores discos editados nesse ano. Seguiram-se 14 meses de concertos de apresentação do novo trabalho, maioritariamente em Portugal, mas incluindo, também, passagens por Espanha e França. Terminado o período natural de apresentação do álbum “8”, os Sensible Soccers foram convidados pelo Teatro Maria Matos, gnration e Curtas de Vila do Conde a criarem um espetáculo composto por temas inéditos e por uma vertente visual, a cargo da artista Laetitia Morais. O espetáculo original, chamado “Paulo”, teve três apresentações únicas e irrepetíveis, precisamente no Maria Matos, gnration e Vila do Conde. Após este período, a banda entrou em estúdio e começou a preparar o próximo disco, intitulado “Villa Soledade”, que foi editado em Março de 2016. A sonoridade dos Sensible Soccers não é fácil de compartimentar, uma vez que abordam estéticas muito variadas em diferentes temas. Sem esconderem o gosto pelas melodias pop, na construção dos seus temas fogem ao formato tradicional de canção, optando maioritariamente por estruturas e arranjos em progressão. Nos espetáculos ao vivo a sua música ganha uma energia extra, que a torna surpreendente até para o público que melhor conhece o trabalho da banda.
Os Sensible Soccers são Filipe Azevedo, Hugo Gomes e Manuel Justo.

DJ Marfox (Príncipe Discos)
DJ Marfox, português com raízes em São Tomé e Príncipe, é uma autêntica lenda urbana, suburbana e do gueto lisboeta. Lançou em 2016 o seu mais recente e aclamado disco “Chapa Quente” na editora Príncipe, que figurou em alguns dos tops mais destacados de final do ano (FACT, XLR8R, Thump, Crack Magazine, Mixmag ..) e foi nomeado para ‘Disco do Ano’ nos Prémios Time Out.
A sua inigualável visão de techno barroco e ritmicamente expansivo, imbuído de Garage, Bass e Batida (Kuduro instrumental) tem seduzido e cativado público e crítica pelo mundo fora com títulos em outros selos discográficos como a Enchufada, Lit City Trax, Boomkat Records e Warp Records. Tem também recebido convites para remisturar temas de outros artistas, tendo realizado para "Water Fountain" da banda tUnE-yArDs, para o tema "Tabu" da rapper nacional Capicua no disco "Medusa", e para "Come To Your Senses" de Panda Bear (Animal Collective).
Desde 2013 tem vindo a tocar regularmente no circuito internacional de clubes e festivais de música eletrónica urbana e de dança, com particular incidência no continente Europeu mas tendo também já actuado nos Estados Unidos, desde o festival Red Bull Music Academy New York ao MoMA PS1 Warm Up ao evento especial ‘Pharos’ de Childish Gambino na Joshua Tree no deserto do Mojave, para além de Los Angeles, Moscovo, Rio de Janeiro, São Paulo e uma tour na Ásia Oriental (Tóquio, Osaka, Seul, Xangai) no Verão passado.
Por cá, para além da aclamada presença regular nas Noites Príncipe no Musicbox em Lisboa, e escafianço celebratório em clubes como o Plano B ou o Lux Frágil, contam-se as suas atuações em eventos como a Queima das Fitas de Coimbra, Noite Branca em Braga, Milhões de Festa, NOS Em D'Bandada, FMM Sines, O Sol da Caparica ou Vodafone Mexefest.

O Recinto
O Festival do Rock Nordeste tomou em 2014 um novo espaço no coração da cidade de Vila Real. Movendo-se do Complexo de Codessais para o Parque do Corgo, mas continuando ao sabor do Rio Corgo, um dos ex-libris da cidade, o Rock Nordeste assumiu uma nova localização, trazendo-lhe mais dinâmica, como se comprovou na edição transata. Na edição de 2017, a aposta recai novamente na composição por dois palcos – Palco Parque e Palco Teatro.

Parque Corgo
Com cerca de 30 hectares de área total, o Parque Corgo possui o potencial e versatilidade necessários para acolher um evento cultural desta envergadura. Os amplos e frescos relvados do Parque Corgo, que circundam lateralmente o Teatro de Vila Real, dão ao recinto um ar natural, confortável e rodeado da bela natureza que o Rio Corgo nos oferece.

Auditório Exterior Teatro de Vila Real
Um dos ex-libris culturais da cidade é o Teatro de Vila Real, ladeado pelo Rio Corgo e a sua zona verde que concede ao espaço um lugar de primazia. Na edição de 2017, ao invés de apenas um, o auditório exterior receberá dois dos maiores espetáculos musicais do festival Rock Nordeste, conferindo-lhe uma beleza única, congregando-se assim o agente cultural Teatro de Vila Real no maior evento de música da região.

Mais informações AQUI.

Agenda
Ver mais eventos

Passatempos

Passatempo

"Nora Helmer" no Teatro Aberto

Em parceria com o TEATRO ABERTO oferecemos 10 convites duplos para a sessão de dia 9 de maio (sexta-feira), às 21h30. Findo o passatempo, anunciamos aqui os nomes dos vencedores!

Visitas
106,978,045