"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Teatro

Urândia Aragão revela vozes em caixas que vibram como corpos  

Partindo de uma investigação sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a nova peça de Urândia Aragão, Artigo 19 procura refletir sobre a relação entre o dizível e o indizível.

7 Jun a 9 Jun 2017

Teatro Maria Matos
Av. Frei Miguel Contreiras 52, 1700-213 Lisboa


A peça que revelou o trabalho de Urândia Aragão, Fio Condutor, era uma sucessão de histórias captadas no espaço público a que os próprios espetadores davam corpo e voz. Com Artigo 19, na sua nova peça para palco, as histórias estão contidas em vozes, que estão contidas em caixas, que vibram como corpos: a ideia de voz e de corpo confunde-se, apontando para um sentido de humanidade - em que o próprio corpo humano está ausente. (...) Rui Catalão

Quando percebemos a estranheza no encontro com o outro, mesmo que por instantes, algo se revela, que está para além dos tratados, das convenções, das expectativas e dos conflitos pessoais. O que é dito e o que fica por dizer faz parte da construção de uma imagem que queremos preservar na relação com o outro. É daí que surgem as expectativas que nos movem, numa dialética de ilusão, entre ficção e realidade. As máscaras, que tanto nos servem como nos oprimem, são postas à prova. É neste momento que escolhemos mantê-las ou largá-las. Será neste largar que se gera algo próximo de um estado de consciência e de liberdade?
No mundo da linguagem formal, as declarações tentam proteger-nos do medo, mas dizem-nos pouco sobre esse lugar e esse tempo entre o eu e o outro, sobre a matéria de que somos feitos e cuja inteligência vai além da racionalidade. Partindo de uma investigação sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a peça Artigo 19 procura refletir sobre a relação entre o dizível e o indizível.

Preços

sala principal com bancada • 6€ a 12€ • M/6
menores de 30 anos: 5€

criação: Urândia Aragão

colaborações: Andrea Brandão, João Bento, Rui Catalão 
encontros artísticos com: Borut Bu?inel, Chuma Sopotella, Gabriela Farinha, Momar Ndiaye
desenho de luz: Thomas Walgrave
desenho de som: João Bento
direção técnica: João Chicó
produção: Alkantara
coprodução: Maria Matos TM, 1Space Project/Programa Europa Criativa, Teatro Académico de Gil Vicente, Pensamento Voador
apoio: Fundação Calouste Gulbenkian
residências artísticas: Pact Zollverein – Essen, Yachai Wasi – Loreto, Peru; Espaço Alkantara – Lisboa; Teatro Maria Matos – Lisboa, TAGV – Coimbra; Forum Dança; Polo Cultural | Gaivotas Boavista/CML, ACCCA, Rumo do Fumo
agradecimentos: Adonis Nébié, Ahu Lopez, Ahmed Tobasi, Ana Trincão, Atta Kattab, Carlos Oliveira, Luís Pinto, Léa Rault, Marta Fonseca, Michel Kiyombo, Remah Jabr, Rubén Castillejo e Zina Zarour
foto: Bruno Simão
Alkantara – A.C. é uma estrutura financiada pela República Portuguesa|Cultura/Direção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Lisboa
1Space é financiado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia
Apresentação no âmbito da rede Imagine 2020 com o apoio do Programa Europa Criativa da União Europeia

Urândia Aragão é uma artista portuguesa interdisciplinar na área dos media. Formou-se em Design e Tecnologias Gráficas, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD), em 2011, e em Design de Interfaces Multimédia, na Universitat Pompeu Fabra, de Barcelona, em 2005. Entre 2006 e 2012 investiu na aquisição de conhecimentos através das seguintes formações: Pesquisa em Dança e Teatro na EIRA/Lisboa; Composição em Tempo Real na Re.al/Lisboa e concluiu o PEPCC - Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica, do Fórum Dança/Lisboa. Urândia tem desenvolvido trabalhos a solo e em colaboração desde 2005. A sua pesquisa procurar articular diferentes elementos (desenho, escrita, fotografia e vídeo) com o trabalho do corpo; Urândia explora as interfaces da performance enquanto ferramenta de pesquisa de novos modelos de relação e experiências coletivas. Atualmente dedica-se à pesquisa e compreensão dos direitos humanos e não humanos, pensamento mítico-mágico e ecologia humana (Alkantara 2016/17). Foi coordenadora do projeto de pensamento crítico BWARE – um projeto artístico e pedagógico desenvolvido entre o Alkantara e a Escola Artístico António Arroio, moderado pelo grupo de artistas AWARE (Artists Watch, Reflect and Exchange) no Alkantara Festival 2016. Foi convidada para participar no projeto 1Space (KVS – Bruxelas, Exodus – Ljubljana e Alkantara – Lisboa 2015/17) O seu trabalho é apresentado em Portugal e no estrangeiro.

Trabalhos anteriores: Fio condutor (Alkantara Festival 2014); as unidades mínimas do sensível com Alina Bilokon e Léa Rault (Festival Circular 2013); Slight Evidence of Something com Maria Varbanova (Forum Dança 2011); upon four feet, an horizontal plane com o colectivo MESA (Teatro Turim/Teatro Maria Matos 2010); O Tempo das coisas com Cátia Leitão (Ponto de Encontro 2011); Interface (eira33 2010); Toni Banza com David Leitão (Exposição PARTES2 2008); Albert (Exposição K-Fusion, Seul-Barcelona 2005); Chuck-in-Love com Maria Gallet (MOOG-Barcelona 2005).

Colaborações: Monster de Carlota Lagido 2009/10, Histórias do meu lixo de Carlota Lagido 2011, One-More-Ti-Me by Marine Pisani 2011; ATLAS de Ana Borralho e João Galante 2011, Mais pra menos que pra mais de Vera Mantero e convidados 2013; Canções i Comentários e Agora Faz Tu! de Rui Catalão 2014 e 2016.

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