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Ópera

Estreia nacional da Ópera Soror Mariana Alcoforado

Além de profissionais, participam pessoas sem qualquer experiência artística que, depois de um intenso trabalho de seis meses, integram o elenco de uma ópera. 

17 Jun a 18 Jun 2017

Convento dos Capuchos
Sítio dos Capuchos - Rua Lourenço Pires de Távora 2825 Caparica
Preço
Entrada livre


Nos dias 17 e 18 de junho, às 21h30, estreia a Ópera Soror Mariana Alcoforado, no Convento dos Capuchos, na Caparica. Baseado no romance epistolar As Cartas de Uma Freira Portuguesa – história de uma freira que se apaixonou por um oficial francês, Noël Bouton, Marquês de Chamilly –, publicada em 1669, a ópera Soror Mariana Alcoforado é um programa participativo, construído segundo um formato de residência artística, durante os primeiros seis meses de 2017, no Convento dos Capuchos, na Caparica, com o objetivo de apresentar um espetáculo original e em estreia absoluta nos espaços do convento.

Partilha de experiências e saberes

Este projeto conta também com a participação de alunos e professores de escolas de Almada na co-criação de adereços, cenários e figurinos, na gestão de públicos (frente-de-sala e estudo de públicos), no apoio às tarefas de co - direção de cena, na conceção de uma exposição, na edição de um vídeo de making of, e na criação de um documentário sobre a construção desta ópera.

As Cartas da Soror Mariana Alcoforado

Este romance epistolar pretendia apresentar as cartas originais contando a verdadeira, mais tarde Marechal de França. A freira, desconhecida de início, seria mais tarde identificada como Mariana Alcoforado, nascida em Beja e filha de Francisco da Cunha Alcoforado. Tão populares que são lidas ainda hoje. Reais ou falsas revelam os sentimentos de uma monja de clausura portuguesa, nos finais de séc. XVII.

As Novas Cartas Portuguesas redigidas por Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, publicadas em 1972, são um regresso ao texto das Cartas atribuídas a Mariana, como texto matricial que revela uma identidade feminina e um amor único, apaixonado e votado ao abandono. As novas cartas assumem um estatuto de denúncia da guerra colonial, do sistema judicial, do enquadramento institucional da família, mas principalmente do papel da mulher numa sociedade marcadamente machista.

As Cartas e as Novas Cartas são expressões qualificadas de mulheres que vivendo no seu tempo, dele não se alheiam e identificam-se os com os problemas assumindo a sua condição feminina sem medos nem recuos.

A organização está a cargo da Câmara Municipal de Almada.

Ficha Técnica e Artística

Compositor – Amílcar Vasques-Dias

Libretista – Helena Nóbrega

Diretor Musical e Coral – Brian MacKay

Equipa de Encenação / Movimento – Aldara Bizarro e F. Pedro Oliveira

Figurinista – Maria Luíz

Cenografia / coordenação – F. Pedro Oliveira

Cantores solistas:

Mariana Alcoforado – Natasa Sibalic

Pai de Mariana Alcoforado (cantador) – Pedro Calado     

Orquestra residente: piano, cordas, oboé, clarinete / sax, percussão – incluindo Amílcar Vasques-Dias, músicos do Quarteto Lopes-Graça, Adriano Aguiar

Iluminista, Equipa técnica – Paulo Mendes

Making-Off – Agrupamento de Escolas Francisco Simões

Frente de Sala – Agrupamento de Escolas Ruy Luís Gomes

Apoio Direção de cena – Escola Secundária Fernão Mendes Pinto

Produção – Musicamera, produções http://musicamera.pt

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