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"Watanuki - Agora Mesmo" | Exposição Retrospetiva
Esta é uma exposição absolutamente surpreendente. Ninguém já se lembrava de Hirosuke Watanuki, o japonês! Quem é Watanuki,? O diplomata que chegou a Lisboa em 1956 e pintou Portugal nos anos 50 e 60?

20 Jul a 31 Ago 2017
9 Set a 1 Out 2017
14 Out a 17 Dez 2017
Nascido em Yokohama, no Japão, em 1926, deixa o Departamento de Ciências Políticas e parte para Portugal onde se dá o seu despertar artístico induzido pelas pessoas que encontrou e pelas nossas paisagens. Foram o Tejo, o Mondego, o Douro, e as suas cidades que encantaram Watanuki que fizeram descolar a sua arte.
Quando Almada Negreiros escreve, em 1963, sobre a exposição de Watanuki, no Palácio Foz, anuncia as palavras do Mestre: «nada desejo senão pela minha arte»”. Abria-se a porta grande ao artista em Portugal. Cada exposição atraía mais gente e ecoava na Imprensa. Em 1966 a Fundação Gulbenkian mandou para Bagdha a sua pintura do porto de Lisboa em conjunto com obras dos jovens promissores do panorama artístico português. Mas no auge da sua carreira, o artista, vindo das velhas famílias de samurais do Japão, deixou-nos e com o passar do tempo foi sendo esquecido.
Só na Fundação Passos Canavarro, em Santarém, se mantinham expostas as obras seminais de Watanuki e em Matosinhos se expunham as 12 pinturas que Fernando Távora havia recomendado que se comprassem nos anos 60.
A amizade de 50 anos de Pedro Canavarro e Watanuki permitiu que esta exposição AGORA MEMSO acontecesse ,“desenterrando” as obras (e que obras!!) que em 12 museus se encontravam e o artista foi desafiado a voltar para rever a obra que aqui deixou e produziu. E vem!!
O título da exposição "Agora Mesmo" transmite a ideia de um impulso que não admite demora, uma expressão portuguesa muito utilizada por Watanuki que continua a falar e a escrever em português.
A mostra reúne mais de 60 trabalhos seus espalhados por museus e colecções particulares em Portugal. Expor Watanuki é relembrar o fundir destas duas culturas que primeiro se encontraram em 1543, antes de todas as outras, é mostrar ao público a obra de um artista japonês de coração português que viveu, pintou e amou Portugal nos anos 1950/60.
Um segredo bem guardado que Agora Mesmo se revela.
“…sensível aos perfis, aos planos e às suaves gradações de claro-escuro, que sugere pelo simples traço a tinta da China, e pelas sumárias modelações a preto e gris.”, Luís Reis-Santos, 1959
Organização Conjunta
Fundação Inês de Castro e Fundação Passos Canavarro.
Projeto e Curadoria
Pedro Canavarro
Cristina Castel-Branco
Horários SNBA:
dias úteis das 12:00 às 19:00
aos sábados das 14:00 às 20:00
Itinerância da Exposição:
Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra
De 9 de setembro a 1 de outubro de 2017
Museu da Quinta de Santiago, Matosinhos
De 14 de outubro a 17 de dezembro de 2017