Por volta de 1550, a presença portuguesa no Oriente estava consolidada, após as sucessivas vitórias sobre os Otomanos e os seus aliados locais. Ao mesmo tempo, o próprio modelo de penetração pelos mares da Ásia ganhava novas dinâmicas.

Com efeito, é a partir de meados do século que se acrescenta o domínio de territórios ao controlo inicial de rotas oceânicas, que desenvolve a ação missionária como instrumento de alargamento da influência lusa, enquanto que os filhos asiáticos dos primeiros conquistadores e aventureiros atingem a idade adulta e circulam pela Ásia como portugueses de rosto oriental.

Neste período o Estado da Índia foi uma entidade asiática sólida, capaz de resistir aos inimigos e de reorganizar os seus negócios sempre que necessário. Ao longo de um século, os Portugueses ajustaram a sua máquina militar aos desafios que lhes eram colocados pelas potências asiáticas, mas seria do exterior que viria o perigo, através dos ataques holandês e inglês do final do século.

1. O Livro das Cidades e Fortalezas – Um retrato do Estado da Índia no início da dinastia filipina
2. A perceção da Ásia e os interlocutores asiáticos
3. Os orçamentos do Estado da Índia
4. Goa. A capital e as estruturas coloniais das cidades do Estado da Índia
5. Os luso-asiáticos. Identidade, comércio e expressão artística
6. As missões do Padroado Português do Oriente
7. A superação da crise de 1565-1572. A força de uma potência asiática
8. O Soldado Prático de Diogo do Couto e o mito da decadência

7 outubro a 25 novembro
Com João Paulo Oliveira e Costa
Sábados | 7, 14, 21 e 28 Outubro; 4, 11, 18 e 25 Novembro
Horário | 10.00 às 13.00
Preço | € 90,00 
Participantes mín. 25

João Paulo Oliveira e Costa é professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Diretor do CHAM (Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar). Doutor em História na especialidade de História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa, tem uma extensa bibliografia sobre o Império Português e em especial sobre a presença lusa no Oriente. Das suas obras destacam-se História da Expansão e do Império Português (coordenador e co-autor, Lisboa 2014); Conquista de Malaca, 1511 (Lisboa, 2012) e Conquista de Goa, 1510 (Lisboa, 2008), ambos em co-autoria com Vitor Luís Gaspar Rodrigues; Henrique, o Infante (Lisboa, 2009); D. Manuel I, um príncipe do Renascimento (Lisboa, 2005 e 2007). É membro do Comité Internacional do Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa.

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