“Cerâmica do Quotidiano Conventual” é a exposição que inaugura terça-feira, dia 28 de julho, às 11H00, no Convento de Cristo, e que vem possibilitar aos visitantes do monumento acederem a peças de loiça da mesa fradesca e aos diversos barros de cozinha até agora mantidos na reserva. 
Graças às peças reabilitadas pelo Laboratório de Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar, num processo de vários anos, pode constatar-se que, nos finais do séc. XVII e inícios do séc. XIX, existiam a uso no Convento de Cristo dois conjuntos de loiça de mesa: o do Refeitório, que serviria os cerca de 100 religiosos regulares e outro da Enfermaria para uso exclusivo dos enfermos. Podem ser vistas cerca de uma centena de peças usadas para a confeção dos alimentos e para ir à mesa, entre pratos, malgas, jarros, salseiras, taças, candeias, panelas, púcaros e almofarizes.
Esta exposição vem iniciar um ciclo de mostras que pretende dar a conhecer o vasto acervo, que há largos anos é reserva do Convento de Cristo. 
Trata-se de uma coleção heterogénea e desconhecida, que data das primeiras décadas do seculo XX, da constituição da U.A.M.O.C. – União de Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo, e que terá tido como objetivo a criação do Museu da Cidade de Tomar. Chegou mesmo a possuir um núcleo museológico exposto neste monumento através de dois núcleos, um essencialmente de materiais pétreos e outro, mais eclético onde a presente coleção se inseria.
“Expor em contexto, neste caso na cozinha e no refeitório, permite simultaneamente o enriquecimento da leitura desta coleção como do monumento e seu percurso de visita num universo que nos transporta da confeção e armazenamento até a mesa dos frades”, como refere a diretora do Convento de Cristo, Andreia Galvão.
Andreia Galvão, assinala que “com esta série, intensificam-se as leituras e vivências que foram construindo a História deste monumento. Abrem-se, também, novos horizontes e reduzem-se as distâncias entre o Passado e o Presente”.
A inauguração da exposição conta com a presença do Subdiretor da Direção Geral do Património Cultural, Samuel Rego.