Cinema
"Correspondências" em estreia no Cinema Ideal
O filme realizado por Rita Azevedo Gomes e produzido pela C.R.I.M., estreia no dia 8 de março, no Cinema Ideal, em Lisboa. O filme será exibido diariamente às 19h nesta sala e conta com diversas apresentações.

8 Mar a 14 Mar 2018
8 de março: Maria Andresen Sousa Tavares, Rita Azevedo Gomes e Joana Ferreira
9 de março: José Manuel dos Santos, escritor
10 de março: Pedro Mexia, escritor e crítico
11 de março: Professor Fernando Cabral Martins
12 de março: Luís Mendonça e colaboradores de À Pala de Walsh
13 de março: Professor Eduardo Lourenço
14 de março :Professora Sílvia Chicó
O filme vai estar também em exibição, a partir do dia 8 de março, no Cinema Trindade, Porto, e no Alma Shopping, Coimbra, em horários a divulgar brevemente.
Inspirado nas cartas trocadas entre dois dos maiores escritores da língua portuguesa, Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, durante os anos de exílio deste último (1957-78), "Correspondências" foi apresentado em vários festivais de cinema internacionais e ganhou o Prémio Fundação Saramago e Livraria Lello para Melhor Filme Falado em Português, Galego ou Crioulo de Origem Portuguesa, Transversal às Competições, no DocLisboa 2016.
A correspondência entre Sophia e Jorge de Sena, que foi editada em livro em 2005, é um testemunho da forte e profunda amizade entre estes dois poetas, mas é também marcada pelo sempre presente peso da censura e da situação política em Portugal naquela época. Para a realizadora esta "escrita livre de intenção literária constitui uma forma de diálogo: uma conversa irregular no tempo, suspensa nas esperas do correio e nas muitas cartas perdidas, desaparecidas, censuradas pela PIDE."
SINOPSE
O filme foi inspirado pelas cartas trocadas entre dois poetas maiores da língua portuguesa, Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, durante os anos de exílio deste último (1957-78).
Por razões políticas e circunstâncias da vida, Jorge de Sena viu-se forçado a partir para o Exílio. Foi primeiro para o Brasil e, mais tarde, para os E.U.A., onde seguiu carreira académica. Sena nunca conseguiu voltar para o seu país.
A correspondência entre os dois poetas testemunha uma continuada busca da liberdade, numa época de grande pressão, vivida sob o fascismo. Ao mesmo tempo, as cartas revelam uma profunda afinidade entre dois seres. Estamos perante esse sentimento raro, a Amizade, que sobrevive ao tempo e à ausência e que ambos querem levar intacta até à morte.
Através da poesia e desta escrita epistolar, o filme constitui um diálogo extenso no tempo e no “desejo de suprir anos de distância em horas de conversa”. Simultaneamente, o filme procura correspondências com as nossas próprias vidas, ficcionando sobre as ligações e correntes que nos mantêm juntos.
FESTIVAIS
Festival del Film Locarno, Switzerland 2016;
DocLisboa International Film Festival, 2016;
Viennale, Austria 2016;
Cineticle Art Cinema, Russia 2016;
Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Brazil 2016; CineBH - International Film Festival Belo Horizonte, Brazil 2016;
SEFF - Festival de Cine Europeo de Sevilla, Spain 2016;
Mostra de Cine Europeo de Lanzarote, Spain 2016;
ZiNEBI -The International Festival of Documentary and Shortfilm of Bilbao, Spain 2016;
Festival de Cine de Zaragoza, Spain 2016;
Caminhos do Cinema Português, Portugal 2016;
Pune Int. Film Festival, India 2017;
FICUNAM, Mexico 2017;
Festival Fronteira, Brasil 2017;
BAFICI, Argentina 2017;
D´A Film Barcelona, Spain 2017;
Edinburgh International Film Festival, UK 2017;
Filmfest Muenchen, Alemanha 2017;
Lima Independiente, Peru 2017;
FID Marseille, France 2017.
PRÉMIOS
Prémio Fundação Saramago e Livraria Lello para Melhor Filme Falado em Português, Galego ou Crioulo de Origem Portuguesa, Transversal às Competições, DocLisboa 2016
RITA AZEVEDO GOMES
Nascida em Lisboa, em 1952, Rita Azevedo Gomes tem um percurso variado, ligado às artes visuais. Começou por estudar Belas Artes, ligando-se ao cinema a pouco e pouco. Esteve envolvida, ao longo dos anos, em inúmeros projetos em teatro, ópera, artes plásticas e cinema, tendo ainda desenvolvido, com grande reconhecimento, trabalhos gráficos em diversas edições de cinema da Cinemateca e da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1990, realizou o seu primeiro filme: “O Som da Terra a Tremer”, após o qual escreveu e realizou várias curtas e longas metragens internacionalmente reconhecidas em festivais de todo o mundo. Atualmente está a terminar a sua longa-metragem "A Portuguesa" e trabalha na Cinemateca Portuguesa como programadora.
FILMOGRAFIA
1990 | O Som da Terra a Tremer 93 min. / Ficção / 35mm / Cor
1996 | O Cinema Vai ao Teatro 26 min. / Documentário / Vídeo / Cor
1998 | Intromissões; Parabéns Manoel de Oliveira (homenagem a Manoel de Oliveira, nos seus 90 anos) 55 min. / Documentário / Vídeo / Cor
1999 | King Arthur (para a encenação da ópera homonica de Henry Purcell) 30 min. / Ficção / Digital / Cor
2001 | Frágil Como o Mundo 91 min. / Ficção / 35mm / Cor e Preto e Branco
2003 | Altar 72 min. / Ficção / Digital / Cor
2005 | A Conquista de Faro 33 min. / Ficção / 35mm / Cor
2006 | A 15ª Pedra: Manoel de Oliveira e João Bénard da Costa em Conversa Filmada 117 min. / Documentário / Digital / Cor
2009 | A Coleção Invisível 56 min. / Ficção / 35mm / Cor
2011 | A Vingança de Uma Mulher 100 min. / Ficção / Digital / Cor
2016 | Correspondências 145 min. / Documentário / Digital / Cor