Festivais, Festas e Feiras
Festival Internacional de Teatro de Setúbal - XVII Festa do Teatro
Do teatro à música, passando pelas curtas-metragens, cinema ao ar livre, exposições, debates, espectáculos de sala e de rua, magia e stand-up, formas artísticas emergentes e de natureza transdisciplinar.

20 Ago a 5 Set 2015
Mensagem do Teatro Estúdio Fontenova
Este é um ano especial para o Festival Internacional de Teatro de Setúbal, na sua 17ª Edição. Número nada redondo, a não ser para quem conheça a companhia e o seu trabalho. Na verdade, são já 20 os anos de existência, persistência e crescimento. A sua primeira edição foi a forma que o Teatro Estúdio Fontenova encontrou para assinalar os seus dez anos de atividade regular. São pois, 30 os anos que o Teatro Estúdio Fontenova celebra com amor e dedicação a uma arte em que vemos vida e paixão, noites mal dormidas, mas sorrisos nos lábios, discussões vivas, nossas e do público. Tudo isto nos orgulha, e esperemos que orgulhe também a cidade e o Município. O Festival Internacional de Teatro de Setúbal – XVII Festa do Teatro é, atualmente, um dos festivais do género de prestígio a nível nacional, começando também a ser reconhecido internacionalmente. Embora tenha havido interrupções ao mesmo entre 1995 e 2003, é já desde 2004 que a Festa do Teatro tem mantido a sua regularidade anual. Setúbal já é reconhecida, também, pelo seu Festival de Teatro. Não esquecemos que este caminho se fez em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, só assim conseguimos a regularidade e crescimento alcançados. São trinta anos de uma atividade ininterrupta que se traduz em visibilidade, parcerias, resiliência e entrega. O Festival mantém a sua aposta numa programação eclética de estéticas e geografias dando primazia à excelência artística. Ouvimos a comunidade, que acreditamos também ser parceira indissociável e criamos novas pontes, abrindo outras portas em locais que também agora acolhem a nossa Festa. As redes, são também elas artísticas, tornando-se o Festival um veículo de criação, experimentação e transdisciplinaridade. O acolhimento é de todos, artistas, público, instituições e entidades várias, que comprovam a capacitação da arte. Seguindo as experiências positivas de anos anteriores manter-se-á a abordagem a temas da atualidade, este ano com particular atenção à promoção do respeito, proteção e realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais dos afrodescendentes como reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Manter-se-á a SECÇÃO “MAIS FESTA”, que abre a possibilidade a jovens e estruturas emergentes mostrar as suas criações, usufruindo da logística e promoção do Festival. Com vista ao crescimento do Festival para a cultura e economia regional, este contará com duas extensões em 2015: uma territorial, outra temporal. Durante o período do festival ocorrerá uma extensão territorial em Sesimbra, proporcionando uma maior duração, mais acolhimentos nacionais e internacionais. A extensão temporal ocorrerá em Setúbal, de 12-15 de Novembro, onde além da reposição do espetáculo a estrear no Festival, incidir-se-á na formação e sensibilização de novos públicos em escolas parceiras. Assim será debatido o tema da Afrodescendência nas artes e cidadania através de leituras interpretadas, a partir do livro “Catálogo de Sombras”, obra recomendada pelo plano nacional de leitura, de José Eduardo Agualusa. Será feito o lançamento de um concurso de novos textos dramáticos, “Cenas Escritas”, tendo como temática para a 1ª Edição, “Afrodescendência e Luso-Africanidade”. O texto selecionado será produzido e apresentado pelo TEF na Edição do Festival em 2016, podendo vir a constar na abertura do mesmo.
Na intenção de intervir na construção de um Mundo melhor, de 20 de Agosto a 5 de Setembro, a Festa Faz-se!
O Teatro Estúdio Fontenova
“SECÇÃO OFICIAL”
20 Quinta-feira | 22h | Fórum Luísa Todi
O Homúnculo > Teatro Estúdio Fontenova
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
"O Homúnculo", espectáculo de teatro com texto de Natália Correia, apreendido pela PIDE logo após ser publicado, em 1965, nunca até hoje fora representado (só há notícia de uma experiência, clandestina, pelo Cénico de Direito, no início dos anos setenta, dirigida por José Manuel Osório). Em 2015 cumpriram-se 50 anos desde a sua primeira e única publicação em livro, e na cena teatral, do Portugal democrático, tem sido esquecida esta criação Nataliana. A acção decorre no palácio de el-rei Salarim - nome que a escritora utilizou para parodiar o então presidente do Conselho de Ministros, Salazar -, senhor absolutíssimo de Mortocália, epónimo com que Natália designou Portugal na peça. Um reino onde o absolutismo é levado ao extremo por Salarim, na medida em que proíbe os súbditos do ato de urinar, numa metáfora explícita ao sexo. Também a igreja católica aparece caricaturada nesta tragédia jocosa de Natália, na figura do Bispo que satiriza o cardeal Cerejeira, patriarca de Lisboa, assim como os poderes militares, o General, e os poderes académico e corporativo, o Bobo Mnemésicus. O texto de Natália não se circunscreve somente ao contexto epocal, mental e sociopolítico que o motivou, demonstrando também a sua intemporalidade na linguagem inventiva e ágil. Segundo Armando Nascimento Rosa, «’O Homúnculo (tragédia jocosa)’ é uma das raras obras mestras que no teatro português consegue operar o cruzamento entre a estética surrealista, o teatro do absurdo, e a sátira política». A coragem cívica da voz poética de Natália, aliada a um singular talento como dramaturga, encontra-se bem patente nesta peça.
Ficha Artística e Técnica
Texto: Natália Correia | Encenação: José Maria Dias | Dramaturgia: Armando Nascimento Rosa | Interpretação: Bruno Moraes, Eduardo Dias, Ricardo Guerreiro Campos e Sara Costa | Cenografia: Ricardo Guerreiro Campos | Figurinos: Zé Nova | Música Original: Bruno Moraes e Armando Nascimento Rosa | Desenho de Luz: José Maria Dias | Fotografia, videomapping, operação Luz e som: Leonardo Silva | Consultor Biográfico: Fernando Dacosta | Design Gráfico: Fernando Carvalho | Assistência de Encenação: Leonardo Silva | Execução de figurinos: Gertrudes Felix e Zé Nova | Apoio ao figurino (Bispo): Lucília Telmo | Produção Executiva: Graziela Dias | Assistência de Produção: Leonardo Silva | Produção, gravação e masterização: Carlos Ramos e Pedro Angelino | Participação especial: Coral Infantil de Setúbal
21 Sexta-feira | 22h | Ginásio da Escola Secundária Sebastião da Gama
E a cabeça tem de ficar? > Companhia de Teatro de Sintra - Chão de Oliva
M/12 – Duração aprox.: 65 minutos
“E a cabeça tem de ficar?”, é um espectáculo construído com base em alguns (dos pequenos) textos de Karl Valentin (1882-1948), autor e intérprete alemão, considerado um dos fundadores do café-teatro e integrado pelos historiadores no teatro do absurdo. Não se trata de uma peça no sentido tradicional, mas uma colagem articulada de pequenas peças, onde, a partir de banalidades, e num crescente somatório de complicações, se parodia o viver do dia-a-dia. Trata-se de um espectáculo cómico que a princípio se estranha, mas que se vai entranhando na medida em que se desdobra, não através da piada fácil, ou de sketches brejeiros, mas através do que muitos consideram o segredo de todo o humor profundo: aquele que nos leva a rir de nós próprios, enquanto imaginamos que estamos a rir do que se passa no palco.
Ficha Artística e Técnica
Texto: Karl Valentim | Encenação: João de Mello Alvim | Dramaturgia: Manuel Sanches | Interpretação: Alexandra Diogo e Nuno Machado | Investigação e Organização Documental: Carla Dias | Assistente do Encenador: João Mais | Direcção Musical: André Rabaça | Interpretação Musical: Isabel Moreira (Piano) e Samuel Matias (Saxofone) | Desenho de Luz: André Rabaça | Cenografia e Figurinos: Companhia de Teatro de Sintra | Costureira: Adélia Canelas | Fotografia e Design Gráfico: André Rabaça | Direcção Técnica: André Rabaça | Técnico Auxiliar: Pedro Tomé | Direcção de Produção: Nuno Correia Pinto | Assistente Produção: Nuno Machado | Secretária de Direcção e Produção: Cristina Costa
22 Sábado | 22h | Parque do Bonfim
Loa, Xácara e Bugiganga > Teatro das Beiras
M/3 anos – Duração aprox.: 55 minutos
Um teatro de todos os tempos. A extensa obra teatral de Calderón de la Barca (1600-1681) é um legado cultural inalienável da humanidade e constitui ainda hoje um “material“ cénico motivador e inspirador, ocupando permanentemente um espaço peculiar na criação teatral contemporânea. Calderón é seguramente um dos dramaturgos do Século de Ouro espanhol que mais destacadamente influenciou e contribuiu para a edificação da cultura europeia. Os géneros “maiores” como os dramas de honra ou os autos sacramentais, não ocultam a identificação deste genial dramaturgo com o chamado “teatro menor” ou “teatro breve”, donde retirámos os textos que estruturam este espectáculo; “As carnavalescas” e “As visões da morte”. O teatro como festa, a “irracionalidade abstracta” onde o carácter sério das comédias mitológicas e autos sacramentais contrastam com a escrita de um teatro social, habitado por personagens do tipo popular que povoam as loas, xácaras e entremezes. A festa burlesca, o riso, a censura, o mundo ao contrário, os rituais carnavalescos nos limites da transgressão; o teatro por dentro do teatro.
Ficha Artística e Técnica
Encenação: Gil Salgueiro Nave | Cenários e figurinos: Luís Mouro | Desenho de luz: Jay Collin | Interpretação: Adriana Pais, Celso Pedro, Marco Ferreira, Miguel Telmo e Sónia Botelho.
23 Domingo | 22h | Ginásio da Escola Secundária Sebastião da Gama
Misterman > Coprodução Culturproject e Artistas Unidos
M/16 anos – Duração aprox.: 65 minutos
Thomas sai todos os dias de casa para inspeccionar o comportamento dos habitantes da aldeia. Acredita poder erradicar o pecado, salvar o mundo e sentar-se ao lado de Deus. Desde a trágica morte de Edel, encontra-se escondido num depósito abandonado, rodeado da farda do pai e gravadores de fita magnética. Numa solidão impenetrável recria ritualmente cada passo desse dia fatídico numa tentativa desesperada de expiação.
Com “Misterman”, Elmano Sancho venceu o Prémio para Melhor Actor de 2014, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores.
Projecto Apoiado por Governo de Portugal | Secretário de Estado da Cultura e DGArtes – Direcção-Geral das Artes
Ficha Artística e Técnica
Autoria: Enda Walsh | Tradução: Nuno Ventura Barbosa | Encenação e Interpretação: Elmano Sancho | Cenografia e Figurinos: Rita Lopes Alves | Desenho de Luz: Alexandre Coelho | Espaço Sonoro: Pedro Costa | Assistente de Encenação: Luciana Ribeiro | Vozes: Andreia Bento, António Simão, Filipa Duarte, João Meireles, Jorge Silva Melo, Luciana Ribeiro, Mirró Pereira, Mónica Cunha, Nuno Miranda e Pedro Carraca.
© Alípio Padilha
25 Terça-feira | 22h | Ginásio da Escola Secundária Sebastião da Gama
Nossa Senhora da Açoteia > ACTA
M/14 – Duração aprox.: 60 minutos
Em meados dos anos 60 do século passado numa aldeia no Algarve litoral, quando aqui ainda eram pujantes a faina, a indústria da conserva de peixe e os homens e mulheres viviam do e para o mar. Os turistas encetavam as primeiras incursões ao Algarve e tinha já começado a guerra colonial. A peça revela-nos encadeadas sequências de condenações diversas, narradas por uma personagem do tempo dos nossos avós. Fala-se de um outro tempo de uma outra memória. O que a personagem diz é em muitas ocasiões risível, mas é colectivamente trágico; assim como é em muitas ocasiões trágico, mas colectivamente risível. É a vida!
Ficha Artística e Técnica
Texto: Luís Campião | Criação e Interpretação: Luís Vicente | Execução Cénica: Tó Quintas | Participação especial: Jeannine Trévidic | Desenho e operação de Luz: Octávio Oliveira
© Rui Serra Ribeiro
26 Quarta-feira | 22h | Fórum Municipal Luísa Todi
Carne Viva (Estreia) > Teatro Estúdio Fontenova
M/16 anos – Duração aprox.: 60 minutos
"Carne Viva", texto inédito do brasileiro Lucianno Maza com estreia absoluta e encenação do autor, conta a história de Uma Mulher, destituída de nome ou qualquer característica em especial; apenas a sua identidade de género que sobressai: a sua condição feminina. Esposa perfeita - ou que tenta aparentar tal perfeição – sempre a preparar algo para saciar a fome do seu marido, enquanto dentro de si uma ebulição acontece.
Ao receber um pedaço de carne para cortar em bifes, esta personagem do quotidiano, comum em muitas casas, adquire ares espectaculares, entrando num transe espiritual e carnal. Ela então acredita ser o próprio Jesus Cristo - aquele cuja carne foi perfurada violentamente e cujo corpo se come na eucaristia. Misturando o sagrado da narrativa cristã ao profano do drama doméstico, a história discute o lugar ocupado pela mulher numa sociedade patriarcal, representada por um Deus masculino. Entre delírios e consciências da mente, Uma Mulher percorre diferentes momentos de sua vida, na busca pela liberdade da cruz social, a qual ela e tantas outras mulheres parecem condenadas. Originalmente um monólogo, a encenação reúne em cena três intérpretes das linguagens do teatro, ballet e canto.
Ficha Artística e Técnica
Texto e Encenação: Lucianno Maza | Assistente de Encenação e Desenho de Luz: José Maria Dias | Interpretação: Graziela Dias, Eduardo Dias e Sofia Crispim Rosado | | Voz-off (participação especial): Juliana Galdino | Vídeo, Fotografia, Operação Luz e Som: Leonardo Silva | Cenografia em Co-Criação: Lucianno Maza e Ricardo Guerreiro Campos | Figurino: Sara Rodrigues | Banda-sonora: Bruno Moraes | Makeup (criação): Raphael Henry | Cabelos: Luísa Mendão | Design Gráfico: Fernando Carvalho | Execução de Figurino: Sara Rodrigues e Gertrudes Felix | Apoio Linguístico: Patrícia Paixão | Produção Executiva: Sara Costa e Patrícia Paixão
27 Quinta-feira | 22h | Ginásio da Escola Secundária Sebastião da Gama
No Limite da Dor > Lendias D’Encantar
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
“No Limite da Dor” é, originalmente, um programa de rádio da Antena 1/RDP, da autoria de Ana Aranha. Nele se ouviram relatos feitos na primeira pessoa por ex-presos políticos que haviam sido presos e torturados pela PIDE/DGS. Carlos Ademar e as Edições Parsifal juntaram-se ao projecto com a edição do livro e finalmente a LdE em parceria com o Teatro D’Dos (Cuba), sob a direcção artística de Julio Cesar Ramirez, cria o espectáculo que agora apresenta. No Limite da Dor é uma peça que colocamos nas mãos do espectador actual, sobretudo pela importância de dar a conhecer e suscitar o debate, sobre as situações colocadas pelas personagens. São, sem dúvida, dados importantes para que possamos preservar uma memória colectiva, sobre acontecimentos tão dramáticos vividos pelo povo Português.
A partir do livro: “No Limite da Dor”, de Ana Aranha e Carlos Ademar | Encenação: Júlio César Ramirez | Interpretação: Ana Ademar, António Revez, Marisela Terra | Cenografia: Júlio César Ramirez | Figurinos, Grafismo e Fotografia: Ana Rodrigues | Banda sonora: João Nunes e participação de Fernando Pardal | Desenho de luz e sonoplastia: Ivan Castro | Operação de luz e som: Ivan Castro | Construção de cenário: Ivan Castro, Ana Rodrigues | Produção executiva: Rafael Costa
28 Sexta-feira | 22h | Sesimbra - Cine Teatro João Mota
Manhãs de… Quietude > Teatro dos Aloés
M/12 anos – Duração aprox.: 80 minutos
Quatro horas da manhã. Um raio de luz acaba de poisar sobre a janela do Café da Paz. Alguns transeuntes saúdam Salah, o dono do café, que arranja as suas pequenas mesas. A cidade acorda... e revela-se. Porque através dos olhos de Salah é todo um painel da vida popular de uma grande cidade que desfila sobre um fundo de quietude. Moussa o professor; Mahmoud, o músico; Kheira, a eterna “noiva” e Ammi Moktar, seu pai sempre à espreita; o velho Hocine, que repara rádios; a pobre Houria que vê os filhos desaparecerem uns atrás dos outros. Com muita ternura e poesia M'Hamed Benguettaf levanta por meias palavras um retrato trágico-cómico do seu País visto através do quotidiano de um povo que tenta preservar o essencial: a sua fé no futuro graças à sua juventude.
Ficha Artística e Técnica
Texto: M’ Hamed Benguettaf | Tradução: Mário Jacques | Encenação: José Peixoto | Interpretação: Jorge Silva | Cenário e Figurinos: Marta Carreiras | Desenho de Luz: José Carlos Nascimento | Música: Miguel Tapadas | Sonoplastia: Pedro Carvalho | Design Gráfico: Rui A. Pereira | Fotografia: Anabela Gonçalves | Produção Executiva: Anabela Gonçalves, Daniela Sampaio | Produção: Teatro dos Aloés
28 Sexta-feira | 22h | Fórum Municipal Luísa Todi
Quem Me Dera Ser Onda > Companhia João Garcia Miguel
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
Editado em 1982, “Quem me Dera Ser Onda” é o primeiro romance de Manuel Rui e conta a história de uma família que vive num prédio onde é proibido ter animais. Contrariando essa regra, o pai, Diogo, decide levar às escondidas um porco para a varanda de casa, com o intuito de o engordar para a matança do Carnaval. Mas Zeca e Ruca, os filhos de Diogo, acabam por se afeiçoar ao bicho. Dão-lhe um nome, brincam com ele, põem-no a ouvir rádio e entre diversas tramas e planos para escondê-lo dos moradores e do administrador, Zeca e Ruca, fazem de tudo para impedir o trágico destino que espera o animal. Uma bela e tocante história de como uma amizade entre duas crianças e um porco pode mudar a vida de tanta gente em que uma história aparentemente simples, quase infantil, aborda temas sérios presentes na sociedade angolana, após a independência: as consequências da guerra, a condição humana, as classes sociais, a corrupção, os preconceitos, a liberdade.
Ficha Artística e Técnica
Texto original: Manuel Rui | Encenação: João Garcia Miguel | Interpretação: Sara Ribeiro
29 Sábado | 22h | Sesimbra - Cine Teatro João Mota
4 Estações > Vinícius Piedade e CIA | Origem: BRASIL
M/14 anos – Duração aprox.: 70 minutos
Um publicitário sofre uma amnésia repentina justamente quando assina contrato com uma empresa de sabão em pó para uma campanha publicitária chamada “identidade”. Nessa crise criativa desencadeada pela amnésia, decide ir ao encontro dos amigos de adolescência para saber se o que ainda resta da sua memória, aquela fase de construção de identidade, é imaginação sua ou se de facto aconteceu, tentando com isso reconstruir sua identidade. O Núcleo Vinícius Piedade & CIA é uma plataforma de criação artística dos espectáculos de Vinícius Piedade que contam com parceiros criadores e colaboradores essenciais. Os espectáculos do Núcleo são resultado de pesquisa e desenvolvimento individual.
Ficha Artística e Técnica
Texto, Direcção, Banda Sonora e Iluminação: Vinícius Piedade | Interpretação: Gabriela Veiga e Vinícius Piedade | Assistência de Direcção: Simone Carleto | Design Gráfico: Márcio Baptista | Fotografia: Rodrigo Rosa
29 Sábado | 22h | Ginásio da Escola Secundária Sebastião da Gama
Moby-Dick > Teatromosca
M/12 anos – Duração aprox.: 100 minutos
Narrativa de aventuras para alguns, epopeia metafísica para outros, «Moby-Dick», de Herman Melville, pode ser resumida como a história de uma viagem de caça à baleia, um estudo sobre a obsessão e a vingança e como estes traços dominantes se tornam a ruína do homem. Uma narrativa fragmentada, em certo modo, desordenada, dinâmica, entretecendo diferentes modos literários: conto, sátira, drama, ensaio, enciclopédia, crónica, lírica…
Uma obra canónica da literatura norte-americana, que marcou o início de uma trilogia que o teatromosca dedica à literatura norte-americana e que se prolongará até ao final de 2015, com «O Som e a Fúria», de William Faulkner (estreado em 2014) e «Fahrenheit 451» (estreará em Novembro de 2015).
Ficha Artística e Técnica
Texto: Herman Melville | Direção artística: Pedro Alves | Adaptação: Tiago Patrício Interpretação: Pedro Mendes (actor) e Ruben Jacinto (músico) | Assistência de direção: Mário Trigo | Cenografia: Pedro Silva | Design gráfico: Alex Gozblau | Direção técnica: Carlos Arroja | Vídeo: Raul Talukder | Assessoria de imprensa: Joaquim René | Produção: teatromosca | Parcerias: Chão de Oliva, Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Embaixada dos Estados Unidos da América, Teatro Meridional e Teatro Experimental de Cascais | Apoios: Câmara Municipal de Sintra, 5àSEC, Quorum Ballet, Publimpressão, Actual Sintra, Junta de Freguesia de Agualva – Mira Sintra, Câmara dos Ofícios e Valter Mergulhão | Agradecimentos: Ruben Chama e Mestrinho
30 Domingo | 22h | Fórum Municipal Luisa Todi
Os Acontecimentos > Artistas Unidos
M/14 anos – Duração aprox.: 80 minutos
O RAPAZ A fé não é fácil, bem sabes.Os acontecimentos põem-nos à prova. CLAIRE Posso dizer-te uma coisa em segredo?
David Greig, Os Acontecimentos
A 22 de Julho de 2011, Anders Breivik matou 68 pessoas, a maioria adolescentes. David Greig escreveu Os Acontecimentos inspirado por estes acontecimentos. Até onde
pode chegar o perdão? Dois actores e um coro contam a tragédia, a obsessão e o nosso desejo para compreender o incompreensível. A peça passa-se numa terra sem nome no rescaldo de uma atrocidade – um atirador entrou num ensaio do coro local e abriu fogo. Um ano após o tiroteio, Claire, que se escondeu do atirador na sala de música e testemunhou a morte à queima-roupa de um dos cantores principais, luta para perceber o que viu. Torna-se obcecada com o atirador, entrevista a sua família e amigos, os políticos de extrema-direita a quem ele se associou e, numa emocionante cena final, o próprio atirador. Será ele louco ou um demónio? Ou apenas alguém zangado com uma arma? David Greig procura um retrato tanto do homem por trás da atrocidade como das suas vítimas. Encontramos ecos de Dunblane, dos bombardeamentos de Londres e de Columbine.
"Talvez a mais bonita e importante peça que Greig escreveu” The Daily Telegraph
Ficha Artística e Técnica
Texto: David Greig | Tradução: Pedro Marques, Andreia Bento, João Pedro Mamede, Maria Jorge | Coro: Alexandra Pato, Carolina Dominguez, David Cipriano, Diana Narciso, Francisco Sousa, Gonçalo Ventura, Marco Mendonça, Maria Manuel Pinheiro, Mia Tomé, Nuno Filipe Fonseca, Pedro Paz, Rita Liberal, Tomás Varela | Coro da Universidade de Lisboa: Mariana Camacho e Nuno Baptista | Música: John Browne | Luz: Pedro Domingos | Cenografia e Figurinos: Rita Lopes Alves | Apoio ao movimento: Afonso Costa | Direcção Musical: Rui Rebelo | Assistência de encenação: Maria Jorge | Produção Executiva: Andreia Bento e Pedro Carraca | Encenação: António Simão | Produção: Artistas Unidos | Apoio: Creative Scotland
01 Terça-feira | 22h | Ginásio da Escola Secundária Sebastião da Gama
4 Estações > Vinícius Piedade e CIA | Origem: BRASIL
M/14 anos – Duração aprox.: 70 minutos
Um publicitário sofre uma amnésia repentina justamente quando assina contrato com uma empresa de sabão em pó para uma campanha publicitária chamada “identidade”. Nessa crise criativa desencadeada pela amnésia, decide ir ao encontro dos amigos de adolescência para saber se o que ainda resta da sua memória, aquela fase de construção de identidade, é imaginação sua ou se de facto aconteceu, tentando com isso reconstruir sua identidade.
O Núcleo Vinícius Piedade & CIA é uma plataforma de criação artística dos espectáculos de Vinícius Piedade que contam com parceiros criadores e colaboradores essenciais. Os espectáculos do Núcleo são resultado de pesquisa e desenvolvimento individual.
Ficha Artística e Técnica
Texto, Direcção, Banda Sonora e Iluminação: Vinícius Piedade | Interpretação: Gabriela Veiga e Vinícius Piedade | Assistência de Direcção: Simone Carleto | Design Gráfico: Márcio Baptista | Fotografia: Rodrigo Rosa
02 Quarta-feira | 22h | Fórum Municipal Luísa Todi
NÃO_CORPO (Estreia)> Tiago Bôto e Wagner Borges | Vencedores MAISFESTA 2014
M/16 anos – Duração aprox.: 80 minutos
Existe uma equação masculina e feminina, tocante de vaidade em que a dor é imponderável. O corpo duplo, o autêntico ou o seu reflexo. Entretenimento de alternâncias, ficção na invenção de um cadáver duplo, seu e de uma imagem no espelho, na impossibilidade de. A comunhão. Corpo. Língua, corpo na voz, a língua do corpo. O limite da coabitação na expressão universal de um dilacerante destino para a Humanidade. Procura-se a lógica dos acontecimentos. Onde começa a fantasia e acaba a realidade? A perda da confiança. Como eliminamos as palavras já pronunciadas na memória do corpo? Elas resistirão, argumentando sobre a verdade. Sobre a mentira. Sobre a dúvida. Sobre o amor.
Tiago Bôto e Wagner Borges venceram no ano passado, a secção «MAIS FESTA» com o espectáculo «da Inutilidade», a partir de Heiner Müller. Posteriormente, esteve em cena no Teatro da Trindade e no Ciclo Try Better, Fail Better’15 | Teatro da Garagem | Taborda, em Lisboa, onde também estrearam «Depois de, cair» a partir de Amos Oz. «NÃO_CORPO» a partir de René Crevel é a terceira criação em conjunto.
Ficha Artística e Técnica
Texto: a partir de René Crevel, de Tiago Bôto e Wagner Borges | Interpretação: Mia Farr, Tiago Bôto e Wagner Borges | Participação em Vídeo: São José Correia | Design de Luz e Operação: Alexandre Costa | Apoios: Escola de Mulheres-Oficina de Teatro; Teatro Praga; Comuna-Teatro de Pesquisa; Junta de Freguesia da Penha de França; Escola «o Botãozinho» | Carcavelos | Agradecimentos: Paula Cunha, Teresa Borges e Isabel Andrade.
03 Quinta-feira | 22h | Ginásio da Escola Secundária Sebastião da Gama
Frágil > Artistas Unidos
M/14 anos – Duração aprox.: 35 minutos
Frágil foi escrito para o Theatre Uncut, “um colectivo politicamente empenhado” para protestar contra os cortes radicais efectuados nas despesas públicas em Inglaterra.
A peça é uma tensa discussão entre Jack, um jovem dependente de cuidados de saúde mental, e Carolina, uma terapeuta do centro de apoio comunitário que acabara de perder o seu financiamento. Perturbado por esta notícia, Jack entrou à força em casa de Carolina a meio da noite. Após alguma discussão, Jack propõe um protesto que tornaria a situação de cidadãos vulneráveis como ele próprio, impossível de ser ignorada pelo governo.
Frágil alista os espectadores numa comunidade de participantes, colocando-os cara a cara e responsabilizando-os por uma inflexível exigência ética perante o Outro. Através de Jack, a precariedade é colocada em primeiro plano. Através do seu comprometimento coral e colectivo no espectáculo, os membros da audiência podem vir a assumir a necessidade de responder ao “outro vulnerável”, e tomar responsabilidade pelas suas acções e compromissos políticos, como um passo para o alcance da mudança social.
Ficha Artística e Técnica
Texto: David Greig | Tradução: Pedro Marques | Interpretação: Pedro Carraca | Cenografia e Figurinos: Rita Lopes Alves | Luz: Pedro Domingos | Fotografia: Jorge Gonçalves | Encenação: Jorge Silva Melo
04 Sexta-feira | 22h | Largo do Sapalinho
Sub, el Mundo de los Ocultos > Lapso Producciones | Origem: ESPANHA
M/12 anos – Duração aprox.: 50 minutos
Da escuridão do bunker, três almas permanecem enterradas em vida. Três palhaços que sobreviveram a um holocausto e, cujo único consolo para iludir a realidade do caos e da destruição é a música. Um espectáculo cheio de poesia e humor apesar da trágica história, contada a partir da ternura e inocência do universo clown. O cenário desempenha um papel importante envolvendo o trabalho com um marcante simbolismo estético servindo a cena como mais uma personagem, oferecendo ao espectador inúmeras surpresas e jogos visuais. Cenas rítmicas coreografadas, assim como a música, que, misturadas com disciplinas como a pantomima, pode lembrar-nos Chaplin em “O Grande Ditador”. Na peça, há espaço para monólogos, diálogos surreais, pequenas cenas ou habilidades técnicas executadas por três palhaços não convencionais, assim como o uso de elementos musicais diferentes, inéditos e originais. “Sub, el Mundo de los Ocultos” é um divertimento de constante bombardeamento de elementos surreais, grotescos e, sem dúvida, fértil em atractivos para todos os públicos.
Ficha Artística e Técnica
Encenação: Jorge Barroso “Bifu” | Interpretação: Rafael Rivera, Antonio y Rafa Campos | Música: Lapso Producciones | Iluminação e Som: Diego Cousido | Cenografia: Jorge Barroso “Bifu” / Gonzalo L. Narbona | Figurinos: Angie Paz / Engatosarte | Fotografia: Pepo Herrera | Vídeo: Cuarto Revelado | Comunicação: Noletia Comunicación Cultural | Produção: Lapso Producciones (Saray Angulo)
05 Sábado | 22h | Fórum Municipal Luísa Todi
Madre Coraje > Companhia Atalaya | Origem: ESPANHA
M/14 anos – Duração aprox.: 100 minutos
Com base na "História da vigarista e aventureira Coragem" de Grimmelhausen, a acção tem lugar entre 1624 e 1636, durante a Guerra dos Trinta Anos, um confronto cruel entre católicos e protestantes que ensanguentou a Suécia, a Polónia e a Alemanha. Aí surge Anna Fierling, uma vendedora de bugigangas conhecida como Mãe Coragem, pelo valor que parece ter em campo de batalha. Oportunista, cínica, auto-confiante, Anna vai de um território para outro trocando sempre a bandeira. O seu objectivo é sobreviver, lucrando com a guerra e proteger os seus três filhos. Está dividida entre a defesa intransigente da sua família e os seus interesses comerciais. A necessidade ou desejo de se "defender" no campo comercial, impedem Mãe Coragem de defender a vida dos seus filhos porque a guerra impõe as suas condições. Num mundo dominado pela crueldade e violência, confunde a sobrevivência do seu próprio negócio com da sua própria família. No final, sozinha e na extrema pobreza, deixou a sua golpeada carreta de comerciante, para continuar "a lutar e a defender-se" num mundo em ruínas, onde ela é mais uma vítima. Como Bertolt Brecht disse: "A guerra é somente a continuação do negócio por outros meios, mas o grande negócio da guerra não é feito pelas pessoas pobres e na guerra as virtudes humanas tornam-se mortais." Uma citação aplicável ao nosso tempo, entre aqueles que detêm o controlo financiero e a maior parte da população que sofre as suas devastações.
Projecto apoiado por INAEM e Ministerio de Cultura e Junta de Andalucía
Ficha Artística e Técnica
Texto: Bertolt Brecht | Adaptação, Encenação e Espaço cénico: Ricardo Iniesta | Interpretação: Carmen Gallardo, Lidia Mauduit, Raúl Vera, Jerónimo Arenal, Silvia Garzón, Manuel Asensio, María Sanz | Composição musical: Paul Dessau | Arranjos musicais: Luis Navarro | Coros: Esperanza Abad | Desenho de luz: Alejandro Conesa Diego Cousido | Construção da cenografia: La Fragua | Figurinos: Carmen Giles | Coreografia: Actores de Atalaya | Ambiente sonoro: Emilio Morales | Adereços de cena: Sergio Bellido | Assistente de encenação: Asier Etxaniz | Distribuição: Masé Moreno | Produção: Ángela Gentil | Administração: Rocío de los Reyes
SECÇÃO “MAIS FESTA” / A Concurso
Prolongando o sucesso da secção não oficial da Festa do Teatro, iniciada o ano passado, denominada “Mais Festa” damos continuidade a uma mostra de novos e imersivos criadores. Assim abrimos a possibilidade a jovens e estruturas emergentes a mostrarem o seu trabalho e dedicação, usufruindo da logística e promoção do Festival. O chapéu passará!
A Festa do Teatro, a cidade e o público terão a oportunidade de ver mais teatro.
O Festival de Teatro encara a secção “Mais festa” como um marco simbólico de resistência e persistência, uma visão positiva dos artistas, e de confiança no público.
21 Sexta | 19h00 | Auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama
A Mais Terna Ilusão > UmColetivo
M/16 anos – Duração aprox.: 50 minutos
Num ambiente de mistério, a madrugada das veladoras que, perante a morte, se deparam com um conflito fundamental entre o sonho e a vida, que atormenta as mentes e os pensamentos de um marinheiro. A mais terna ilusão é uma ficção de nós próprios que só o nascer do dia pode interromper.
Ficha Artística e Técnica
Texto: Fernando Pessoa | Dramaturgia: Ricardo Boléo | Interpretação: Cátia Terrinca | Desenho de Luz: Sara Garrinhas | Fotografia Sara Marques Moita
23 Domingo | 19h00 | Auditório da Escola Sebastião da Gama
A Menina é Má (Estreia) > Colectivo Sophiemarie (Associação Cultural No Man’s Land)
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
“A menina é má” reencontra, num excerto da obra Os Meus Sentimentos de Dulce Maria Cardoso, a figura do anti-herói no feminino. Num monólogo caracterizado pela manipulação em tempo real de sons e objectos (alguns em miniatura), a protagonista recria a seu belo prazer um universo próprio, amargo e quotidiano, mas pautado por muito sentido de humor. Intimista e envolvente, adaptável e móvel, “A menina é má” vai de encontro à linha performativa desenvolvida pelo Colectivo Sophiemarie.
Ficha Artística e Técnica
Concepção e Criação: Sophie Pinto e Vanda Cerejo | Apoio Dramatúrgico: Filipa Leão e Tiago Bôto | Interpretação: Vanda Cerejo | Texto a partir de: Dulce Maria Cardoso
27 Quinta-feira | 23h30 | Pátio Dimas
29 Sábado | 22h00 | Largo da Ribeira Velha
METAMORFOSE AMBULANTE > Circus VagaBunt
M/6 anos – Duração aprox.: 30 minutos
A “Metamorfose Ambulante” é uma performance de Clown Absurda e Interactiva com o público, partilhada através da mímica e manipulação de objectos.
O Clown viajante está ansioso por demonstrar ao público uma performance poético sobre a sua génese. Está tudo preparado, mas ainda faltam 5min. O que fazer durante este tempo? Quanto tempo dura o tempo?
Ficha Artística e Técnica
Criação e Interpretação: Leo Lobo | Participação Musical: Vicente Camelo
28 Sexta-feira | 19h00 | Ritália & Bocage
CAFÉ SIMÉTRICO, VISTO PELA ASSIMETRIA DOS PENSAMENTOS DELA (Estreia) > Tânia Alexandre
M/12 anos – Duração aprox.: 40 minutos
Madalena tem uma missão, observar este café, tudo o que nele encontra, e tentar percebê-lo. O que não esperava era que, ao pensar nele, fizesse uma viagem às suas memórias, pensamentos e emoções. Pensava ela que essas memórias estivessem guardadas na simetria do seu pensamento, contudo, encontra-se mergulhada nelas e percebe que a máscara que usa na vida não está assim tão segura. Afinal, a fuga para este café, aparentemente simétrico, é constante e mais fácil do que perceber a assimetria da sua alma.
Ficha Artística e Técnica
Encenação: Tânia Alexandre | Texto: Tânia Alexandre | Interpretação: Tânia Alexandre
29 Sábado | 19h00 | Auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama
COR PO (Estreia) > Paula Moita e Ricardo Guerreiro Campos
M/12 anos – Duração aprox.: 45 minutos
COR PO é um espectáculo construído a partir da relação do corpo com a cor, e com a sua própria história. Para a sentires, aproxima-te; vê como a cor contamina o que a rodeia. Deixa que ela se apodere do teu corpo. Deixa-a explodir dentro de ti. Sente-a. Quando estiveres cansado deixa-te guiar por ela.
Ficha Artística e Técnica
Criação e interpretação: Paula Moita e Ricardo Guerreiro Campos
30 Domingo | 19h00 | Auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama
DIX > 33ânimos
M/12 anos – Duração aprox.: 45 minutos
Abordar a obra de Otto Dix é uma experiência multíplice, é convidar para a cena as figuras do pintor alemão. Encontrámos as vozes ideais e os corpos grotescos para partilharem connosco o espaço cénico. Ao estabelecermos um diálogo com algumas figuras retratadas por Otto Dix, estamos sem dúvida alguma perante uma parte da História da Alemanha do século XX, desde as duas guerras mundiais, à crise iniciada em Wall Street em 1929, a ascensão de Hitler ou a divisão da Alemanha em duas, mas estamos também frente a frente com o cabaret, com o coleccionismo de arte, com a elite intelectual da época.
Ficha Artística e Técnica
Texto: Ricardo Cabaça | Interpretação: Daniela Rosado | Desenho de Luz: Alexandre Costa | Paisagem Sonora: Rui Geada | Figurinos e Caracterização: Mirró Pereira e Daniela Rosado | Fotografia e Design Gráfico: Rita Delille
03 Quinta-feira | 19h00 | Taifa (Av. Luisa Todi)
A VELHA AMPULHETA > Passos e Compassos
M/12 anos – Duração aprox.: 40 minutos
Está vazia a velha ampulheta. A areia tornou-se pó e com ele o tempo voou, levando consigo a história e a humanidade. Num cenário intemporal duas personagens desconhecidas cruzam-se na busca da sua consciência. O encontro inesperado com a sua individualidade, é-lhes oferecido pela descoberta de um objecto há muito desconhecido…
Ficha Artística e Técnica
Criação e cenografia: Ricardo Mondim | Encenação e interpretação: Ricardo Mondim e Rita Carvalho | Música: Um Corpo Estranho – Pedro Franco e João Mota | Músico convidado/ contrabaixo: Vítor Coimbra | Produção e masterização: Sérgio Miendez | Figurinos: Zé Nova | Imagem gráfica: Xoto c/ fotografia de Carlos Teixeira | Agradecimentos: A todos os que ainda "sonham" | Produção: Passos e Compassos 2014
05 Sábado | 19h | Casa da Cultura – Sala José Afonso
ENTREVISTA DE EMPREGO > Faísca Teatro
M/12 anos – Duração aprox.: 15 minutos
Entrevista: [?tr??vi?t?] Substantivo feminino. Do verbo “entrever” (ver indistintamente, pressentir, ver-se reciprocamente). Encontro combinado, conversa em que um dos interlocutores interroga o outro sobre os seus actos, ideias e projectos.
Emprego: [??pre?u] Substantivo masculino. Do verbo “empregar” (enlaçar, envolver, embaraçar, perturbar, ligar) que significa dar emprego a, ocupar, fazer uso de, servir-se de. Acto de empregar, ocupação remunerada, função de empregado
Ficha Artística e Técnica
Texto: Hayaldo Copque | Criação/Interpretação: André Susano, Anouschka Freitas, Fábio Vaz | Produção: Fábio Vaz, João Pires | Design Gráfico: António Limpo | Vídeo: André Susano | Fotografia: Irina Maio | Apoios: ESTAL, Academia de Artes de Lisboa, Pedro Caetano, Raquel Veloso, Alexandre Tavares, Diogo Tavares, Rebeca Sacasi, Rita Barbosa
SECÇÃO “MAIS FESTA” / Extra Concurso
21 Sexta-feira | 23h30 | Casa da Cultura - Café das Artes /Pátio do Dimas
Concerto > Tio Rex
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
Cantautor Setubalense apresenta o seu mais recente disco "Ensaio Sobre a Harmonia" (2015): um disco conceptual que se traduz numa viagem, por entre estados de espírito, em busca do equilíbrio.
Voz e Guitarras: Miguel Reis | Voz, Melódica e Piano: Marta Banza
22 Sábado | 23h30 | Casa da Cultura - Café das Artes /Pátio do Dimas
StandUp > Pedro Luzindro
M/16 anos – Duração aprox.: 60 minutos
“Entre o Estado e a Parede” Poderá o stand-up ser político? Deve! Terei soluções para os nossos problemas? Não! Deverão aparecer no meu espectáculo? Sim!
(Prometo galhofa da boa)
Formado em teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema, tem desenvolvido trabalho em comédia através de vários meios de expressão: teatro, televisão e, mais recentemente, stand-up.
27 Quinta-feira | 19h00 | Auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama
ARMAZÉM 33 > Armazém Malier Teatro
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
Armazém 33 é um espaço que permite o jogo entre a realidade e o sonho. A vida de três fiéis de armazém é posta a descoberto, vista pelo microscópio, através da pantomina e da técnica da máscara. Os seus medos e anseios, as suas alegrias e conquistas revelam-se quando um acontecimento inesperado rompe a rotina das suas vidas. Os caminhos de cada um deles cruzam-se e as memórias daquilo que foi, do que poderia ter sido e a possibilidade do que poderá vir a enriquecem este universo fantástico, sedento de futuro.
Ficha Artística e Técnica
Criação Colectiva e Interpretação: Mara Guerreiro, Marco Trindade e Sérgio Maciel | Co-encenação: Joana Chandelier | Co-produção: Viagem Teatro, Terceira Linha | Espaço Cénico e Figurinos: Viagem Teatro | Desenho de Luz: José Pedreira | Fotografia de Cena: Fernando Dinis | Colaboração Musical: Fernando Dinis
28 Sexta-feira | 23h30 | Casa da Cultura - Café das Artes/ Pátio do Dimas
BOCA DE CENA > Moniztico
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
Boca de Cena é um espectáculo multidisciplinar, de música, teatro e poesia, que convida o público a fazer uma viagem entre antípodas - desde o rap à música popular brasileira - propondo que estigmas e preconceitos se suspendam, dando lugar a uma nova linguagem comum. Em cena, Moniztico acompanha-nos neste percurso, ilustrando na primeira pessoa uma metamorfose que, desde o processo de recolha de referências à sua dinâmica criativa original, logra a consagração de uma identidade artística. Tendo a poesia como pedra basilar e com sustentáculo no seu trabalho discográfico homónimo "Boca de Cena", somos compelidos a revisitar o rap. Acompanhados pelo próprio, Moniztico propõe que olhemos para dentro da ponte que vai da pessoa ao artista e do artista à pessoa e que testemunhemos cada um dos passos que o reinventaram num backstage muito íntimo e que o fazem chegar à boca de cena.
Ficha Artística e Técnica
Criação Original: André Moniz e João Condeça | Encenação: João Condeça | Interpretação: André Moniz, Bernardo Gonelha | Músicos: David Enock e Zé Zambujo | Participação Especial: Kim Ostrowskij, Pedro Zlátan | Cenografia: Ricardo Guerreiro Campos | Coreografia: Sofia Crispim Rosado | Sonoplastia: Tiago Cruz (Môços do Beco) | Produção: André Moniz & Bêco | Assistente de Produção: João Condeça
29 Sábado | 23h30 | Largo da Ribeira Velha
CONCERTO > KALAFATE
M/12 anos – Duração aprox.: 70 minutos
"Música experimental inspirada no povo português, reinventada para os ouvintes do século XXI"
Duo setubalense, composto por Pedro Banza, na guitarra e Sérgio Azevedo, na percussão, interpretam temas instrumentais com fortes influências no blues, folk e na world music, sendo suportados com uma componente vídeo que leva o ouvinte a viajar pelo imaginário da alma lusitana. Desde o campo, à cidade, desde as recolhas etnográficas de há 60 atrás, as imagens da actualidade, Setúbal é um dos palcos principais para transmitir diversas mensagens universais e intemporais a qualquer lugar. Guitarra: Pedro Banza | Percussão/Samples Multimédia: Sérgio Azevedo
03 Quinta-feira | 23h30 | Casa da Cultura - Café das Artes/ Pátio do Dimas
04 Sexta-feira | 23h30 | Largo da Ribeira Velha
O QUÊ!! > Piores Artistas Unidos
M/12 anos – Duração aprox.: 60 minutos
O mundo da fantasia, da criatividade, da magia é muitas vezes associado única e exclusivamente às crianças. A maioria dos adultos recusa-se a fazer parte deste enredo por estarem demasiado bloqueados e até mesmo condicionados a determinadas condutas. Assim, criando um mundo mágico e de boa disposição nasce o espectáculo "O Quê!!". Este, mistura a arte da ilusão com a cénica teatral, criando não só magia mas, uma atmosfera mágica, acabando por palmear todas as cabeças dos espectadores, activando a imaginação dos mais pequenos e dos mais velhos, mostrando-lhes como é possível sonhar.
Ficha Artística e Técnica
Criação e performance: José Miguel Pereira
Actividades complementares
20 Quinta-feira | 19h00 | Claustros do Convento de Jesus
SESSÃO DE ABERTURA / Apontamento Musical > Bruno Moraes
Entrada livre M/12 anos – Duração aprox.: 45 minutos
Declaração de Abertura pelo Teatro Estúdio Fontenova, através do Director do Festival, e pela Câmara Municipal de Setúbal. A apresentação incluirá duas novidades desta XVII edição! Uma delas, o lançamento do concurso novos textos dramáticos, CENAS ESCRITAS, tendo como temática da 1ª Edição, “Afrodescendência e Luso-Africanidade”. E, duas novas extensões, uma territorial, durante o festival, e outra, temporal, de 12 a 15 de Novembro em Setúbal, incidindo também nas escolas do concelho. A abertura será seguida de apontamento musical por Bruno Moraes.
20 Quinta-feira | 23h30 | Ritália & Bocage
(Re)cantos ao Homúnculo com Moscatel
Após termos assistido a “uma das raras obrasmestras que no teatro português consegue operar o cruzamento entre a estética surrealista, o teatro do absurdo, e a sátira política”, segundo Armando Nascimento Rosa, trocaremos opiniões e ideias num encontro descontraído de partilha entre toda a equipa de “O Homúnculo” e o público em volta de um moscatel. E brindaremos decerto a Natália Correia!
Mestres do Cinema ao ar livre > Made In Café | Entrada livre
21 Sexta-feira | 22h | Parque Urbano da Albarquel
Curtas Metragens de Charlie Chaplin, p/b
M/6 anos – Duração aprox.: 124 minutos
O Imigrante (1917, 30min.) conta a história de alguém vindo para os Estados Unidos que é acusado de roubo na viagem pelo Oceano Atlântico, e se apaixona por uma bela jovem pelo caminho.
O Bombeiro (1916, 24min.) Charlie é um bombeiro que faz sempre tudo errado. Um homem convence o Chefe dos Bombeiros a ignorar a sua casa em chamas, querendo o dinheiro do seguro, sem se aperceber que a sua filha (o amor do Chefe) está dentro da casa. Quando a casa ao lado se incendeia o dono chama Charlie, que por sua vez, chama os bombeiros.
Charlot Prestamista (1916, 25min.) Chaplin compete com o seu colega assistente na loja de penhores. Quase destrói tudo na loja, incluindo ele mesmo. Ajuda a capturar um ladrão, e… destrói o relógio de um cliente enquanto o examina ao detalhe.
Charlot Maquinista (1916, 30min.) Filme escrito e dirigido por Charlie Chaplin. O filme passa-se num estúdio de cinema, onde um assistente de cena, David (Chaplin) tem um supervisor, Golias (Campbell). Charlie é um trabalhador com excesso de trabalho que ajuda uma jovem mulher a arranjar trabalho, enquanto os seus colegas entram em greve contra um chefe tirânico.
Charlot e o Guarda-Chuva (1914, 15min.) Chaplin e Sterling interpretam dois jovens que lutam sobre a oportunidade de ajudar uma jovem mulher a atravessar uma rua enlameada. Ambos dizem à mulher para esperar, enquanto vão buscar algo para a ajudar. Enquanto não voltam, um polícia aparece e ajuda a mulher a atravessar. Ao voltar, Sterling indigna-se por ver que a mulher não esperou… e aí, começa uma luta que, eventualmente, envolve Chaplin.
22 Sábado | 16h00 | Casa da Cultura - Café Sala José Afonso
LANÇAMENTO DE LIVRO > “Teatro” de Lucianno Maza com Leitura Encenada | Entrada livre
Lançamento do livro “Teatro” de Lucianno Maza, dramaturgo, encenador, crítico e curador teatral, pela primeira vez em Portugal. O livro, já editado no Brasil, reunirá os seguintes textos dramáticos: “Carne Viva”, a ser estreada no Festival; “Três T3mpos; “No meio do Caminho”; ”A Memória dos Meninos”; e, “Temporal”. Textos que, de alguma forma, lidam com os temas da memória-lembrança e da dor compartilhada entre amantes,
Fotografia: Pauliana Valente Pimenteldesconhecidos, família ou em solidão.
A apresentação será levada a cabo por Luísa Monteiro (investigadora na área de literatura, escritora e encenadora). A leitura encenada contará com a direcção de Paulo Lage e a participação dos actores Cátia Terrinca, Guilherme Barroso, Sofia Baessa e Tiago Castro.