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Imprensa Nacional lança Prémio de Jornalismo em homenagem a Vicente Jorge Silva

O júri do prémio é presidido por Nicolau Santos, presidente do Conselho de Administração da agência Lusa, e contará com Manuel Carvalho, diretor do "Público", e com João Vieira Pereira, diretor do "Expresso".

Jornalista e cofundador do Público, Vicente Jorge Silva morreu esta terça-feira aos 74 anos. [Foto: Inácio Rosa / Lusa]

 

A Imprensa Nacional anunciou esta terça-feira o lançamento do Prémio de Jornalismo de Excelência Vicente Jorge Silva, dirigido a jovens em início de carreira, pretendendo desta forma promover o jornalismo de distinção e homenagear o jornalista, que morreu hoje.

O prémio, no valor de cinco mil euros, será atribuído anualmente ao autor da melhor peça noticiosa, que tenha menos de 30 anos de idade e esteja em início de carreira, refere um comunicado hoje divulgado.

O comunicado acrescenta que “a escolha do meio de comunicação social onde será publicado o trabalho premiado será feita de forma rotativa pelo júri e a sua publicação contará com o suporte financeiro da Imprensa Nacional” - editora pública e parte integrante da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM).

O júri do prémio é presidido por Nicolau Santos, presidente do Conselho de Administração da agência Lusa, e contará com Manuel Carvalho, diretor do jornal Público e com João Vieira Pereira, diretor do Expresso, dois jornais que marcaram a carreira de Vicente Jorge Silva.

Citado no comunicado, o presidente da INCM, Gonçalo Caseiro, acentua que mais do que um ícone da comunicação social livre e bem pensante, Vicente Jorge Silva foi “uma figura marcante do jornalismo em Portugal, antes e depois do 25 de Abril, e uma personalidade ativa na defesa da cultura portuguesa”.

Nicolau Santos, salienta, por seu lado, a “enorme” e “pesada responsabilidade” que é aceitar o convite para presidir ao prémio que a INCM decidiu criar para preservar a memória de Vicente Jorge Silva.

“Uma enorme honra”, refere Nicolau Santos, “porque Vicente Jorge Silva foi o jornalista mais importante na imprensa escrita em Portugal desde o início de 60 até aos anos 90 do século XX e deixa uma marca incontornável no panorama editorial” e uma “pesada responsabilidade porque este prémio visa estimular aquilo que mais tem vindo a definhar na imprensa escrita nacional: a capacidade de investigar criteriosamente, de fazer extraordinárias reportagens, de contar histórias surpreendentes, de concretizar entrevistas inesquecíveis, nunca se restringindo aos 92.000 km2 [quilómetros quadrados] que as fronteiras portuguesas delimitam”.

“Este prémio visa conseguir, junto de todos que nunca deixaram de estar apaixonados pela melhor profissão do mundo – como ele sempre esteve -, que o seu inesquecível legado nunca se perca e se replique eternamente” acrescenta o presidente da Lusa.

A imagem e identidade do prémio vão ser desenvolvidas pelo designer e ilustrador Henrique Cayatte, que foi convidado por Vicente Jorge Silva a integrar a criação do jornal Público, onde foi cofundador, editor gráfico, ilustrador e autor do design de toda a publicação e suplementos do jornal.

O jornalista Vicente Jorge Silva, cofundador e primeiro diretor do jornal Público, morreu na madrugada de hoje, em Lisboa, aos 74 anos, disse à agência Lusa fonte da próxima da família.

Natural do Funchal, onde nasceu em 08 de novembro de 1945, Vicente Jorge Silva era um apaixonado por cinema, mas acabou por fazer carreira no jornalismo, tendo ainda sido deputado, uma experiência da qual não gostou.

Vicente Jorge Silva marcou uma geração no jornalismo em Portugal, sendo dele a polémica expressão "geração rasca", num editorial que assinou aquando das manifestações estudantis contra a então ministra da Educação do Governo de Aníbal Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite.

Começou por escrever artigos sobre filmes na página “Foco”, do Jornal da Madeira, tendo assumido mais tarde a direção do Comércio do Funchal, sido chefe de redação e diretor-adjunto do jornal Expresso e cofundador e primeiro diretor do jornal Público, iniciado em 1990.

Ganhou dois prémios enquanto jornalista, um deles o Prémio Cupertino Miranda, considerado o principal prémio do jornalismo português na altura. Foi-lhe proposta ainda uma condecoração, que recusou.

Como realizador de cinema foi autor de “O Limite e as Horas” (1961), “O Discurso do Poder” (1976), “Vicente Fotógrafo” (1978), “Bicicleta - Ou o Tempo Que a Terra Esqueceu” (1979) e “A Ilha de Colombo (1997)”. Porto Santo (1997), seu último trabalho no cinema, foi exibido no Festival Internacional de Genebra.


in Renascença | 8 de setembro de 2020
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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