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"História de Juliette ou As Prosperidades do Vício" tem nova edição

Tortura, assassínio e incesto. São apenas alguns dos ingredientes da História de Juliette ou As Prosperidades do Vício, romance amoral do divino Marquês de Sade que provocou um escândalo no seu tempo, e o levou à prisão mesmo tendo-o publicado anonimamente.


Dois séculos depois, este ambicioso romance é visto como uma metáfora do Iluminismo e uma das obras maiores do autor. Um clássico do erotismo, que viaja sem limites pelo corpo e pela sexualidade, e que será agora reeditado pela Guerra e Paz Editores, com tradução de Rui Santana Brito. Celebremos o génio de Sade, reencontrando Juliette, e a sua pulsão ninfomaníaca.

«Se Sade não tivesse existido, teria de ter sido inventado…» A frase é do escritor francês Georges Bataille e expressa muito bem o génio excecional de Donatien Alphonse François de Sade: o Marquês de Sade. Uma figura controversa do século XVIII e início do século XIX, que viria a imortalizar-se pelo violento desprezo que nutria pelos valores religiosos e morais da sua época, tendo o termo «sadismo» passado a figurar nos dicionários, a partir de 1834, graças aos seus romances subversivamente sórdidos e amorais.

Entre o seu catálogo de obscenidades, que inclui, entre outras obras, Os Cento e Vinte Dias de Sodoma ou A Filosofia na Alcova, viria a destacar-se o romance História de Juliette ou As Prosperidades do Vício. Publicado sob anonimato entre 1797 e 1801, em seis volumes, a obra centra-se na personagem de Juliette, ninfomaníaca amoral que acaba feliz e bem-sucedida, ao contrário da sua desafortunada irmã Justine, protagonista de Justine ou Os Infortúnios da Virtude, outro romance de Sade.

Educada num convento – tal como Sade o foi, num colégio Jesuíta –, a protagonista é corrompida desde os 13 anos e embarca numa aventura que inclui todos os tipos de depravação imagináveis. Tortura, assassínio e incesto são apenas alguns dos ingredientes desta ultrajante obra literária, que provocou um escândalo colossal no seu tempo e foi proibida. Atualmente é vista como a maior e mais ilustrativa obra-prima de Sade e, para alguns, como a personificação da filosofia iluminista. Uma viagem sem limites pelo corpo e pela sexualidade, fixando a relação entre violência e os equilíbrios e desequilíbrios do poder e a estratégia de sobrevivência a que essas relações obrigam.

Dois séculos depois, a Guerra e Paz Editores celebra o génio de Sade numa novíssima edição de História de Juliette ou As Prosperidades do Vício. Não aconselhável a almas sensíveis nem a espíritos frágeis, a obra chega à rede livreira nacional, numa tradução de Rui Santana Brito.
 
História de Juliette ou As Prosperidades do Vício 
Marquês de Sade
Ficção / Romance
872 páginas · 15,5x23 · 23 €
Guerra e Paz, Editores

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