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Cinemateca exibe filmes restaurados da geógrafa Raquel Soeiro de Brito

Registados no âmbito de trabalhos de campo, filmes como Erupção Vulcânica dos Capelinhos, Ilha do Faial, de 1958, constituem “um cinema de construção de identidades”, diz a Cinemateca.

A geógrafa Raquel Soeiro de Brito por Mariana Lopes Raquel Soeiro de Brito não passou despercebida no Faial quando ali aterrou para estudar a erupção do vulcão dos Capelinhos_Salvador Fernandes

Três curtas-metragens realizadas pela geógrafa Raquel Soeiro de Brito foram restauradas e vão ser exibidas em março pela Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, numa homenagem à autora de um "cinema de construção de identidades".

A sessão está marcada para dia 18 e integra os filmes Erupção Vulcânica dos Capelinhos, Ilha do Faial (1958), Macau (1960) e São Tomé e Príncipe (1964), que foram restaurados e digitalizados pela Cinemateca no âmbito do projeto FILMar.

Na programação de março, a Cinemateca Portuguesa afirma que o trabalho fílmico da geógrafa Raquel Soeiro de Brito, de 97 anos, é "um cinema de construção de identidades, porque capta o que a paisagem e as suas múltiplas morfologias guardam".

A Cinemateca justifica a digitalização daqueles três filmes por contribuírem "para a redescoberta de um cinema de observação, de interpretação e de questionamento sobre como pode a imagem servir de mapa para a memória".

Raquel Soeiro de Brito, geógrafa, "pioneira do cinema geográfico" e professora catedrática jubilada, foi uma das fundadoras da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Foi a primeira mulher a doutorar-se em Portugal na disciplina de Geografia, em 1955, com uma tese sobre a ilha de São Miguel, nos Açores, e é dela um estudo de relevo sobre o vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial, em 1957.

Foi lá que, integrada na equipa do geógrafo Orlando Ribeiro, registou Erupção Vulcânica dos Capelinhos, Ilha do Faial, "que guarda imagens da atividade vulcânica que se estendeu ao longo de mais de um ano" e que, segundo a Cinemateca, regista imagens que ainda hoje são "essenciais para o estudo da vulcanologia e das alterações geográficas da ilha".

"Raquel Soeiro de Brito não chamaria cinema aos seus filmes de estudo e registo de práticas e mudanças humanas, naturais e geológicas. Mas é de cinema que se trata, porque de uma mediação, através da câmara, de paisagens sociais e morfológicas, depois traduzidas em ensaios, compreensão e estudos", escreve a Cinemateca.

A sessão com os três filmes terá acompanhamento musical ao vivo por Raw Forest, alter ego da artista Margarida Magalhães.


Fonte: Lusa | 22 de fevereiro de 2023

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