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Realizador João Botelho expõe Polaroids e diz que é "uma brincadeira"

"Fotografias Imperfeitas? Ainda Bem" é o nome da exposição que reúne 23 Polaroids e um autorretrato do realizador João Botelho. A mostra está patente no Teatro do Bairro em Lisboa. As fotografias estão também reunidas em livro.

Autorretrato João Botelho em Polaroid

Conhecemos o seu nome do cinema. Está habitualmente atrás da câmara de filmar, mas desta vez deram-lhe para a mão uma máquina fotográfica instantânea. O realizador João Botelho usou uma Polaroid para registar momentos. O resultado está na exposição “Fotografias Imperfeitas? Ainda Bem”.

O projeto fotográfico nasceu do desafio de Fernando Gonçalves que pediu a João Botelho para voltar a fotografar com uma Polaroid. O realizador faz as contas de cabeça e explica que “há mais de 40 anos” que não pegava numa máquina fotográfica instantânea.

“A Polaroid é tão atrativa, como é perigosa” afirma o experiente realizador de cinema que fez 23 Polaroids e um autorretrato. Na sua opinião, “é preciso uma certa luz. Luz a mais queima tudo, pouca luz não se vê nada e fica tudo desfocado” indica, acrescentando que “o enquadramento às vezes é perigoso, não se acerta muito” porque a objetiva está de lado.

João Botelho registou a sua Lisboa, o mundo em seu redor. “Moro no Príncipe Real há 40 e tal anos” explica o realizador que começou por fotografar o Jardim Botânico de Lisboa, depois retratou o que diz serem “umas montras ridículas”, e fotografou “os céus”, “as buganvílias” etc.

A somar às fotografias, João Botelho escreveu umas “pequenas narrativas”, onde conta o que quis retratar. Umas das imagens diz que “é um fantasma”. “Aquilo que eu via, não era nada daquilo! Aquilo foi simplesmente a Polaroid que inventou aquilo!” conta o autor do filme sobre Alexandre O’Neill que ficou surpreendido com algumas das imagens que agora mostra.

Este projeto de livro e exposição já contou antes com os trabalhos do artista Pedro Cabrita Reis e da escritora Luísa Costa Gomes. Agora João Botelho deu outra vida, porque além de fotografar, também pintou sobre as imagens.

“Podem-se pintar e raspar. Pintei-as com acrílico. É difícil porque seca logo” diz Botelho que fala desta “boa brincadeira” em que se meteu e que agora pode ser visitada até 30 de julho no Teatro do Bairro, com entrada gratuita.

Esta exposição integra o projeto Pillow Book – Livro de Cabeceira & Polaroid da Incubator Photo Gallery, numa parceria com a Ar de Filmes/Teatro do Bairro. Depois de João Botelho, este projeto vai ser replicado por outros criadores como António Pires, Carlos Martins, Nuno Carinhas, Rui Chafes, Pedro Migueis, Paulo Moura, entre outros.


por Maria João Costa in Renascença | 4 de junho de 2023
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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