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Vila Nova de Cerveira vai ter pavilhão na Bienal de Arte de Macau

A Fundação Bienal de Arte de Cerveira vai ter, a partir de 1 de agosto, um pavilhão na Bienal Internacional de Arte de Macau 2023 (Arte Macau).

Foto © Fundação Bienal de Arte de Cerveira

O Instituto Cultural (IC) de Macau indicou, em conferência de imprensa, que a exposição de Vila Nova de Cerveira, intitulada “A Metafísica da Sorte e a Ciência do Azar”, vai exibir uma seleção de 27 obras de “artistas de diferentes países e gerações”.

O pavilhão, comissariado pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira, vai mostrar “diferentes visões do mundo e refletir as consonâncias e contradições entre as tradições religiosas, superstições e ciências”, disse o IC, em comunicado.

A exposição de Vila Nova de Cerveira, apresentada pelo Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, vai estar patente no Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino de Macau.

A diretora do IC, Leong Wai Man, disse à Lusa que a escolha surgiu de “uma negociação mútua” com o consulado de Portugal e sublinhou que a Bienal de Arte de Cerveira, realizada pela primeira vez em 1978, “é muito significativa”.

Numa mensagem de vídeo divulgada na conferência de imprensa, o curador chefe do Arte Macau 2023, Qiu Zhijie, destacou a obra Estatística Milagrosa, do macaense Carlos Marreiros, “inspirada no catolicismo português”, incluindo nos milagres de Santo António.

Os macaenses são uma comunidade euro-asiática, tradicionalmente católica, com muitos lusodescendentes e raízes em Macau.

Qiu Zhijie, também vice-diretor da Academia Central de Belas Artes chinesa, avançou que o mexicano Pablo Helguera vai trazer à Arte Macau o espetáculo ‘The Memory Palace of Matteo Ricci’ (O Palácio da Memória de Matteo Ricci).

O espetáculo é baseado num livro do historiador norte-americano Jonathan Spence sobre a vida do italiano Matteo Ricci (1552-1610), um dos primeiros jesuítas a viver na China e coautor do primeiro dicionário português-chinês.

A exposição principal da Arte Macau 2023 vai ser inaugurada a 28 de julho e a bienal irá decorrer até outubro, com obras de mais de 200 artistas de 20 países e territórios, em 30 mostras espalhadas pela cidade.

Leong Wai Man disse que, com o fim das restrições sanitárias devido à pandemia da covid-19, haverá “um aumento significativo de obras estrangeiras” e um maior “intercâmbio entre artistas locais e internacionais”.

A diretora dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, disse à Lusa acreditar que o “megaevento de nível internacional possa servir para atrair mais turistas” à região.

Macau reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 08 de janeiro, depois de quase três anos de restrições sanitárias.

“Os artistas internacionais vão poder vir para Macau”, destacou Senna Fernandes, o que não aconteceu na anterior edição da bienal, em 2021. “Sem a presença do próprio artista, não é a mesma coisa; vai poder haver intercâmbio”, acrescentou.

O orçamento total do Arte Macau 2023, suportado pelo Governo, é de 12 milhões de patacas (1,4 milhões de euros), valor que não inclui os eventos organizados pelas seis operadoras de casinos, indicou à Lusa a presidente do IC.


Fonte: LUSA | 5 de junho de 2023

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