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Museu do Porto reabre a Antiga Casa da Câmara com a «A Urgência da Cidade»

Exposição temporária celebra o lugar e 100 anos de nascimento do Arquiteto Fernando Távora

«A Urgência da Cidade: o Porto e 100 anos de Fernando Távora» reabre as portas da Antiga Casa da Câmara, espaço que passará a integrar a rede do Museu do Porto. A exposição inaugura a 24 de agosto, às 18h. O Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, presidirá a abertura, que conta também com a presença do Diretor do Museu e Bibliotecas do Porto, Jorge Sobrado, e do curador científico da exposição, Manuel Real. 

Na data em que se assinala o centenário do nascimento do arquiteto Fernando Távora, “a exposição que reabre a Antiga Casa da Câmara – tal como a precedente intervenção de conservação e restauro – é, em si mesma, uma operação urgente de resgate”, sublinha o Diretor do Museu e Bibliotecas do Porto, Jorge Sobrado.

A exposição, com coordenação de Jorge Sobrado e curadoria científica de Manuel Real, visa a história da cidade, da torre cujas origens remontam ao século XIV e à iconografia do poder municipal, mas também a sua reencarnação contemporânea, que evoca a arquitetura moderna e erudita do seu autor, o Arquiteto Fernando Távora, cujo centenário de nascimento o Museu e as Bibliotecas do Porto celebram em 2023. O palmo de Távora que serve de medida à Casa, a antiga bandeira da Cidade, o brasão liberal, a inscrição do título da Cidade Invicta ou a estátua do guerreiro-fundador “O Porto”, são alguns dos símbolos destacados na exposição.

A iniciativa devolve ainda um olhar sobre o mestre e fundador da chamada «Escola do Porto», a sua formação e a relação biográfica e profissional que estabelece com a cidade, propondo ao visitante um roteiro de vida e obra, que põe em evidência alguns dos projetos mais eloquentes do seu pensamento e intervenção: o estudo de renovação do Barredo, o SAAL em Miragaia, o projeto urbano do Campo Alegre, o Bairro de Ramalde, a reabilitação do Palácio do Freixo ou a reconstrução desta “Torre de Memórias”. Neste contexto, a exposição inaugural da Antiga Casa da Câmara apresenta um conjunto de testemunhos inéditos de colegas e discípulos, como Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura e António Menéres.

“A presente exposição pretende ser uma justa homenagem ao Professor Arqº Fernando Távora e aproveita a celebração do centenário do seu nascimento, para sublinhar o muito que lhe deve a cidade do Porto e para divulgar, junto do grande público, a sua cultura ímpar e o modo original de pensar a Arquitetura”, destaca o curador da exposição, Manuel Real.

© Arquivo Germano Silva

 

A festa de reabertura do novo espaço do Museu do Porto também acontece na rua, às 19h, com um concerto do coletivo portuense Retimbrar, cujo projeto se dedica aos ritmos tradicionais portugueses.

«A Urgência da Cidade: o Porto e 100 anos de Fernando Távora» está patente na Antiga Casa da Câmara até 29 de outubro, de terça-feira a domingo, das 12h às 19h.

Programação paralela

A exposição extravasa as paredes da antiga torre medieval, com um programa de mediação com a comunidade vizinha e público geral, desenhado por Vanessa Espínola. As propostas começam a 23 de setembro, com oficinas e caminhadas nas imediações do Museu.

No decorrer da exposição será ainda apresentado o ciclo de conversas «Távora — Identidade e Circunstância», que juntará antigos colaboradores, alunos e amigos de Fernando Távora, bem como arquitetos que inscrevem a sua visão nas suas práticas. Na Antiga Casa da Câmara, durante quatro semanas, às sextas-feiras às 18h, será debatida a complexa gramática de Fernando Távora. O ciclo arranca no dia 29 de setembro com os arquitetos Paula Santos e Nicolau Brandão, na sessão «Távora: Aula e Festa», com moderação de Teresa Cunha Ferreira. Na sexta-feira, 6 de outubro, serão aprofundadas as perspetivas clássicas e modernas do património assinado pelo arquiteto. Na semana seguinte será convocada a portugalidade e universalidade da sua obra, culminando a reflexão, a 20 de outubro, sobre o presente e futuro do legado de Távora. A participação nas atividades é gratuita, sujeita à lotação do espaço.

Centrado nos patrimónios do Museu e Bibliotecas do Porto, o programa quinzenal «Um Objeto e Seus Discursos» regressa à agenda da cidade, para uma segunda temporada. No sábado, dia 30 de setembro, a «Torre da [Rolaçom]», iniciativa dos homens bons do concelho, será o foco da conversa «Antiga Casa da Câmara — Poder e Arquitetura». Manuela de Melo, jornalista e antiga vereadora da Câmara Municipal do Porto e anterior deputada da Assembleia da República, e Carlos Martins, professor e arquiteto que colaborou com Fernando Távora, são os convidados do segundo momento da nova temporada de “Um Objeto e seus Discursos”. A sessão decorre às 18 horas, na Antiga Casa da Câmara, e terá moderação da museóloga Suzana Faro. A entrada é gratuita, sujeita a inscrição prévia, e limitada à lotação do espaço.

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