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Prémio LeYa 2023 atribuído ao romance Não há Pássaros Aqui, de Victor Vidal

O Júri do Prémio LeYa decidiu atribuir, por unanimidade, o Prémio LeYa 2023 ao romance Não há Pássaros Aqui, de Victor Vidal. 

O Júri começa por sublinhar a coerência entre a escrita correntia tão adequada à inserção de uma história invulgar de grande violência e de segredos escondidos na aparente banalidade do quotidiano. Mas o Júri não valoriza menos o acerto da análise psicológica, tanto no resgate da memória da infância, quanto perante os acontecimentos mais brutais das relações familiares (em particular entre filha e mãe).

Na escrita orgânica deste romance está sempre presente a materialidade do corpo e as diferentes formas de o dizer e de o ferir, ao mesmo tempo que os mistérios se vão desvendando com a mesma força com que no fim a pintura reveladora, mas dilacerante, tem de ser destruída.

Sobre o autor    

Victor Raphael Rente Vidal, nascido em 1991, no Rio de Janeiro (32 anos), é formado em História de Arte, na especialidade de arte japonesa. Desenvolve a sua atividade na área académica. Doutorando em Artes Visuais pelo PPGAV-Univ. Federal do Rio de Janeiro, na linha de pesquisa em História e Crítica da Arte. É mestre em Estudos Contemporâneos das Artes pelo PPGCA-UFF (2017). Bacharel em História da Arte pela Escola de Belas Artes da UFRJ (2014). Não há pássaros aqui é o seu primeiro livro.

Júri

O júri do Prémio LeYa 2023 é formado por Ana Paula Tavares, poeta e historiadora, Isabel Lucas, jornalista e crítica literária Manuel Alegre, poeta (Presidente do júri), José Carlos Seabra Pereira, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Josélia Aguiar, jornalista e historiadora, Lourenço do Rosário, ex-Reitor da Universidade Politécnica de Maputo, Nuno Júdice, poeta e Professor universitário.

Esta foi a edição mais concorrida do Prémio LeYa desde a sua criação, em 2008. Foram recebidas 907 candidaturas de 14 países. Portugal, Brasil, Angola e Moçambique são os países de onde provêm mais originais, mas foram registadas candidaturas de França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Cabo Verde, Suiça, Guiné-Bissau, Paraguai, Países Baixos e Emirados Árabes Unidos. Esta foi, também, a primeira edição na qual a submissão de originais a concurso foi exclusivamente feita através de plataforma digital.

Sobre o Prémio LeYa

Com características únicas pela sua especificidade e valor, o Prémio LeYa foi criado em 2008 com o objetivo de distinguir um romance inédito escrito em português. Com o valor de 50 mil euros, o Prémio LeYa é o maior prémio literário para romances inéditos em língua portuguesa. Ao longo de todo o processo de leitura e avaliação, a autoria dos romances é desconhecida. A autoria do romance vencedor, selada em sobrescrito, apenas é conhecida depois de tomada a decisão do júri. Desde a sua criação, o Prémio LeYa tem permitido à LeYa descobrir novos talentos de língua portuguesa e a sua promoção internacional. Até 2023, o Prémio LeYa já distinguiu 12 obras e deu lugar à publicação de 36 livros inéditos.

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