"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Um livro de vida e um livro de futuro

Sabemos como era Portugal e o mundo na década de 1970 e o que mudou desde então. E mesmo não sabendo o que nos reserva o futuro, sabemos o que nos preocupa e que sociedade ambicionamos. 

É, por isso, tempo de projectar esse amanhã fazendo face, com a participação cívica de todos, aos novos desafios de um mundo global. É esse desafio de cidadania que Luís Parreirão, antigo secretário de Estado da Administração Interna e secretário de Estado das Obras Públicas, faz aos leitores do seu novo livro Razão de Ser. Resultante da transcrição de uma grande entrevista que o jurista e gestor concedeu a Pedro Luiz de Castro e Rui Avelar, a obra revisita a vida de Parreirão desde os tempos de estudante e presidente da Associação Académica de Coimbra até à actualidade. Razão de Ser chega à rede livreira nacional no dia 21 de novembro de 2023, numa edição Guerra e Paz, prefaciada por José Manuel Martins Lopes, director da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Católica (Centro Regional de Braga), e ilustrada por André Batista. 
 
Nas páginas de Razão de Ser, Luís Parreirão afirma que «vivemos tempos de ousar porque esta é a oportunidade de uma geração, daqueles que estão agora a entrar no mercado de trabalho ou no início das suas carreiras. É deles o momento de construir um novo modelo de sociedade em que todos possam ter acesso à dignidade que, hoje em dia, é tantas vezes negada, ou, pior, camuflada.»
 
No livro que agora chega aos escaparates, e que resulta de uma entrevista de Parreirão aos jornalistas Pedro Luiz de Castro e Rui Avelar, o antigo governante sublinha que se impõe construir em Portugal um novo modelo de equilíbrio territorial que assegure a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, independente da região a que pertençam. É, acrescenta, tempo de «reconstruir o modelo democrático a que nos acomodámos e que, porventura, não considera nem enquadra as novas realidades que as dinâmicas sociais foram criando.»
 
Apelando a uma cidadania activa, ambiciosa e audaz, o autor analisa ainda um dos grandes desafios com que a nossa sociedade se depara: «é necessário encontrar novas formas de organização internacional, capazes de “governar” o mundo policêntrico em que vivemos sem fazer “vista grossa” às ditaduras.».
 
Além dos apelos que deixa aos que serão o futuro do país e do mundo, Parreirão fala também do passado e recorda o seu percurso de vida nas últimas quatro décadas. Entre as muitas memórias, destaque para a inclusão do discurso do autor na abertura solene das aulas na Universidade de Coimbra, em 1983, e a reprodução de uma fotografia a cores oferecida e assinada por Mário Soares, figura incontornável do Partido Socialista e da democracia portuguesa, pela qual Parreirão assume ter enorme admiração. «Foi o maior político português do século xx […] Se não fosse Mário Soares, algumas das tensões iniciais da sociedade portuguesa democrática estariam ainda hoje por ultrapassar […] Ele soube fazer a guerra e fazer a paz, fazer o combate e a reconciliação. O Dr. Soares não tinha medo da sombra. O pior que pode acontecer a um político é ter medo da sombra.»
 

Razão de Ser
Luís Parreirão
Não-Ficção / Entrevista
144 páginas · 15×23 · 16 €

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