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Graça Morais apresenta obra "Maria" no Museu do Homem em Paris

Graça Morais convidada a expor no Museu do Homem partilhou o seu entusiasmo e satisfação por participar na exposição Préhistomania, que se realiza em Paris de 17 de novembro de 2023 a 20 de maio de 2024.

© Graça Morais, Maria, 1982, Óleo e carvão sobre tela, 145 x 206 cm, Coleção da Artista.

A artista Graça Morais apresenta uma das suas obras mais emblemáticas, "Maria", na  exposição Préhistomania no Museu do Homem, em Paris. A exposição inaugurada a 17 de novembro, proporciona aos visitantes uma rara oportunidade de testemunhar a expressão artística da humanidade por meio de pinturas, desenhos, arquivos e fotografias, desde a pré-história até os dias atuais.

Os três curadores da exposição, Richard Kuba, Jean-Louis Georget e Egídia Souto familiarizados com o trabalho de Graça Morais através de exposições anteriores, selecionaram “Maria” como uma das peças da mostra. A pintura, datada de 1982, cativa pela espontaneidade do desenho, evoca elementos de arte rupestre e de um universo habitado por animais, mulheres e homens nascidos entre as rochas, que carregam as marcas antigas da humanidade desde as gravuras do santuário do Côa até a tragédia representada em “Guernica” de Picasso.

Maria é  uma obra que transcende o tempo, explorando a ligação profunda da artista com suas raízes e identidade como mulher.

“Maria,  representa um universo de referências da condição da mulher como figura principal nos trabalhos dos dias de um mundo rural , é o retrato de uma mulher camponesa, de Trás-os-Montes, nascida e vivida numa pequena comunidade, isolada entre montanhas, cheia de histórias, de sacrifícios e de luta pela sobrevivência, representa uma narrativa de um mundo em extinção“, disse Graça Morais.

Esta obra que une o primitivo ao contemporâneo encontra agora o seu lugar ao lado de artistas consagrados como Paul Klee, Jackson Pollock, Wilfredo Lam e Jean Arp.

“Quando estávamos a organizar a exposição e a pensar na selecção das peças, decidimos imediatamente incluir o artista senegalês Abdoulaye Diallo e a artista portuguesa Graça Morais. O trabalho de ambos estava em sintonia com o que queríamos apresentar na exposição, que era o facto de artistas da mesma geração e de diferentes continentes continuarem a inspirar-se nestas pinturas e reinterpretarem as obras dos antepassados. É importante mostrar que os símbolos misteriosos das origens continuam a exercer a mesma fascinação”, disse Egídia Souto, uma das curadoras da exposição.

“Sinto-me privilegiada por participar no mesmo espaço com artistas notáveis e ter a oportunidade de expor no Museu do Homem, um local que tem um significado pessoal profundo para mim desde os meus anos como bolseira da Gulbenkian em Paris”, afirma Graça Morais.

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