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Documentário imersivo sobre Gisberta Salce e transfobia selecionado para festival norte-americano SXSW 2024

O documentário imersivo ‘Seu nome era Gisberta’, criado por Sérgio Roxo, antigo estudante do Instituto Politécnico de Leiria, acaba de ser selecionado para a programação do festival SXSW 2024, que decorre entre os dias 8 e 16 de março, em Austin, capital do estado norte-americano do Texas.

O documentário apresenta uma experiência imersiva, em Realidade Virtual, sobre um dos casos mais mediáticos de transfobia ocorridos em Portugal: o assassinato de Gisberta Salce. Tem como missão fomentar a educação e proteção de pessoas trans, principalmente em Portugal e no Brasil, agindo como ferramenta para a educação social/cívica e para a promoção do diálogo e a reflexão. O filme imersivo foi realizado com base em entrevistas, um extenso levantamento teórico e uma análise de 68 peças jornalísticas, no decorrer de dois anos.

O projeto de animação em 360 graus, narrado em Português do Brasil, foi realizado no âmbito do mestrado em Comunicação e Media, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), tendo obtido a classificação máxima na sua defesa, realizada em junho de 2023. Para a concretização do filme, Sérgio Roxo contou com o apoio do ilustrador Pedro Velho, também antigo estudante do Politécnico de Leiria, e da atriz de voz trans Alexia Vitória.

No ano passado o documentário marcou presença no Dok Leipzig - Festival Internacional de Documentário e Animação de Leipzig e no o Ji.hlava IFF - Festival Internacional de Documentário de Jihlava, na Chéquia, representando o Politécnico de Leiria e a língua portuguesa no mercado dos melhores festivais europeus e internacionais.

“A história de Gisberta Salce, uma mulher trans brasileira, assassinada por um grupo de, pelo menos, 14 jovens no Porto, em 2006, marcou-me não só por ser também uma pessoa LGBTQIA+, mas por ter sido o caso de transfobia mais violento de que há conhecimento público em Portugal. Procurei, neste projeto, trazer parte da história de vida de Gisberta, da forma mais humanizadora e sensível que consegui, criticando o extremo preconceito e desumanização que sofreu, principalmente por parte dos media e do sistema judicial”, explica Sérgio Roxo.

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