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Antes do 25 de Abril Era Proibido, de António Costa Santos, estilhaça todas as proibições

Licença do Estado para usar um isqueiro? Proibição de casar com uma enfermeira? Obrigatoriedade de usar véu numa igreja?  Multas por dar beijos à cara-metade em público? Parece mentira, mas estas leis já vigoraram em Portugal, há menos anos do que julga.

O jornalista António Costa Santos reuniu algumas das proibições impostas em Portugal durante o Estado Novo e apresenta-as na edição comemorativa, revista e aumentada, do seu Antes do 25 de Abril Era Proibido. Ainda que de uma forma descomplexada e bem-humorada, o autor descreve factos, leis e costumes, com base em documentos históricos para retratar um país muito diferente daquele em que vivemos agora. Uma edição Guerra e Paz que convida à celebração de 50 anos de liberdade política, cultural e sexual, Antes do 25 de Abril Era Proibido chega à rede livreira nacional no dia 5 de março de 2024.

A maioria já não tem memória de tal coisa, mas muitos dos nossos hábitos diários já foram proibidos. Usar isqueiro sem licença estatal, beber Coca-Cola, pedir o divórcio, jogar às cartas nos comboios e até dar um beijo na boca em público já foram actividades proibidas. No livro Antes do 25 de Abril Era Proibido, o jornalista, guionista e locutor de rádio, António Costa Santos recupera algumas das proibições do «tempo da outra senhora» que já foram impostas aos portugueses.

Mas que punições tinham os prevaricadores? O beijo na boca, por exemplo, era qualificado como um acto exibicionista atentatório da moral. Levado para a esquadra, ou para o posto da GNR, o praticante do ósculo era autuado em pelo menos 57 escudos, e passava invariavelmente pela cadeira do agente-barbeiro, de onde saía de cabeça rapada. Quem não quisesse arriscar a máquina zero, podia optar por dar as mãos, sujeitando-se a uma multa de apenas 2,50 escudos.

O mais certo é que se fizéssemos uma viagem ao passado, até mesmo este livro seria proibido. Sim, porque muitos discos e livros já foram proibidos, e a julgar pela deliciosa ironia utlizada para descrever as leis daquele «tempo estranho», este Antes do 25 de Abril Era Proibido não chegaria às livrarias.

Hoje, pelo contrário, este é um livro de leitura obrigatória não só para recordar as conquistas de Abril, mas sobretudo para todos os filhos e netos da revolução que nunca passaram por estes actos censórios.  É isso que os leitores poderão fazer, desde já através da pré-venda que decorre no site da Guerra e Paz, e, a partir do dia 5 de março, um pouco por toda a rede livreira nacional.

Antes do 25 de Abril Era Proibido
António Costa Santos
Não-Ficção / História
208 páginas · 15x23· 15 €
Guerra e Paz, Editores
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