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Edição inédita em Portugal reúne cartas de despedida de reféns franceses executados pelos nazis

Um relato preciso e claro de coragem, de amor, de dor e de consolação, Sobre os Reféns apresenta-nos 36 cartas de despedida de reféns franceses fuzilados, em outubro de 1941, pelas tropas nazis, coligidas, traduzidas e comentadas por Ernst Jünger, um dos grandes nomes da literatura alemã, que na época era capitão das tropas de ocupação. 

Agora essa correspondência, que nos dá uma visão avassaladora da repressão e violência nazis durante a Segunda Guerra Mundial, chega finalmente a Portugal, numa edição inédita traduzida por Paulo Cortesão Banaco, que integra a coleção «Os Livros Não se Rendem» da Guerra e Paz Editores.

Entre outubro de 1941 e fevereiro de 1942, Ernst Jünger redigiu secretamente, na qualidade de capitão, o memorando sobre os fuzilamentos de reféns franceses, em retaliação pela morte de um oficial alemão por jovens resistentes, tendo sido encarregue de documentar as relações entre Paris e Berlim durante a Segunda Guerra Mundial. É nessa altura que Jünger traduz 36 cartas de despedida de reféns selecionados e fuzilados no âmbito do atentado de Nantes, em outubro de 1941. Um relato factual, preciso e claro, a que Jünger deu o título de Sobre os Reféns.

São todas vozes, entre os 58 e os 17 anos, que falam de coragem e de amor, de dor e de consolação, pouco antes da morte esperada, na maior parte das vezes sem qualquer preocupação testamentária, em virtude de uma vida até então considerada feliz, com ideais pessoais e políticos, apesar do fim absurdamente violento. «Estou um tanto perturbado, mas não tenho medo. Acreditem em mim: vou morrer como bom francês, tal como deve ser.» Paul Bastard, 22 de outubro de 1941.

Descrevendo, de forma sóbria, as várias tentativas de alguns oficiais de se oporem, até certo ponto, às ordens do regime nazi e às respetivas medidas de retaliação, o livro leva-nos ao centro de uma situação em que, segundo o autor alemão, «quer uma pessoa aja, quer não, comete sempre erros».

Aparentemente perdida, por ter sido queimada pelo regime, a obra viria ser descoberta e publicada pela primeira vez em 2011. Treze anos depois é tempo de também chegar a Portugal, numa edição Guerra e Paz, apoiada pela Fundação Manuel António da Mota e pela Mota Gestão e Participações. Sobre os Reféns estará disponível na rede livreira nacional, numa tradução de Paulo Cortesão Banaco, com o selo «Os Livros Não se Rendem», colecção tem como um dos pontos de honra a oferta de 300 exemplares de cada um dos títulos publicados à rede pública de bibliotecas.

Outros títulos da coleção: O Crisântemo e a Espada: Padrões da Cultura Japonesa, de Ruth Benedict, Os Últimos Dias de Hitler, de Hugh Trevor-Roper, Arrogância Fatal – Os Erros do Socialismo, de Friedrich A. Hayek, Esperança e Medo – Dois Conceitos de Liberdade, e A Busca do Ideal: História das Ideias, de Isaiah Berlin, A Destruição do Espírito Americano, de Allan Bloom, A Pluralidade dos Mundos, de Thomas S. Kuhn, Tempestades de Aço, de Ernst Jünger, A Religião Woke, de Jean-François Braunstein, Aquele por Quem o Escândalo Chegade Réne Girard, Colonialismo, Um Juízo Moral, de Nigel Biggar As Origens do Conflito Israelo-Árabe, de Georges Bensoussan, e Inglaterra: Uma Elegia, de Roger Scruton.

Os Livros Não se Rendem
Sobre os Reféns
Ernst Jünger
Não-Ficção / História
136 páginas · 15×23 · 15 €
Nas livrarias a 2 de abril de 2024
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