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Festival Palavrio em Lisboa junta artistas e homenageia Saramago e Luiz Pacheco

Djaimilia Pereira de Almeida, João de Melo, João Tordo são alguns dos escritores que participam na segunda edição do festival literário Palavrio, que decorre em Lisboa, entre 09 e 11 de maio, e homenageará José Saramago e Luiz Pacheco.

A segunda edição do 2.º Festival Literário Palavrio, organizado pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, acolhe, durante três dias, na Fundação José Saramago, no Museu do Fado e no auditório da Abreu Advogados, escritores, músicos e leitores, “numa homenagem plural à literatura em língua portuguesa”.

Este festival foi criado com o objetivo de reforçar a afirmação da freguesia de Santa Maria Maior como “uma incontornável referência cultural na cidade e no país”, indissociável do melhor que a literatura portuguesa tem produzido nos últimos séculos.

“Este território foi cenário de alguns dos grandes clássicos da literatura portuguesa, local de algumas das mais célebres tertúlias literárias, albergou e alberga algumas das livrarias mais históricas e marcantes do nosso país”, recorda a organização.

A primeira edição teve lugar em outubro de 2024, mas este ano, o Palavrio irá coincidir exatamente com os dias em que se realiza um outro festival literário em Lisboa, o 5L, que, pela primeira vez, é realizado sob a égide da Câmara Municipal de Lisboa.

Com curadoria do editor e escritor Manuel Alberto Valente, o Palavrio, “gratuito, descentralizado e aberto a todos os públicos”, quer reafirmar o compromisso da freguesia com a promoção do livro, da leitura e da diversidade cultural, inclui conversas literárias, mesas-redondas, sessões sobre poesia e momentos dedicados à literatura infantojuvenil.

O festival vai prestar ainda homenagem a grandes figuras da cultura portuguesa, como José Saramago e Luiz Pacheco, cujos legados serão revisitados por investigadores, escritores e criadores contemporâneos.

Entre os convidados desta edição estão também Francisco Mota Saraiva, o mais recente vencedor do Prémio José Saramago, Francisco José Viegas, Sérgio Letria, Carlos Cabral Nunes, David Machado, Tiago Torres da Silva e outros autores oriundos de países como Angola, Brasil, Colômbia e Afeganistão.

Assim, na sexta-feira, o programa começa às 21:30 com uma conversa entre João Tordo e o vogal da junta de freguesia com o pelouro da Cultura, Ricardo Gonçalves Dias, em torno do tema “Qual é a urgência de produzir o inútil?”.

No dia seguinte, pelas 15:00, o escritor, poeta, letrista, encenador e produtor Tiago Torres da Silva conduz uma sessão sobre “33 anos encantado pelo Fado”, que conta com a fadista Joana Amendoeira e músicos como convidados.

Segue-se “O Mundo numa história”, uma mesa redonda que junta os escritores Ana Bárbara Pedrosa, Djaimilia Pereira de Almeida, Francisco José Viegas e João de Melo.

A encerrar o segundo dia do festival, pelas 19:00, “Luiz Pacheco passeia por todo o papel (1925-2025)”, uma sessão de homenagem ao escritor, no seu centenário, com Carlos Cabral Nunes, diretor da Casa da Liberdade – Mário Cesariny, Ana da Silva, investigadora do Instituto Politécnico de Santarém, que trabalhou diretamente com Luiz Pacheco, organizou e cedeu o seu espólio à Casa da Liberdade – Mário Cesariny, e Rui Sousa, investigador responsável pelo projeto do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

No domingo de manhã, “Centenas de vozes” junta à conversa o escritor Francisco Mota Saraiva, que recentemente publicou “Morramos ao Menos no Porto”, obra com a qual venceu o Prémio Saramago, com Ricardo Gonçalves Dias.

Da parte da tarde o mundo da literatura infantojuvenil é levado para o centro da conversa entre os escritores e argumentistas David Machado e Sara Rodi, e a também escritora Maria Inês Almeida.

Às 17:00, o festival estende-se além fronteiras, com uma sessão dedicada aos “Poetas do Mundo”, que conta com o jornalista e escritor angolano João Fernando André, o escritor e editor português Jorge Reis-Sá, a poeta, ensaísta e tradutora colombiana Lauren Mendinueta, o poeta, fotógrafo, jornalista e editor brasileiro Ozias Filho e o poeta e músico afegão Ustad Fazal, especialista em música clássica indiana, e residente em Lisboa, onde trabalha como músico e professor.

A encerrar o Palavrio, está prevista uma sessão de homenagem ao Prémio Nobel da Literatura em língua portuguesa, sob o título “José Saramago – Homem-Rio”, que junta à conversa Sérgio Letria, diretor da Fundação José Saramago, e Inês Fonseca Santos.


Fonte: LUSA | 02 de maio de 2025
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