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Filmes de António Reis e Margarida Cordeiro vão circular pelo país
Três filmes de António Reis e Margarida Cordeiro, realizadores que "desenvolveram um cinema de uma intensidade rara", vão ser exibidos, a partir deste mês, em várias cidades portuguesas, a começar pelo Porto, Famalicão e Chaves.

Os três filmes que vão circular pelo país são “Trás-os-Montes” (1976), “Ana” (1985) e “Rosa de Areia” (1989), numa iniciativa com distribuição pela Cinemateca Portuguesa, que os digitalizou e produziu cópias restauradas.
Fonte da Cinemateca explicou que “estabeleceu com a autora Margarida Cordeiro um acordo de distribuição somente para as três longas-metragens”, deixando de fora “Jaime” (1974), assinado por António Reis e no qual a realizadora foi assistente de montagem e de som.
A Cinemateca Portuguesa explica que a digitalização dos filmes “contribuiu para um renovado fôlego de um dos percursos mais singulares do cinema português, construído em íntima relação com a paisagem, a memória e a vida do povo de Trás-os-Montes, território que é também matéria sensível destas obras”.
As primeiras cidades envolvidas nesta iniciativa são o Porto, com sessões no Cinema Trindade, Vila Nova de Famalicão, com sessões coorganizadas com o Cineclube de Joane na Casa das Artes, e Chaves, no Teatro Experimental Flaviense, referiu a Cinemateca Portuguesa.
Faro, Évora e Funchal são outras cidades que vão acolher este tríptico ancorado na região de Trás-os-Montes, ainda sem data anunciada.
O cinema de António Reis e Margarida Cordeiro tem merecido atenção sobretudo em contexto de festivais, em retrospetivas e ciclos temáticos em Portugal e também no estrangeiro, como por exemplo, no Instituto Moreira Salles (Brasil), no Museu Rainha Sofia (Espanha) e no Harvard Film Archive (Estados Unidos).
António Reis, poeta e cineasta, que morreu em 1991, e Margarida Cordeiro, médica psiquiatra, atualmente com 86 anos, “desenvolveram um cinema de uma intensidade rara”, com filmes de uma “grande liberdade formal” e que desafiaram a fronteira entre documentário e ficção, sublinha a Cinemateca Portuguesa.
>> Site oficial da Cinemateca Portuguesa
Fonte: LUSA | 15 de maio de 2025