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Lições para a humanidade vindas de Marte
A Porto Editora dá continuidade aos ensinamentos deixados por José Saramago com o álbum ilustrado Um Azul para Marte, originalmente publicado no volume de crónicas Deste Mundo e do Outro.

Nesta história, o narrador quebra a promessa feita aos marcianos e partilha o testemunho da sua estadia em Marte. Um planeta pintado a duas cores – branco e preto (com todas as gradações intermédias) – e onde os habitantes vivem em paz e harmonia, não compreendem o conceito de guerra e onde hospitais, universidades e museus existem «porque eram ali precisos». Apesar de terem tudo, o narrador teme que os marcianos estejam dispostos a trocar todos os valores e segredos de Marte pela cor azul.
Com o registo único e inconformista que caracteriza a obra de José Saramago, Um Azul para Marte convida à reflexão sobre os valores, hábitos e costumes da sociedade moderna. As ilustrações de Claudia Legnazzi acrescentam intensidade a esta viagem literária ao apresentar Marte com linhas geométricas e uma atmosfera robótica.
Trata-se de uma história direcionada ao público mais jovem, mas cuja mensagem é intemporal e aconselhada para todas as idades.
SOBRE O LIVRO
Um Azul para Marte
«A noite passada fiz uma viagem a Marte. Passei lá dez anos...
Comprometi-me a não divulgar os segredos dos marcianos, mas vou faltar à minha palavra.»
Neste conto, publicado originalmente em 1969 no jornal A Capital e incluído no volume de crónicas Deste Mundo e do Outro (1971), a escrita incomparável de José Saramago leva-nos numa viagem espacial até uma utopia em Marte, uma jornada que ganha vida graças às deslumbrantes ilustrações de Claudia Legnazzi.
Ver primeiras páginas
Título: Um Azul para Marte
Autor: José Saramago
Páginas: 32
PVP: 14,40 €
SOBRE O AUTOR
José Saramago
Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga. As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.» Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte. No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário. Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis. Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias. No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo. No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.