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Pianista Maria João Pires vence Prémio Europeu Helena Vaz da Silva 2025

Este reconhecimento europeu presta homenagem à excecional contribuição de uma das maiores pianistas do nosso tempo para a promoção do património cultural e dos valores europeus.

O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva foi instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura, em colaboração com a Europa Nostra e o Clube Português de Imprensa e com o apoio do Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Turismo de Portugal.

A cerimónia de atribuição do prémio terá lugar em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, no próximo dia 1 de novembro às 17h00.

Reagindo à notícia, Maria João Pires afirmouTer um prémio corresponde a ter uma honra. Ter uma honra e tomar consciência dela, é lembrar ao pormenor todas as pessoas que deram do seu tempo, colaboraram e ajudaram a que essa honra fosse atribuída. Por isso a minha primeira reação será sempre dizer “muito obrigado” a todos por esta oportunidade.

Júri do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, presidido por Maria Calado, Presidente do Centro Nacional de Cultura, é composto por especialistas independentes nos campos da cultura, património e comunicação de vários países europeus: Francisco Pinto Balsemão (Portugal), Presidente do Conselho de Administração do Grupo Impresa, Piet Jaspaert (Bélgica), Vice-Presidente da Europa Nostra, João David Nunes (Portugal), Vice-Presidente do Clube Português de Imprensa, Guilherme d’Oliveira Martins (Portugal), Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Irina Subotic (Sérvia), Membro da Europa Nostra Sérvia e Marianne Ytterdal (Noruega), Membro do Conselho da Europa Nostra.

Após a reunião em que foi tomada a decisão, no dia 31 de maio, o júri salientou:
Maria João Pires é uma das pianistas mais poéticas e influentes da Europa. Além de ser uma extraordinária intérprete, é uma educadora visionária, uma pensadora cultural e uma revolucionária silenciosa no domínio do património musical. A sua carreira, profundamente enraizada nos valores da empatia, da inclusão e da excelência artística, encarna a missão do Prémio Helena Vaz da Silva: sensibilizar o público para o património cultural europeu através de um envolvimento humanista e de impacto.

 

Prémio Europeu Helena Vaz da Silva 2025 para Maria João Pires

Maria João Pires nasceu em Lisboa em 1944. Tocou pela primeira vez em público aos quatro anos de idade. Foi aluna de piano de Campos Coelho, tendo estudado também com Francine Benoît. Prosseguiu a sua formação musical na Alemanha, com Rosl Schmid e Karl Engel. Como solista de concerto e em recital, tornou-se na mais célebre pianista portuguesa de sempre e uma das artistas mais destacadas internacionalmente. Para além dos concertos, gravou para a editora Erato ao longo de quinze anos e para a Deutsche Grammophon durante vinte anos.

Desde a década de 1970, tem-se dedicado a refletir sobre a influência da arte na vida, nas comunidades e na educação, tentando encontrar novas formas de afirmação desta linha de pensamento na sociedade. Procurou novas fórmulas que, respeitando o desenvolvimento dos indivíduos e das culturas, encorajam a partilha de ideias.

Em 1999 criou em Portugal o Centro Belgais para o Estudo das Artes, lugar onde oferece regularmente workshops interdisciplinares para músicos profissionais e amadores, bem como concertos e gravações. No futuro, estes poderão ser partilhados com a comunidade digital internacional.

Em 2012, na Bélgica, iniciou dois projetos complementares: os Partitura Choirs, um projeto de coros infantis destinado a crianças oriundas de ambientes socialmente desfavorecidos, como o Hesperos Choir, e os Partitura Workshops. Todos estes projetos têm como objetivo criar uma dinâmica altruísta entre artistas de diferentes gerações, propondo uma alternativa a uma realidade demasiado focada na competitividade. Esta filosofia tem vindo a ser divulgada internacionalmente pelos projetos Partitura.

 

Sobre o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva

Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, promovido pelo Centro Nacional de Cultura em colaboração com a Europa Nostra e o Clube Português de Imprensa, recorda a jornalista, escritora, ativista cultural e política portuguesa Helena Vaz da Silva (1939-2002), em memória e reconhecimento da sua notável contribuição para a divulgação do património cultural e dos ideais europeus. É atribuído anualmente, desde 2013, a um cidadão europeu cuja carreira se tenha distinguido por atividades de difusão, defesa e promoção do património cultural da Europa, em particular através de obras literárias ou musicais, reportagens, artigos, crónicas, fotografias, cartoons, documentários, filmes e programas de rádio e/ou televisão. O Prémio conta com os apoios dos Ministérios da Cultura, Juventude e Desporto e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Turismo de Portugal.

Os laureados anteriores deste prémio foram o fotógrafo alemão Thomas Struth (2024), Jorge Chaminé, Presidente do Centro Europeu da Música (2023), a maestra ucraniana Oksana Lyniv (2022), a coreógrafa de dança contemporânea belga Anne Teresa De Keersmaeker (2021), o poeta português e bibliotecário da Biblioteca do Vaticano José Tolentino Mendonça (2020), a física italiana Fabiola Gianotti (2019), a historiadora e locutora britânica Bettany Hughes (2018), o cineasta alemão Wim Wenders (2017), o cartoonista editorial francês Jean Plantureux, conhecido como Plantu, e o filósofo português Eduardo Lourenço (ex aequo, 2016), o músico e maestro espanhol Jordi Savall (2015), o escritor turco e Prémio Nobel Orhan Pamuk (2014) e o escritor italiano Claudio Magris (2013). Os seus discursos nas cerimónias de atribuição deste Prémio podem ser ouvidos aqui.

 
 

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