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Uma viagem ao Egipto com Eça de Queiroz
O escritor visitou o Médio Oriente em 1869, a propósito da inauguração do Canal do Suez, o que lhe permitiu abrir novos horizontes culturais e estéticos.

Ao longo da viagem, o autor, então com 23 anos de idade, recolheu as suas impressões sobre as cidades, as pessoas, a cultura e os contrastes do Oriente. As notas permaneceram «escondidas» durante mais de 50 anos e seriam encontradas pelo filho do escritor, que as organizou e publicou já após o seu falecimento.
O livro é já caracterizado pelo brilhantismo de Eça e pela sua capacidade de captar a essência do Oriente. Esta viagem foi de tal forma marcante, que viria a influenciar algumas das suas obras, como A Relíquia ou Correspondência de Fradique Mendes.
O Egipto – Notas de Viagem, publicado pela Livros do Brasil, chancela do Grupo Porto Editora, já se encontra em pré-venda e chega às livrarias a 18 de setembro de 2025.
SOBRE O LIVRO
O Egipto – Notas de Viagem
Em finais de 1869, Eça de Queiroz, então com vinte e três anos, e o seu amigo Conde de Resende embarcaram em Lisboa rumo a Oriente. Levava-os o pretexto de assistirem às sumptuosas cerimónias de abertura do Canal do Suez, com passagem por Gibraltar, Malta, Alexandria e Cairo, e na vinda Eça trouxe consigo uma série de notas das suas observações, que viriam a espelhar-se em obras futuras como A Relíquia ou Correspondência de Fradique Mendes. Durante mais de cinquenta anos, estes registos permaneceram esquecidos entre os seus papéis, apenas organizados e dados a ler pelo seu filho já postumamente, em 1926. O esplendor dos cenários e das gentes, a excitação da aventura, o brilhantismo da prosa são ainda hoje encantatórios.
Ver primeiras páginas
Título: O Egipto – Notas de Viagem
Autor: Eça de queiroz
N.º de Páginas: 244
PVP: 13,30€
Coleção: Obras de Eça de Queiroz
SOBRE O AUTOR

Eça de Queiroz
Nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária. Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Terminado o curso, fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística. Em 1871, proferiu a conferência «O Realismo como nova expressão da Arte», integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola. No mesmo ano iniciou, com Ramalho Ortigão, a publicação de As Farpas, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa. Em 1872 iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa e de onde se destacam O Primo Bazilio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.